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‘Pagu, Anjo Incorruptível’, ‘Medeia Negra’ e ‘Um Dia a Menos’ são destaque em programação teatral em casa

A série Teatro #EmCasaComSesc, realizada pelo Sesc São Paulo, traz, todas as semanas, a transmissão de diferentes trabalhos cênicos, direto da casa dos artistas, sempre às segundas, quartas, sextas e domingos, às 21h30. Os espetáculos podem ser vistos no canal no YouTube do Sesc São Paulo ou no Instagram Sesc ao Vivo.

Lilian de Lima (Foto: Carlene Cavalcante)

Há mais de três meses no ar, a série apresenta ao público na próxima semana os espetáculos “Pagu, Anjo Incorruptível”, com Lilian de Lima, “Medeia Negra”, protagonizado por Márcia Limma, “Um dia a Menos”, atuação de Ana Beatriz Nogueira e “Ele Precisa Começar”, com Felipe Rocha.

Abrindo a semana, Lilian de Lima apresenta “Pagu, Anjo Incorruptível”, na segunda-feira (31/8). O espetáculo musical sobrepõe camadas narrativas ficcionais e teatro documentário, a partir de fragmentos da vida e obra da jornalista, escritora e ativista Patrícia Galvão (1910-1962), conhecida como Pagu. A atriz, que também canta e assina a dramaturgia e direção, traz para a cena a história ficcional, mas tão real e possível, de outra Patrícia: uma moradora da periferia de São Paulo nos dias de hoje. Duas mulheres, duas Patrícias separadas pelo vão de um século, trazem à tona uma pergunta: em cem anos, o que de fato mudou? O espetáculo estreou em 2018 e fez turnê em várias cidades brasileiras. Lilian de Lima é atriz, cantora, dramaturga, diretora e preparadora vocal. Fundadora do Núcleo Toada, também faz parte do grupo paulistano Cia. Do Tijolo, entre outros. Classificação: 14 anos.

Partindo de uma leitura própria do mito de Medeia e da invisibilização da voz feminina, “Medeia Negra”, com a atriz Márcia Limma, na quarta-feira (2/9), traz o patriarcado como uma metáfora das mortes que as mulheres negras são obrigadas a carregar. A peça, que está há dois anos em cartaz, traz a interculturalidade e referências afro diaspóricas, por meio de arquétipos das divindades como Nanã, Iansã, Exu e Omolu. No tempo passado, presente e futuro, a personagem desconstrói o mito para convocar as mulheres à retomada do poder. A ancestralidade e a evocação aos cânticos negros de libertação disparam um embate entre público e personagem, a partir das reflexões levantadas. O solo de Márcia Limma, nona montagem do Grupo Vilavox, começou no interior do estado da Bahia, em 2018, passando por diversas cidades brasileiras e chegando até a Alemanha, além de ter sido apresentado no FIT – Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto. A direção é de Tânia Farias, da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (RS), com dramaturgia de Márcio Marciano e Daniel Arcades. Márcia Limma é atriz, cantora e performer, e nasceu no bairro de Pituaçu, em Salvador (BA). Filha de uma empregada doméstica, conheceu o mundo levada pelo teatro, seu ofício e paixão. Classificação: 16 anos.

Márcia Limma (Foto: Adeloyá Magnoni)

Comemorando 35 anos de carreira, a atriz Ana Beatriz Nogueira apresenta o solo “Um Dia a Menos”, na sexta-feira (4/9). Adaptação do conto homônimo de Clarice Lispector (1920-1977), com direção de Leonardo Netto, a peça acompanha a história de Margarida, uma mulher às vezes engraçada, às vezes patética, que traz uma humanidade à flor da pele. A personagem vive só, desde que sua mãe morreu, na mesma casa onde nasceu e cresceu. Ela cumpre seus rituais diários, esquenta sua comida, almoça, torce para que o telefone toque, e vai buscando o que fazer até a hora do jantar, quando finalmente anoitece e pronto, um dia a menos. Até que, esgotada pela repetição infinita, Margarida tem um rompante inesperado. Em tom intimista e com economia de recursos, Ana Beatriz Nogueira utiliza apenas uma poltrona, uma mesa de apoio e um telefone para chegar ao essencial do teatro: o ator e a ideia central contida no texto. Classificação: 14 anos.

Ana Beatriz Nogueira (Foto: Dalton Valerio)

No domingo (6/9), Felipe Rocha, do grupo Foguetes Maravilha, recebe o público para a apresentação de “Ele Precisa Começar”, primeiro texto escrito pelo ator. A peça conta a história de um homem de 35 anos, fechado em um quarto de hotel, numa segunda-feira de folga, que se dispõe a começar a escrever uma narrativa ficcional. Como não tem nada planejado, escolhe a si mesmo e ao seu quarto de hotel como ponto de partida para sua história. A partilha com os espectadores do processo de criação da escrita desse texto se mistura às situações que o autor enfrenta ao ver-se abduzido pelos universos e personagens que cria. A direção do espetáculo é do próprio ator, em parceria com Alex Cassal, e a classificação é 12 anos.

Agenda de 31 de agosto a 6 de setembro, 21h30

31/8, segunda: Lilian de Lima em “Pagu, Anjo Incorruptível”
2/9, quarta: Márcia Limma em “Medeia Negra”
4/9, sexta: Ana Beatriz Nogueira em “Um dia a Menos”
6/9, domingo: Felipe Rocha, do grupo Foguetes Maravilha, em “Ele Precisa Começar”

(Carta Campinas com informações de divulgação)

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