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Dança em casa traz ‘Gabinete de Curiosidades’ e ‘Biblioteca de Dança’

Há mais de um mês no ar, a programação da série Dança #EmCasaComSesc, realizada pelo Sesc São Paulo, traz na próxima semana duas novas apresentações para o público: Biblioteca de Dança, com Jorge Alencar e Neto Machado, na terça, 11, e Gabinete de Curiosidades, de Luciane Ramos-Silva, na quinta, 13. A série mostra novos trabalhos todas as terças e quintas, sempre às 21h30, através do YouTube do Sesc São Paulo e da página do Sesc Ao Vivo no Instagram, sempre com um espetáculo ao vivo de dança apresentado direto da casa do artista.

(Foto: Patrícia Almeida)

Na terça-feira, 11, Jorge e Neto apresentam Biblioteca de Dança. Os bailarinos são como “livros vivos”, dançando e contando coreografias que marcaram diferentes contextos de suas trajetórias artísticas e pessoais. Organizado em volumes, o trabalho será adaptado para o formato online prevendo a interação pontual com o público por meio de comentários no YouTube para escolha de alguns dos capítulos a serem apresentados. Neto Machado e Jorge Alencar são uma dupla de artistas da dança que circula pelo teatro, pelo audiovisual e pela educação. Alguns dos espetáculos frutos dessa parceria são Biblioteca de Dança, Strip Tempo, Tombé, Vermelho Melodrama, dentre outros; além das obras audiovisuais Pinta e A Lei do Riso.

Gabinete de Curiosidades, de Luciane Ramos-Silva, será apresentada na quinta-feira, 13. A dança foi criada na quarentena e discute a curiosidade sobre aquilo que está longe dos olhos, mas perto da imaginação. O nome faz referência às coleções privadas dos séculos XVI e XVII que depois viraram o que conhecemos como museus – instituições que acumulam coisas admiráveis, preciosas e etnográficas, para impressionar, entreter ou fascinar quem as vê. O disparador é a casa da própria artista, como uma noção expandida e crítica de um gabinete de curiosidades. Luciane Ramos-Silva é artista da dança, antropóloga e educadora, além de doutora em Artes da Cena e mestre em antropologia pela Unicamp. Suas danças estão atravessadas pelas experiências em pesquisas na África do Oeste e espaços diaspóricos das Américas. Atua em parceria com diversos artistas, coletivos e instituições nas encruzilhadas das áreas de dança, pedagogia e crítica cultural.

Sempre às terças e quintas-feiras, às 21h30, acontece uma apresentação diferente no formato de solos, duplas ou com mais integrantes – desde que estes já estejam dividindo o mesmo espaço neste período de quarentena – podendo ser coreografias inéditas, criadas para este espaço digital, trechos de obras ou adaptações de trabalhos existentes, de acordo com o espaço e proposta de cada obra. As apresentações têm duração de até 40 minutos. Dentro desta linguagem, a experiência das diversas edições da Bienal Sesc de Dança, que teve sua 11ª edição realizada em setembro de 2019, possibilita a expansão da atuação digital da instituição. A programação terá como foco abranger o maior número de vertentes e movimentos da dança, em suas expressões, diversidades e poéticas de corpos, dentro das muitas áreas de pesquisa, como a clássica, urbana, contemporânea, performática e experimental.

Dança na TV

Além das lives, o público interessado em dança poderá conferir também a série Dança Contemporânea, exibida desde 2009 pelo SescTV, e que acaba de ganhar nova temporada no canal e na internet. Os 13 novos episódios propõem um olhar plural para a cena da dança contemporânea no país a partir das poéticas do corpo negro. Integrados ao projeto #Do13ao20 – (Re)Existência do Povo Negro (sescsp.org.br/do13ao20), que propõe diálogos sobre a condição social da população negra e objetiva reiterar os valores institucionais, bem como o reconhecimento das lutas, conquistas, manifestações e realidades do povo negro, a curadoria desta temporada é assinada pela artista e pensadora em dança, gestora cultural e cientista social Gal Martins. Sua proposta evidencia as corporalidades plurais nas danças contemporâneas com o intuito de fazer presente, com dignidade, a multiplicidade de vozes que compõem o universo dança em todo o país, contemplando os corpos negros, femininos, periféricos, gordos, LGBTQI+ e tantos outros.

Além de Encruzilhada, do Grupo Fragmento Urbano, fazem parte da temporada: Arquivo Negro – Passos Largos em Caminhos Estreitos – Cia Pé no Mundo; Noite de Solos composto pelas apresentações Depoimentos para Fissurar a Pele – Núcleo Djalma Moura e Corredeira – Nave Gris Cia Cênica; Filhxs -da- P°##@ – T O D A – Coletivo Calcâneos; Herança Sagrada – A Corte de Oxalá, com o Balé Folclórico da Bahia; Cria – Cia. Suave; Eles Fazem Dança Contemporânea – interpretado por Leandro Souza; Anonimato- Orikís aos Mitos Pessoais Desaparecidos – Cia Treme Terra; Subterrâneo – Gumboot Dance Brasil; 5 Passos para não Cair no Abismo – Cia Urbana de Dança; Mulheres do Àse.- com Edileusa Santos; Sons D’Oeste -Trupe Benkady e Mensagens de Moçambique – Taanteatro Companhia.

(Carta Campinas com informações de divulgação)

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