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‘Cinema em Casa’ recebe a 21ª Retrospectiva do Cinema Brasileiro e exibe ‘Eu Não Sou Seu Negro’

A série Cinema #EmCasaComSesc, realizada pelo Sesc São Paulo há mais de cinco meses e com mais de 900 mil visualizações, disponibiliza gratuitamente ao público novos filmes em streaming pela plataforma do Sesc Digital. Na quinta-feira (10/12), a série estreia a 21ª Retrospectiva do Cinema Brasileiro, com títulos lançados nos cinemas no último ano, entre os quais Alice Júnior, Diz A Ela Que Me Viu Chorar, Meu Amigo Fela, Nóis Por Nóis e Vaga Carne. Uma mostra em homenagem ao diretor Leon Hirszman também integra o evento. Além da programação especial de filmes brasileiros, a série Cinema #EmCasaComSesc exibe os documentários “Eu Não Sou Seu Negro” e “Bakosó – Afrobeats de Cuba” e a ficção “Olhe Pra mim”, pelo Cine África. A semana traz ainda a estreia das obras do 15º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, que este ano acontece de forma online e totalmente gratuita.

 “Sementes: Mulheres Pretas no Poder”, de Éthel Oliveira e Júlia Mariano

A 21ª Retrospectiva do Cinema Brasileiro reúne uma seleção da produção nacional lançada comercialmente entre novembro de 2019 e outubro de 2020 na cidade de São Paulo. Desde sua primeira edição, no ano 2000, a Retrospectiva busca dar visibilidade à produção cinematográfica brasileira contemporânea por meio de um recorte que procura refletir a diversidade de estilos, vozes e linguagens. Este ano, em função da pandemia de coronavírus (covid-19), o CineSesc apresenta uma edição mais enxuta, exclusivamente online e gratuita na plataforma do Sesc Digital, onde serão exibidos 20 filmes, sendo 10 longas-metragens e 10 curtas-metragens. Para assistir, basta acessar sescsp.org.br/cinemaemcasa.

Os destaques da Retrospectiva ficam por conta da ficção Alice Júnior, de Gil Baroni, que traz a história de uma garota trans cercada de liberdades e mimos. Depois de se mudar com o pai para uma pequena cidade onde a escola parece ter parado no tempo, a jovem precisa sobreviver ao ensino médio e ao preconceito para conquistar seu maior desejo: dar o primeiro beijo. O filme integrou a seleção da Mostra Generation no Festival de Berlim 2020, recebeu os prêmios de Melhor Atriz para Anne Mota no Festival de Brasília (Anne foi a primeira atriz trans a receber o prêmio), Melhor Filme Brasileiro e Melhor Filme da Mostra Geração, no Festival Internacional do Rio, além dos prêmios de Melhor Filme, Melhor Atuação e Menção Especial no Festival Mix Brasil de 2019. Classificação: 12 anos.

Já no documentário Diz A Ela Que Me Viu Chorar, de Maíra Bühler, moradores de um hotel no centro de São Paulo vivem amores tumultuados por sua condição vulnerável. O edifício é parte de um programa municipal de redução de danos para usuários de crack prestes a ser extinto. Entre escadas circulares, quartos decorados, viagens de elevador e ao som das músicas do rádio, os personagens são atravessados por sentimentos de amor romântico e medo da perda. Vencedor do prêmio da crítica do Festival Internacional de Cinema do Uruguai. Classificação: 16 anos.

Outro documentário de destaque na retrospectiva é Sementes: Mulheres Pretas no Poder, dirigido por Éthel Oliveira e Júlia Mariano. Em resposta à execução de Marielle Franco, as eleições de 2018 se transformaram no maior levante político conduzido por mulheres negras que o Brasil já viu, com candidaturas em todos os estados. No Rio de Janeiro, Mônica Francisco, Rose Cipriano, Renata Souza, Jaqueline de Jesus, Tainá de Paula e Talíria Petrone se candidataram aos cargos de deputada estadual ou federal. O documentário acompanhou essas mulheres, em suas campanhas, mostrando que é possível uma nova forma de se fazer política no Brasil, transformando o luto em luta. Classificação: 14 anos.

A programação engloba, ainda, os curtas-metragens Éramos em Bando, de Marcelo Castro, Pablo Lobato e Vinícius de Souza, Inabitável, de Matheus Farias e Enock Carvalho, Rã, de Ana Flavia Cavalcanti e Julia Zakia e Perifericu, de Nay Mendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda e Vita Pereira. Pelo CineClubinho, o público poderá conferir a animação Os Under Undergrounds, O Começo, com direção de Nelson Botter Jr, que ficará disponível por sete dias. O longa conta a história de Heitor, que, após ser expulso de sua banda por não ser “cool” o bastante, cai em um bueiro e vai parar em uma cidade subterrânea muito diferente, onde encontra amigos leais e uma nova banda. Juntos, eles passarão por diversas aventuras e terão de lidar com as diferenças, superar fraquezas, resolver dramas pessoais e crises típicas da adolescência, que serão vencidas através da amizade e amor pela música.

