Rio de Janeiro RJ A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou os primeiros oito testes rápidos para o diagnóstico de Covid-19. Os novos produtos são voltados para uso profissional e permitem a leitura dos resultados, em média, em 15 minutos.foto Josué Mamacena/Fiocruz
.Por Luiz Oliveira.
Causou espanto e alvoroço entre os últimos defensores da moral e dos bons costumes, que até pouco tempo permaneciam enterrados em covas profundas, a versão da frase atribuída ao filósofo e escritor francês Denis Diderot (1713-1784) escrita no Brasil atual por João Paulo Cuenca: “o brasileiro só será livre quando o último bolsonaro for enforcado nas tripas do último pastor da Igreja Universal”.
A frase é mui bela e carregada de sentidos a respeito do Brasil da pós-verdade. E os ignorantes que não sabem o que é hipérbole se agitaram: Essa foi a conclusão do procurador Frederico Paiva ao arquivar o pedido de abertura de investigação contra o previdente cineasta e escritor.
Aliás, a dita frase nem é de Diderot, mas do controverso padre francês Jean Meslier (1664 – 1729), autor de um tratado filosófico que promovia o ateísmo: “O homem só será livre quando o último rei for enforcado nas tripas do último padre”. – Ave-Maria! Virgem Santíssima! O que esse homem está dizendo? – diria minha mãe, Mariana convicta!
Não teve, no entanto, o mesmo entendimento do procurador, a empresa de comunicação Deutsche Welle(DW): “A Deutsche Welle comunica que deixa de publicar a coluna quinzenal Periscópio, de J.P. Cuenca, após o colunista ter escrito, em perfil privado nas redes sociais, mensagem que contraria os nossos valores(…)”.
Que valores seriam estes? A decisão da empresa contraria, e muito, o que ela própria diz defender: “DW é um defensor global da liberdade de opinião e liberdade de expressão”. Será?
Em tempos em que fincamos pé na liberdade de expressão é possível perceber que convoca-se o direito em situações díspares e flagrantemente opostas. É o caso do próprio presidente que advoga para si e para os seus o direito de falar o que quiser, mas não permite que jornalistas, por exemplo, perguntem o que quiserem, segundo critérios editoriais. Fica bravo, xinga, achincalha, ameaça… Jogo de cena? Ou tem algo a esconder, o presidente?
É transparente, nesse imbróglio todo, a falta de transparência, inclusive das grandes empresas de comunicação. A situação é caótica. Jair preferiu valorizar SBT e Record, entre as emissoras de televisão com maiores audiências — e as emissoras católicas logo se alinharam ao ex-capitão, de chapéus nas mãos, comprovando a tese de Jean Meslier.
Globo está entre a cruz e a espada, porque ajudou a criar Jair — como já havia criado Collor — e o filho se rebelou, como o abade francês. A Folha resumiu bem o seu papel de maior morde e assopra do planeta, no editorial Jair Rousseff.
Hoje está tudo muito sombrio, mas por trás das nuvens, os mesmos interesses e ideais nada alvissareiros, desde o tempo de El Rey e da Time Life!
Luiz Oliveira é escritor e jornalista
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