.Por Susiana Drapeau.
Jair Bolsonaro está enfurecido e amedrontado com a CPI da Covid.
A usina de factoides, afirmações absurdas e loucuras, emitidas pelo próprio Bolsonaro aumentou bastante nas últimas semanas. Até nos finais de semana, a produção continua ativa. O próprio Bolsonaro tomou as rédeas da produção e do disparo das afirmações fantasiosas com o andamento da CPI. Atualmente, essa é a principal atividade de Bolsonaro.
Os factoides vão desde organização de eventos com motociclistas para parecer que é há um grande apoio popular, ameaçar a democracia, dizer que o PT vai plantar maconha, que a revista The Economist quer matá-lo, que 50% das mortes por Covid não são por Covid. As falas alucinantes não param. Não existe qualquer limite para a fantasia, basta alguém levantar a lebre, que ele atira. O cérebro do apoiador de Bolsonaro é um campo aberto e fértil para plantar.
O objetivo de Bolsonaro é claro, criar confusão e dividir o debate e a atenção da CPI da Covid. É uma produção intensa e diária. Ele joga a isca dos factoides e vê se a oposição, as redes sociais e a própria imprensa mordem. No caso do voto impresso, ele teve mais sucesso, até o PDT mordeu a isca jogada. Esse é o objetivo: fazer com que a sociedade debata sua pauta. E esqueça a CPI.
Enquanto faz isso do lado de fora. O Ministério da Saúde tenta desfazer tudo que foi construído antes da CPI da Covid contra a vacina e em defesa da cloroquina. Seria interessante para a CPI chamar funcionários de carreira do Ministério para saber o que aconteceu lá antes da CPI.
Bolsonaro não tem limites. Está acuado pela CPI. Se precisar põe uma melancia na cabeça e sai gritando contra o PT, a esquerda, o comunismo. Ele nunca vai se render. As redes sociais, a mídia e a oposição terão de aprendam a lidar com isso.