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Empresa acusada de exportação ilegal de madeira tinha funcionário dentro do Ibama

A Operação Akuanduba mostrou que governo Bolsonaro transformou o Ibama em um órgão de apoio à exportação ilegal de madeira. Ou seja, o Ministério do Meio Ambiente, comandado por Ricardo Salles, tinha uma raposa tomando conta do galinheiro, literalmente. A operação só confirma a lógica bolsonarista já exposta em memes da internet, de que o bolsonarismo é a inversão de todos os valores.

(meme e foto de antonio cruz – ag brasil)

Documento encaminhado pelas Aduanas de Bélgica e Dinamarca à Polícia Federal no Brasil revelou que receberam chamadas da Tradelink “realizadas por intermédio de terminais telefônicos da Superintendência do Ibama no Pará”. As ligações teriam ocorrido durante ações dessas autoridades em relação a cargas de madeira ilegal oriundas do Brasil e registradas por autoridades dos três países. Ou seja, o Ibama que deveria fiscalizar e apreender as madeiras, agia ao contrário, permitindo crimes ambientais.

O uso do telefone do Ibama foi confirmado em declarações feitas por representante da madeireira Tradelink internacional ao serviço de pesca e meio ambiente dos EUA. Ele revelou que a empresa “havia colocado alguém no escritório do Ibama em Belém para sentar lá todos os dias e garantir que as remessas fossem liberadas”. Essa informação foi citada na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que autorizou a Operação Akuanduba.

A Tradelink Madeiras exportou irregularmente pelo menos 150 mil metros cúbicos de ipê e jatobá da Amazônia para os EUA, Bélgica e Dinamarca sem autorização do Ibama. Como uma raposa dentro do galinheiro, ela negociou contratos com o uso de telefones da sede da Superintendência do Ibama, em Belém. Todas essas informações constam do relatório da Polícia Federal que embasou a Operação Akuanduba e envolve o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

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