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Peça teatral ‘O dia perdido’ explora a ausência/presença do teatro na Semana de 22

Larissa de Oliveira Neves estreia na literatura com uma peça de teatro que tem como pano de fundo a dualidade ausência/presença do teatro entre as expressões artísticas que fizeram parte da programação da Semana de Arte Moderna de 1922.

O dia perdido é uma obra de ficção ambientada nos meses que antecederam a Semana e que reúne personagens que estiveram envolvidos na preparação e participação desse emblemático movimento da cultura brasileira do século passado.

O texto bem-humorado mostra a complexidade da nossa história teatral que, conforme ressalta Larissa, reverbera no fato de nenhuma peça ter sido encenada durante a Semana de 22, “apesar de ter sido realizada no Teatro Municipal de São Paulo e ter contado com a participação de vários artistas que, depois de 22, acabaram se envolvendo com teatro de diferentes maneiras”.

Na peça, também aparecem artistas menos conhecidos pelo grande público, além de obras de músicas, de artes plásticas e de literatura que fizeram parte da programação da Semana de 22. Neste enredo ficcional, Larissa insere ainda obras que não estiveram presentes no evento, “mas que fazem parte do imaginário teatral do período e mostram que, sem estar na Semana, o teatro fez parte, sim, daquele momento histórico tão importante”, comenta.

Larissa de Oliveira Neves é professora de Dramaturgia, Teatro Brasileiro, Cultura Popular e Teoria do Teatro do Departamento de Artes Cênicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

O projeto contemplado pelo ProAC, além da publicação do livro, envolve a criação de uma leitura dramática de O dia perdido, que será apresentada em escolas públicas da cidade de Campinas junto com a realização de oficinas cuja finalidade principal será trabalhar o contexto histórico da peça e estimular a leitura e a escrita de peças teatrais.
A leitura dramática de O dia perdido será filmada, por causa do contexto de isolamento social que vivemos. Terá concepção e direção da atriz e dramaturga Mimi Tortorella.

Mimi Tortorella começou no teatro em 2003 e no circo em 2005. Fundou, em 2014, junto com Fernando Vasques, a Cia. Beira Serra de Circo e Teatro, cuja linha de pesquisa é a criação cênica a partir do teatro, do circo e da cultura caipira. Ela é doutora em Artes da Cena pela Unicamp e também se dedica à docência do teatro e do circo, em espaços formais e não formais.

O livro foi contemplado no EDITAL Nº 23/2019 – PRODUÇÃO E PUBLICAÇÃO DE OBRAS SOBRE A SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922 NO ESTADO DE SÃO PAULO – do Programa de Ação Cultural – ProAC – da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo.

O dia perdido
Larissa de Oliveira Neves
Editora Patuá
Obra produzida e publicada pelo Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo

(Carta Campinas com informações de divulgação)

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