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Dança em casa traz live-performance ‘Floresta’ e ‘Cartas para um Outro Tempo’

A programação da série Dança #EmCasaComSesc, realizada pelo Sesc São Paulo, traz na próxima terça-feira, 18/8, a apresentação Floresta, com Marina Guzzo, e Cartas para um Outro Tempo, com os bailarinos Letícia Forattini e Otávio Portela, da São Paulo Companhia de Dança, na quinta-feira, dia 20/8. A série mostra novos trabalhos todas as terças e quintas, sempre às 21h30, através do YouTube do Sesc São Paulo e da página do Sesc Ao Vivo no Instagram , sempre com um espetáculo ao vivo de dança apresentado direto da casa do artista.

Como num sonho pandêmico, a proposta da live-performance Floresta, de Marina Guzzo, é ativar um desejo de floresta no espaço improvável da sala de casa ou de qualquer lugar. A obra, que será apresentada na terça-feira, dia 18/8, parte do corpo, da ficção, das plantas e objetos. A experiência recupera formas de ação presentes tanto no pluralismo dos conhecimentos originários como nas práticas de reflorestamento. O que se apresenta é um movimento em direção à capacidade de encantamento do mundo como estratégia de redesenho do real e do presente. O sonho da regeneração, da cura, da festa e da fartura como saídas ao deserto da monocultura. Transformar o corpo, a sala, a dança, a cidade, o Brasil, o mundo, as relações, o futuro, o medo, o vírus, os afetos, o mercado, as encruzilhadas, o desejo. A concepção, coreografia e performance é da própria artista, acompanhada de João Simão, que também assina a paisagem sonora. Artista e pesquisadora das artes do corpo, Marina concentra suas criações na interface das linguagens artísticas e na incerteza da vida contemporânea, misturando dança, performance e circo para explorar os limites do corpo e da subjetividade nas cidades e na natureza.

Marina Guzzo (Foto: Gui Galembeck)

Na quinta-feira, dia 20/8, acontece a apresentação Cartas para um Outro Tempo, com Letícia Forattini e Otávio Portela, da São Paulo Companhia de Dança. O trabalho reflete sobre o momento atual provocado pela pandemia do novo coronavírus e questiona: como será a nossa realidade daqui a alguns anos? Como vamos olhar, então, para o que estamos vivendo agora? O duo, que conta com dramaturgia do artista convidado Bastian Thurner, tem como ponto de partida a conexão à distância – única comunicação disponível durante o isolamento – e as sensações provocadas por esses tempos. Para retratar inquietações pessoais e coletivas de hoje, os artistas resgatam a memória afetiva da correspondência por meio de cartas e se inspiram em mensagens cheias de esperança sobre o futuro e o presente, escritas por seus familiares e amigos próximos. A criação é inédita e será dançada pelos artistas no espaço doméstico, um lugar de memória e de estabelecimento de relações afetivas e de onde se observa a passagem dos dias. Cartas para um Outro Tempo, uma jornada poética através de afetos e do próprio tempo, propõe uma conexão que ultrapassa o momento presente.

São Paulo Companhia de Dança, Letícia e Otavio (Foto: Charles Lima)

Sempre às terças e quintas-feiras, às 21h30, acontece uma apresentação de dança no formato de solos, duplas ou com mais integrantes – desde que estes já estejam dividindo o mesmo espaço neste período de quarentena – podendo ser coreografias inéditas, criadas para este espaço digital, trechos de obras ou adaptações de trabalhos existentes, de acordo com o espaço e proposta de cada obra. As apresentações têm duração de até 40 minutos. Dentro desta linguagem, a experiência das diversas edições da Bienal Sesc de Dança, que teve sua 11ª edição realizada em setembro de 2019, possibilita a expansão da atuação digital da instituição. A programação terá como foco abranger o maior número de vertentes e movimentos da dança, em suas expressões, diversidades e poéticas de corpos, dentro das muitas áreas de pesquisa, como a clássica, urbana, contemporânea, performática e experimental.

Até aqui, a Dança #EmCasaComSesc exibiu 15 apresentações com audiência que ultrapassa 33 mil visualizações. Já passaram pela série os bailarinos e coreógrafos Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira, em espetáculo com fragmentos da pesquisa Outras Formas; Diogo Granato apresentou Toda Vez que me Despeço; a dupla Key Sawao e Ricardo Iazzetta trouxe a dança do dia; Rubens Oliveira fez sua estreia em espetáculo solo com Makahla; Morena Nascimento foi atração com a dança-improviso MADEIRA, uma dança para meu pai; Márcio Greyk apresentou Solos de Laje; Cristian Duarte mostrou Home100; Jussara Miller trouxe o solo Proximidade, um olhar para o avesso, Denise Stutz esteve com o espetáculo 3 Solos em 1 Tempo, Celly IDD e DG Fabulloso – Clássicos do Passinho apresentaram Passinho, Dança e Tela e com uma dança pensada e criada a partir do cenário atual, de afastamento social, Cesar Dias apresentou Ser, Frank Ejara & Discípulos do Ritmo apresentaram (Com)Fluência – Pocket; Lu Favoreto mostrou LÁ, onde a gente dançava sobre espelhos, Jorge Alencar e Neto Machado apresentaram Biblioteca de Dança e Luciane Ramos-Silva mostrou Gabinete de Curiosidades.

(Carta Campinas com informações de divulgação)

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