Os deputados David Miranda (PSOL-RJ), Sâmia Bonfim (PSOL-SP) e Fernanda Melchionna (PSOL-RS) protocolaram na noite desta quarta-feira um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. (Um primeiro pedido foi feito por um deputado da Rede)
A iniciativa foi divulgada nas redes sociais, e contou com o apoio de diversos intelectuais – como a socióloga Adriana Erthal Abdenur, a advogada e professora de Direito da UnB Débora Diniz, o professor da UFBA Daniel Peres, o professor Silvio Almeida (FGV, Mackenzie e CEO do Instituto Luiz Gama), e a antropóloga Rosana Pinheiro-Machado.
Contudo, a executiva nacional do partido divulgou uma nota onde não reconhecem a iniciativa, considerada “unilateral”.
“O partido está, nas suas instâncias e bancada, debatendo a melhor tática para enfrentar a irresponsabilidade do governo Bolsonaro. Por essa razão, a iniciativa causa indignação porque atropela o debate interno do PSOL e do conjunto da oposição”, diz a sigla
“O presidente Bolsonaro cometeu vários crimes de responsabilidade. Há, portanto, base jurídica para o impeachment”, diz o PSOL. “No entanto, o impeachment é também um processo político que precisa ganhar os corações e mentes do povo brasileiro. Além disso, não pode ser construído de forma individual”.
Ao mesmo tempo, o partido diz que o momento é “gravíssimo” e que a prioridade deve ser a defesa de medidas que salvem vidas, como aquelas que a bancada apresentou nesta quarta-feira.
“Se queremos derrubar Bolsonaro, essa deve ser uma proposta construída coletivamente. Nesse momento, portanto, a tarefa da oposição é ampliar o crescente repúdio ao governo Bolsonaro e mobilizando amplas forças sociais para assegurar a proteção dos mais vulneráveis ao coronavírus”. (Do GGN)