Em meados de junho, o comando da Polícia Federal (PF) determinou às suas superintendências nos Estados que encaminhassem todas as denúncias de fraudes recebidas ou apuradas desde 1996, quando o Brasil adotou a urna eletrônica. Um mês depois, no entanto, a PF se recusa a dizer se recebeu ou não alguma apuração sobre possíveis fraudes nas urnas.
Defensor de ditadura e de golpes contra democracias, Jair Bolsonaro e ministros do seu governo, inclusive da área militar, têm tentado pôr em dúvida a confiabilidade do sistema eletrônico para tumultuar o processo eleitoral.
Bolsonaro mais uma vez mentiu ao dizer que teria prova de fraude. Como não tinha, a PF tentou fazer o trabalho sujo de buscar um fraude para o governo Bolsonaro sem qualquer suspeita. Não encontrou.
A rigor, a recusa da Polícia Federal em repassar as informações sobre o levantamento encomendado às superintendências demonstra que não foram encontradas evidências de fraudes nas urnas eletrônicas, o que desmente as afirmações de Jair Bolsonaro.
O jornal O Estado de S.Paulo solicitou à Polícia Federal, por meio da Lei de Acesso à Informação, as respostas enviadas pelas 27 superintendências regionais da corporação nos Estados e no Distrito Federal. O órgão, no entanto, negou o pedido. Ao responder, a PF confirmou que há uma apuração em curso sobre o tema, mas se recusou a dizer até mesmo se houve qualquer resposta das superintendências nos Estados ao pedido da direção da corporação. (Do 247/Carta Campinas)