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Casa de Cultura Itajaí traz programação especial sobre as bonecas Abayomi, símbolo da multiplicidade e resistência africana

O canal da Casa de Cultura Itajaí “CulturAr” traz a  partir de 18 de junho uma programação especial sobre a boneca Abayomi. Até 26 de junho, dez mulheres de diversos lugares do país trarão a narrativa da sua boneca Abayomi e farão uma boneca ao vivo em cada programa. No dia 28 de junho, haverá um encontro virtual das dez fazedoras das diferentes regiões do Brasil. Haverá também a participação especial da artista visual Andrea Mendes e também de Amanda Menconi – compositora do samba Abayomi e integrante do grupo Mana Dinga 

(Foto: Pamelea Omi – Divulgação)

Para acalentar seus filhos durante as terríveis viagens a bordo dos tumbeiros – navio de pequeno porte que realizava o transporte de escravos entre África e Brasil – as mães africanas rasgavam retalhos de suas saias e a partir deles criavam pequenas bonecas, feitas de tranças ou nós, que serviam como amuleto de proteção. As bonecas, símbolo de resistência, ficaram conhecidas como Abayomi, termo que significa ‘Encontro precioso’, em Iorubá, uma das maiores etnias do continente africano cuja população habita parte da Nigéria, Benin, Togo e Costa do Marfim. Sem costura alguma (apenas nós ou tranças), as bonecas não possuem demarcação de olho, nariz nem boca, isso para favorecer o reconhecimento das múltiplas etnias africanas.

Fazedoras de Abayomi de diferentes regiões estarão na programação da Semana Especial Abayomi. Veja mais detalhes:

18 de junho – quinta-feira, às 19h30

MONIQUE DA SILVA FERREIRA  (MG)

Historiadora, pedagoga e fazedora de Abayomi

19 de junho –  sexta-feira, às 15h

MIRIAN ALPI  (SP)

Mirian Lúcia Gonçalves, 36 anos, natural de Itu/SP. Professora no Ensino Fundamental (anos iniciais) na Rede Municipal de Campinas. Licenciada em Pedagogia pela Faculdade de Educação da Unicamp. Concluiu o Mestrado em 2012 e o Doutorado em 2019, ambos na Faculdade de Educação da Unicamp. Possui Especialização em Educação e Saúde (Unifesp, 2010) Jornalismo Científico (LabJor/Unicamp, 2016). Pesquisa na área da Educação com foco em Políticas de Ação Afirmativa; Relações Étnico-raciais e Formação de Professores. Integrou, como voluntária, o Grupo de Avaliação Continuada do Programa de Formação Interdisciplinar – ProFIS, do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas – NEPP, da Unicamp.

20 de junho –  sábado, às 15h

DANIELA ROSA (MG)

Doula, Educadora e fazedora de Abayomi 

21 de junho – domingo, às 17h

ELIANA CRISTINA SILVA

22 de junho –  segunda-feira, às 19h30

ANDREIA FERNANDES (RJ)

Andreia Fernandes é mulher negra, artesã, professora e pesquisadora. Atua no projeto GRIOT – Pesquisa, difusão e memória em tradições e contemporaneidades Afro brasileiras desde 2010 em Cabo Frio e Região dos Lagos (RJ), projeto este que já recebeu vários prêmios ao longo de todos estes anos, sendo o mais recente o Prêmio Carolina Maria de Jesus (Comissão de Direitos Humanos- ALERJ/2019).

Com Licenciatura em História pela universidade Veiga de Almeida, pós-graduação em metodologia do ensino de História e vários cursos nas áreas de Direitos Humanos e História e Cultura afro brasileira, atua na rede pública de educação, assim com formação de profissionais de educação para a implementação das leis 10639/03 (obriga o ensino de História e cultura africana e afro brasileira) e 11645/08 (obriga o ensino de Historia e cultura indígena e de seus descendentes) e na luta por uma educação antirracista, mais democrática e de qualidade.

23 de junho –  terça-feira, às 19h30

DIRA SOUZA FERNANDES (BA)

Formada em Licenciatura em Teatro e em Comunicação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atuou como professora de teatro de bonecos e atriz em Lauro de Freitas. Atualmente mora em Porto Seguro, sul da Bahia. Uma das fundadoras  da Abayomi Casa de Cultura. Uma casa de arte, Cultura e artesanato independente, no bairro Cambolo, periferia da cidade, o espaço promove saraus musicais, batalhas de rap, oficinas de diversas ordens artísticas. Fazedora de boneca Abayomi,  com a  exposição ” A Boneca Abayomi Nós de Resistência e Ancestralidade”  que reúne obras de artistas de Belo Horizonte, Ipatinga, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Porto Seguro.

24 de junho –  quarta-feira, às 19h30

ISIS BOTELHO (CPS)

Pedagoga, com pós graduação em educação inclusiva, cursando pós graduação  e especialização  em  psicopedagogia  e neuropsicopedagogia.

Professora e aplicadora da metodologia OPEE. Estudante e pesquisadora da cultura afro-brasileira. Artesã  e oficineira.

25 de junho –  segunda-feira, às 19h30

CAROL CORONADO (VINHEDO)

Mãe da Isabela e do Theo, Educadora, Contadora de Histórias, Formadora, Brincante da Cultura Popular, Caixeira das Nascentes, batuqueira de Maracatu, co-criadora com crianças do #MovimentoRaizes.

26 de junho – sexta-feira (a confirmar)

EVELYN SANTOS (CAMPINAS)

27 de junho –  sábado, às 16h30

PAMELA OMI (SP)

Ateliê O ‘mi aborda as afro-brasilidades através da boneca Abayomi, com metodologia oral e ancestral buscando referências nos griots mestres(a) como Lena Martins primeira ativista negra a criar a boneca abayomi no Brasil nos anos 80.

O ateliê trabalha com cantigas ancestrais, oficina de confecção de boneca abayomi, feiras afros e  instalações artísticas entre outras pesquisas dentro do universo Afro-brasileiro.

Busca referência nas culturas negras do sudeste, norte e nordeste, traz na voz um

“Canto Abayomi”

28 de junho – domingo, às 16h30

Encontro das fazedoras de Abayomi

Participação especial na programação

Andrea Mendes – mulher negra, artista visual

Amanda Menconi – compositora do samba Abayomi e integrante do grupo Mana Dinga

Todas as entrevistas e bate-papos ao vivo são realizados de forma aberta e interativa, o público pode perguntar e interagir nas aulas de dança e em muitas atividades culturais inteiramente gratuitas. O importante  diferencial  do projeto é reconhecer e valorizar a produção dos fazedores e fazedoras locais.

A programação estará no canal do youtube ( www.youtube.com/c/CulturAr)  e pode ser conferida no site (https://casahacker.org/culturar ) , no instagram (@culturarnasredes) e na página do facebook ( https://www.facebook.com/culturarculturaeeconomiacriativa/).

Mais informações sobre o projeto CulturAr podem ser vistas AQUI.

(Carta Campinas com informações de divulgaçao)

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