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Programação teatral em casa apresenta o monólogo ‘A Estrangeira’ que encena um presente soterrado e um futuro incerto

Há pouco mais de um ano no ar, o #EmCasaComSesc segue em 2021 com uma programação diversificada de espetáculos ao vivo na internet. São shows, apresentações de teatro e dança, e espetáculos para crianças e famílias, sempre mesclando artistas e companhias consagrados no cenário brasileiro com novos talentos. As transmissões acontecem de terça a domingo, às 19h, no Instagram Sesc Ao Vivo e no YouTube Sesc São Paulo .

Desde 18 de maio, parte das transmissões do #EmCasaComSesc voltou a ser realizada diretamente das unidades do Sesc na capital paulista, sem presença do público no local e seguindo todos os protocolos de segurança de prevenção à Covid-19. Além disso, as apresentações também seguem sendo transmitidas da casa ou do estúdio de trabalho dos artistas. Tudo em conformidade com as medidas estipuladas pelo Plano São Paulo.

A Estrangeira (Foto: Coletivo Sobre Olhar)

Nesta quarta-feira (30/06), a programação Teatro #EmCasaComSesc recebe a atriz Fabiana Neves com o monólogo “A Estrangeira”. Com dramaturgia e direção de Daniel Veiga, a peça fala sobre uma brasileira que está soterrada numa terra estranha, após um ataque aéreo. Seu marido está soterrado sob ela. Ela está grávida de oito meses e não fala a língua dos homens deste lugar. Sem ter meios para pedir ajuda, ela não sabe qual será seu futuro. Classificação indicativa: 14 anos.

Fabiana Neves é atriz, diretora, pesquisadora do movimento, compositora e dramaturga. Iniciou seu contato com o teatro através do grupo Pontapé, de Uberlândia. Em seguida, começou uma pesquisa no teatro negro, no coletivo Acazô. Partindo de incômodos e questionamentos sobre como a interferência da invasão europeia no Brasil e em nações africanas reverbera no cenário cultural até os dias atuais, ingressou na Universidade Federal de Uberlândia, em 2016, no curso de licenciatura em Teatro. Aprofundou seus estudos em atuação e direção, a partir do teatro coletivo e do teatro de comunidade, e pesquisou a dança afro-brasileira, partindo dos ensinamentos do bailarino Augusto Omolu. Participou de diversos espetáculos, com destaque para “Benedites” (2016-2018), do coletivo Ocupa Teatro. Desde 2018, aproximou-se do audiovisual, na atuação e direção de cena. Está se formando no curso técnico de atuação da SP Escola de Teatro e na Universidade Estadual Paulista, com bacharelado em interpretação teatral.

Daniel Veiga é dramaturgo, ator e roteirista. Entre 2019 e 2020 foi o primeiro docente homem trans no curso de Dramaturgia da SP Escola de Teatro, mesmo curso onde se formou em 2016. Antes de voltar à escola como docente, orientou por 18 meses o projeto “SP Dramaturgias”, voltado à discussão e à leitura pública de textos contemporâneos de dramaturgia. Passou pelos Núcleos de Dramaturgia da ELT em Santo André e do SESI em São Paulo. Migrando para o Audiovisual, se formou pelo Roteiraria. Em 2020 escreveu o roteiro para a “Ocupação Lima Duarte” (Itaú Cultural). Está desenvolvendo seu projeto “Tormenta” (pelo ProAc Desenvolvimento de Séries) e seu longa “Terra de Sangue” recebeu o Prêmio Novos Roteiros das Organização Ibero-Americanas (OEI) em parceria com o ICAB. Como ator, ganhou em 2020 o Kikito (Festival de Cinema de Gramado) e em 2021 o Araibu (Festival de Cinema do Vale do Jaguaribe) pelo curta “Você Tem Olhos Tristes”, de Diogo Leite. No teatro, dirigiu entre 2009 e 2016.

(Carta Campinas com informações de divulgação)

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