Além da produção recente, a Retrospectiva exibe ainda uma programação de núcleo histórico em homenagem ao diretor, produtor e roteirista Leon Hirszman. Um dos fundadores do CPC – Centro Popular de Cultura, da União Nacional dos Estudantes (UNE), onde realizou seu primeiro filme, o cineasta Leon Hirszman (1937 – 1987) foi um documentarista e autor de ficção expoente do Cinema Novo. Parceiro de Augusto Boal, Gianfrancesco Guarnieri e Oduvaldo Vianna Filho, ele recebeu o Leão de Ouro do Festival de Veneza pelo filme “Eles não usam black-tie” (1981), adaptação da peça de Gianfrancesco Guarnieri. A Retrospectiva Leon Hirszman acontece de 10 de dezembro de 2020 a 09 de fevereiro de 2021. Confira a programação completa abaixo ou acesse: sescsp.org.br/leonhirszman.

Dentre as novidades da semana da série Cinema #EmCasaComSesc está o título “Eu Não Sou Seu Negro”, de Raoul Peck. O documentário, narrado por Samuel L. Jackson, constrói uma reflexão sobre como é ser negro nos Estados Unidos. Em 1979, James Baldwin (1924-1987) iniciou seu último livro, “Remember This House”, relatando as vidas e os assassinatos dos líderes ativistas Medgar Evers, Martin Luther King Jr. e Malcolm X. O manuscrito inacabado foi confiado a Peck, que combinou o material com um rico arquivo de imagens dos movimentos Direitos Civis e Black Power, conectando essas lutas históricas por justiça e igualdade com os movimentos atuais que ainda clamam os mesmos direitos. Classificação indicativa: 12 anos.

Outra sugestão é o “Bakosó – Afrobeats de Cuba”, de Eli Jacobs-Fantauzzi. O documentário segue o DJ Jigüe até sua cidade natal, Santiago de Cuba, para encontrar inspiração em novos sons. Ele acredita que o Afrobeats ajudou a criar um novo gênero, o Bakosó, num intercâmbio sonoro e cultural entre Cuba e África. O filme aborda a tecnologia, a cultura, os protagonistas e a paisagem que deu luz a este fenômeno musical de fusão cubana com o afrobeat. Classificação indicativa: Livre.

Pelo Cine África – que traz filmes de países como Burkina Faso, Camarões, Egito, Etiópia e Nigéria – estreia o título “Olhe Pra Mim”, de Néjib Belkadhi. Lotfi, um imigrante tunisiano que vive na França, é forçado a voltar à sua terra natal para cuidar de Youssef, seu filho autista de nove anos – que ele não via há sete. Ignorado pelo pequeno, Lotfi transforma sua situação em um desafio que o levará ao caminho certo para se tornar um pai de verdade. Classificação indicativa: Livre.

De 09 a 16 de dezembro, a plataforma do Sesc Digital recebe filmes exclusivos do 15º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo. Este ano, a parceria entre o festival e o Sesc São Paulo – que acontece desde 2006 – resulta na disponibilização do foco especial do festival dedicado a cinematografias da América Central, de rara circulação no Brasil, na plataforma Sesc Digital. A programação reúne produções da Costa Rica, Cuba, El Salvador e Honduras. Os títulos são “A Condessa”, “Agosto”, “Apego”, “De Barlavento a Sotavento” e “Rio Sujo”. Para saber mais, acesse sescsp.org.br/festlatino.

Também dentro do festival e na plataforma Sesc Digital está a retrospectiva dedicada aos dez anos do laboratório de desenvolvimento de projetos BrLab, iniciativa criada dentro da programação do Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, que traz produções da Argentina, Brasil, Costa Rica, México, Paraguai, Peru e Uruguai, que tiveram seus projetos aperfeiçoados naquele laboratório. Os títulos são “Abaixo a Gravidade”, “A Cidade dos Piratas”, “A Dança da Gazela”, “Caminho de Campanha”, “Chico Ventana Também Queria Ter Um Submarino”, “Clever”, “Matar a Um Morto”, “O Lobo Atrás da Porta”, “Sinfonia da Necrópole” e “Todos Somos Marinheiros”.

