O “Coletivo dos Professores de Vinhedo em Defesa da Educação Pública” publicou uma Carta Aberta contra o retorno às aulas presenciais na cidade. Para os professores, o governo Jaime (PSDB) estabeleceu o retorno de professores às escolas municipais de Vinhedo contrariando autoridades sanitárias e sem justificativa pedagógica.
Os casos confirmados de Covid-19 em Vinhedo apresentam crescimento acentuado, tendo passado de 287 em 29 de junho à 922 em 29 de julho (segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde). Entretanto, apesar do aumento de mais de 300% em um mês, o governo Jaime estabeleceu e mantém a obrigatoriedade do comparecimento de professores nas escolas municipais.
Segundo o “Coletivo dos Professores de Vinhedo em Defesa da Educação Pública” não há justificativas epidemiológicas e pedagógicas que sustentem as orientações da Instrução Normativa nº 14. A medida tem o potencial de agravar a situação da pandemia em Vinhedo e no entorno, dado o fluxo intra e intermunicipal de pessoas que a retomada das atividades presenciais impõe.
Além disso, coloca em risco a saúde e vida de professores e seus familiares. Em Carta Aberta o Coletivo também entende que a medida é evasiva em relação às atribuições pedagógicas do trabalho presencial dos professores e sugere aumento dos contatos presenciais entre professores e alunos. Afirma também que é discriminatória ao estabelecer a atribuição de notas aos alunos por um critério quantitativo de realização de atividades ofertadas (“Realizou 90% a 100% – nota 9,0 a 10,0; Realizou 70% a 85% – nota 7,0 a 8,5; Realizou 50% a 65% – nota 5,0 a 6,5; Realizou 30% a 45% – 3,0 a 4,5; Realizou 0% – 2,5 a zero”).
Tendo em vista esses argumentos, o coletivo dos professores reivindica a suspensão imediatamente da medida para que não cause mais prejuízos à coletividade e às comunidades escolares.