‘Contos Negreiros do Brasil’ e ‘A Mais Forte’, de August Strindberg, estão em programação teatral em casa

A série Teatro, que faz parte da programação #EmCasaComSesc, organizada pelo Sesc São Paulo, traz na segunda-feira (15) o ator Cassio Scapin em cena com “Eu Não Dava Praquilo”, um monólogo cômico dramático a partir da biografia da atriz e diretora paulista Myrian Muniz (1931-2004).

Rodrigo França, Contos Negreiros do Brasil (Foto: Nil Caniné)

A apresentação, que traz passagens da vida pessoal e profissional da homenageada, pretende ser uma ode ao ofício teatral e a sua importância como agente de transformação tanto individual quanto social. O roteiro é do próprio Scapin e do poeta Cássio Junqueira, e a direção leva assinatura de Elias Andreato. Classificação indicativa 16 anos.

Na quarta-feira (17), a atriz carioca Clara Carvalho apresenta “A Mais Forte”, com texto do dramaturgo sueco August Strindberg. A obra foi escrita em 1889 e até hoje é um desafio para as atrizes.

Traz a história de uma senhora que, ao ver em outra mesa sua rival na carreira artística e suposta amante do seu marido, vomita cobras e lagartos. Um monólogo de diálogo ácido e que exige sutileza na interpretação. Muito adaptada para a televisão, no Brasil ela já foi encenada por Nathália Timberg no Teatro Tupi. Clara Carvalho iniciou sua trajetória artística no balé, com passagem pelo Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A partir da década de 1980, vem para São Paulo com o Grupo Tapa apresentando o espetáculo “O Tempo e os Conways”, de J.B. Priestley. A partir daí, passou a se dedicar definitivamente ao teatro como atriz, diretora, tradutora e professora. “A Mais Forte” tem classificação livre.

Na sexta-feira (19), é a vez de conferir o espetáculo documentário “Contos Negreiros do Brasil”, com o ator, diretor e articulador cultural Rodrigo França. Um monólogo sobre a condição real e atual da negra e do negro no Brasil, seja o jovem estudante, o gay negro, a negra hiper sexualizada pela sociedade, o menor infrator, a prostituta e a idosa.

Sob direção de Fernando Philbert, o espetáculo é uma espécie de peça-aula que leva o público a presentificar índices estatísticos, contextualizados com cenas que reproduzem dores, paixões, medos, alegrias e angústias. O texto é de Marcelino Freire. Rodrigo França iniciou sua carreira no teatro e no cinema em 1992 e no ano passado ganhou o Prêmio Shell, na categoria Inovação pelo Coletivo Segunda Black. Cientista social e filósofo, é ativista pelos direitos civis, sociais e políticos da população negra no Brasil. Classificação indicativa 14 anos.

No domingo (21), é a vez de Mariana Lima em “Sim – Cérebro/Coração em Conferência Para Terra”, resultado de um processo de escrita conjunta, de textos recortados, leituras e vivências da atriz em parceria com os diretores Renato Linhares e Enrique Diaz. 

As transmissões podem ser acompanhadas pelo youtube.com/sescsp ou instagram.com/sescaovivo.

(Carta Campinas com informações de divulgação)

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