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Mortalidade em Campinas é 4 vezes maior do que cidade modelo no combate à Covid-19

Governada por Edinho Silva (PT), a cidade de Araraquara, com cerca de 150 mil habitantes, se tornou modelo no combate ao coronavírus. De acordo com levantamento da Fundação Seade, do Governo do Estado de São Paulo, Araraquara tem a menor taxa de mortalidade por covid-19 do Estado, e uma das menores taxas de letalidade do Brasil.

Edinho Silva (foto pref. munic araraquara- div)

Até junho, foram confirmados 810 casos e apenas 10 mortes, o que resulta em uma taxa de letalidade de 1,2%, a mais baixa entre municípios com mais de 500 casos confirmados.

Para se ter uma ideia comparativa, Campinas tem taxa mortes 4 vezes superior, segundo dados divulgados pela própria prefeitura de Campinas em 28 de maio. A taxa de mortalidade de Campinas estava em 4,9%. Campinas já registra 503 mortes e 12.427 casos.

Para o prefeito Edinho, o segredo foi dar a devida atenção e respaldo às recomendações e decisões da equipe gestora de saúde e agir rápido. “A Covid-19 só se assemelha em termos de tragédia humana e do ponto de vista econômico à II Guerra Mundial. Um inimigo invisível, com uma letalidade considerável que se agrava em questão de horas”, afirmou o prefeito.

A prefeitura montou, logo no início de março, um comitê de contenção da doença com todas as autoridades médicas do município, para levantar o quadro da época e desenhar os possíveis cenários para os meses seguintes.

Veja abaixo as oito ações de Araraquara destacadas pelo prefeito como fundamentais para o sucesso da cidade no combate ao Coronavírus:

1. Expansão do horário de atendimento das redes básicas regionais, como uma medida para não sobrecarregar a rede de urgência e emergência. “Não podemos deixar ninguém morrer por falta de assistência médica”, explicou.

2. Criação de um serviço de telemedicina, em que as pessoas são atendidas por um número 0800, impedindo que qualquer sintoma leve as pessoas para rede hospitalar municipal e sobrecarregue o sistema.

3. Criação de “equipes de bloqueio”, em que, ao identificar um paciente diagnosticado, uma equipe vai a campo para criar um ambiente de isolamento daquele paciente e pessoas que estiveram em contato.

4. Criação de centro de referência de Coronavírus, a partir da transformação de uma das UPAs da cidade, com equipes especializadas para que as pessoas com sintomas de Covid-19 se dirijam para lá.

5. Parceria com a faculdade de farmácia da Unesp, laboratório referência para o estado todo, passando a fazer exames em todos os sintomáticos. “Enquanto estávamos com o Adolph Lutz (Órgão da Secretaria Estadual de Saúde), levávamos até 15 dias para o resultado de um exame. Com a Unesp, reduzimos o prazo para até 12 horas o acesso aos resultados. Essa agilidade e tempo que conquistamos foram fundamentais para lidar com uma doença como a Covid-19”, destacou Edinho.

6. Criação de inquéritos epidemiológico em que é feito o mapeamento por onde a doença passou pela cidade, com testes em pessoas de grupo de riscos por comorbidades, bairros carentes e profissionais mais expostos à contaminação.

7. Construção de um Hospital de Campanha com 51 leitos (30 leitos de enfermaria e 21 leitos de UTI) em apenas 5 semanas. “Criamos uma estrutura em que a possibilidade do sistema de saúde de Araraquara entrar em colapso é zero. Além disso, nosso hospital ficou à disposição das cidades da região”, afirmou Edinho. 

8. Criação de um comitê de solidariedade para ampliar programas de segurança alimentar, fortalecendo um ambiente muito forte de solidariedade na cidade.

Para conhecer outras ações de combate à covid-19 em Araraquara, basta acessar o site da Prefeitura de Araraquara. (Revista Fórum/Carta Campinas)

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