“Clever”

Além das exibições de filmes, uma edição especial do projeto Cinema da Vela, do Cinesesc, também faz parte da programação. Intitulado “Do Super-8 às Plataformas Digitais – Trajetórias de Dois Realizadores Brasileiros”, o encontro inédito, que acontece às 20h do dia 10/12, ao vivo, pelo youtube.com/cinesesc , reúne os cineastas Edgard Navarro e Otto Guerra para tratar dos rumos do cinema, em bate-papo que tem a duração do tempo de queima de uma vela. A mediação é da jornalista e pesquisadora Maria do Rosário Caetano.

PROGRAMAÇÃO Cinema #EmCasaComSesc

ESTREIAS 10/12

EU NÃO SOU SEU NEGRO
(Dir.: Raoul Peck | EUA, França, Bélgica, Suíça | 93 min | 2016 | Documentário | 12 anos)
Narrado por Samuel L. Jackson, o documentário constrói uma reflexão sobre como é ser negro nos Estados Unidos. Em 1979, James Baldwin iniciou seu último livro, “Remember This House”, relatando as vidas e assassinatos dos líderes ativistas que marcaram a história social e política americana: Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King Jr. Baldwin não foi capaz de completar o livro antes de sua morte, e o manuscrito inacabado foi confiado ao diretor Raoul Peck, que combina esse material com um rico arquivo de imagens dos movimentos Direitos Civis e Black Power, conectando essas lutas históricas por justiça e igualdade com os movimentos atuais que ainda clamam os mesmos direitos.

BAKOSÓ – AFROBEATS DE CUBA
(Dir.: Eli Jacobs-Fantauzzi | Cuba | 50 min | 2019 | Documentário | Livre)
O filme segue o DJ Jigüe até sua cidade natal, Santiago de Cuba, para encontrar inspiração em novos sons. Ele acredita que o Afrobeats ajudou a criar um novo gênero, o Bakosó, um belo intercâmbio sonoro e cultural entre Cuba e África. O longa é uma mostra do rico e inesgotável intercâmbio artístico e humano entre a África e o Caribe no século XXI. Aborda a tecnologia, a cultura, os protagonistas e a paisagem que deu luz a este fenômeno musical de fusão cubana com o afrobeat.

CINE ÁFRICA

OLHE PRA MIM
(Dir.: Néjib Belkadhi | Catar, França, Tunísia | 96 min | 2018 | Ficção | Livre)
Lotfi, um imigrante tunisiano que vive na França, é forçado a voltar a sua terra natal para cuidar de Youssef, seu filho autista de nove anos que ele não via há sete. Ignorado pelo seu filho, que não lhe dá sequer um mínimo olhar, Lotfi transforma sua situação em um desafio que o levará ao caminho certo para se tornar um pai de verdade.

RETROSPECTIVA DO CINEMA BRASILEIRO

De 10 a 16/12

ALICE JÚNIOR
Direção: Gil Baroni | Brasil | 2019 | 87 minutos | 12 anos | Ficção
Alice Júnior é uma YouTuber trans cercada de liberdades e mimos. Depois de se mudar com o pai para uma pequena cidade onde a escola parece ter parado no tempo, a jovem precisa sobreviver ao ensino médio e ao preconceito para conquistar seu maior desejo: dar o primeiro beijo.

DIZ A ELA QUE ME VIU CHORAR ÉRAMOS
Direção: Maíra Bühler | Brasil | 2019 | 83 minutos | 16 anos | Documentário
Moradores de um hotel no centro de São Paulo vivem amores tumultuados por sua condição vulnerável. O edifício é parte de um programa municipal de redução de danos para usuários de crack prestes a ser extinto. Entre escadas circulares, quartos decorados, viagens de elevador e ao som das músicas do rádio, os personagens são atravessados por sentimentos de amor romântico e medo da perda. Diz A Ela Que Me Viu Chorar, retrata um grupo de pessoas reunidas por laços fortes em frágil abrigo.

ÉRAMOS EM BANDO
Direção: Marcelo Castro, Pablo Lobato e Vinícius de Souza | Brasil | 2020 | 54 minutos | 12 anos | Ficção
Impedidos de estrear seu 25º espetáculo por conta da pandemia de Covid-19, atrizes e atores do Grupo Galpão se lançam em uma primeira experiência artística no ambiente virtual. Um trabalho de resistência poética.

OS UNDER UNDERGROUNDS, O COMEÇO
Direção: Nelson Botter Jr. | Brasil | 2020 | 100 minutos | Livre | Animação
Heitor foi expulso de sua banda por não ser ‘cool’ o bastante. Magoado, se distrai na volta pra casa e cai num bueiro em obras indo parar em uma cidade subterrânea muito diferente. Nesse lugar, habitado por criaturas humanóides muito ‘esquisitas’ ele finalmente encontra o que buscava: amigos leais e, mais que isso, uma banda. Heitor se torna o novo guitarrista dos ‘The Under-Undergrounds’, uma bandinha de garagem que não liga para estereótipos devido ao amor que compartilham pela música. Juntos eles passarão por diversas aventuras e terão de lidar com as diferenças, superar fraquezas, resolver dramas pessoais e crises típicas da adolescência, que serão vencidas através da amizade e amor pela música. Como se já não bastasse tudo isso, ainda terão de ajudar Heitor voltar para casa!

SEMENTES: MULHERES PRETAS NO PODER
Direção: Éthel Oliveira, Júlia Mariano | Brasil | 2020 | 105 minutos | 14 anos | Documentário
Em resposta à execução de Marielle Franco, as eleições de 2018 se transformaram no maior levante político conduzido por mulheres negras que o Brasil já viu, com candidaturas em todos os estados. No Rio de Janeiro, Mônica Francisco, Rose Cipriano, Renata Souza, Jaqueline de Jesus, Tainá de Paula e Talíria Petrone se candidataram aos cargos de deputada estadual ou federal. O documentário acompanhou essas mulheres, em suas campanhas, mostrando que é possível uma nova forma de se fazer política no Brasil, transformando o luto em luta.

INABITÁVEL
Direção: Matheus Farias, Enock Carvalho | Brasil | 2020 | 20 minutos | 12 anos | Ficção
O mundo experimenta um fenômeno nunca antes visto. Marilene procura por sua filha Roberta, uma mulher trans que está desaparecida. Enquanto corre contra o tempo, ela descobre uma esperança para o futuro.


Direção: Ana Flavia Cavalcanti, Julia Zakia | Brasil | 2019 | 16 minutos | 10 anos | Ficção
Val e suas duas filhas vivem numa casa de 16 metros quadrados. Certa madrugada, mãe e filhas são subitamente acordadas com palmas e alguém chamando por Val no portão. A voz é de Neném Preto, amigo de Val e dono do mercadinho. No portão, Val ouve dele um estranho pedido: o de usar seu quintal para desovar uma exótica carga. Mãe de família, ela hesita, mas acaba cedendo.

PERIFERICU
Direção: Nay Mendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda, Vita Pereira | Brasil | 2019 | 22 minutos | 16 anos | Ficção/Documentário
Luz e Denise cresceram em meio às adversidades de ser LGBT no extremo sul da cidade de São Paulo. Entre o vogue e as poesias, do louvor ao acesso à cidade. Os sonhos e incertezas da juventude inundam suas existências.

A MORTE BRANCA DO FEITICEIRO NEGRO
Direção: Rodrigo Ribeiro | Brasil | 2020 | 11 minutos | 14 anos | Documentário

Memórias do passado escravista brasileiro transbordam em paisagens etéreas e ruídos angustiantes. Através de um poético ensaio visual, uma reflexão sobre silenciamento e invisibilização do povo preto em diáspora, numa jornada íntima e sensorial.

RETROSPECTIVA LEON HIRSZMAN

Títulos – “São Bernardo”, “Eles Não Usam Black-Tie”, “Cantos de Trabalho no Campo-Mutirão”, “Cantos de Trabalho no Campo-Cacau”, “Cantos de Trabalho no Campo-Cana-de-Açúcar”, “ABC da Greve”, “Pedreira de São Diogo”, “Megalópolis”, “Ecologia”, “Maioria Absoluta”, “Nelson Cavaquinho”, “Cantos de trabalho no campo”, “Posfácio: entrevista com a dra. Nise da Silveira”, “Imagens do Inconsciente: Fernando Diniz – Em Busca do Espaço Cotidiano”, “Imagens do Inconsciente: Adelina Gomes – No Reino das Mães” e “Imagens do Inconsciente : Carlos Pertuis – A Barca do Sol”.

[Disponíveis até 09 de fevereiro de 2021]

15º FESTIVAL DE CINEMA LATINO-AMERICANO DE SÃO PAULO

De 9 a 16/12

Contemporâneos | Foco América Central
Títulos – “A Condessa”, “Agosto”, “Apego”, “De Barlavento a Sotavento” e “Rio Sujo” .

BrLab
Títulos – “Abaixo a Gravidade”, “A Cidade dos Piratas”, “A Dança da Gazela”, “Caminho de Campanha”, “Chico Ventana Também Queria Ter Um Submarino”, “Clever”, “Matar a Um Morto”, “O Lobo Atrás da Porta”, “Sinfonia da Necrópole” e “Todos Somos Marinheiros”.

Cinema da Vela Especial
10/12, às 20h00, no youtube.com/cinesesc
Encontro dos cineastas Edgard Navarro e Otto Guerra para tratar dos rumos do cinema, em bate-papo que tem a duração do tempo de queima de uma vela. A mediação é da jornalista e pesquisadora Maria do Rosário Caetano.

(Carta Campinas com informações de divulgação)

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