Uma decisão da Justiça do Rio, que proibiu nesta quarta-feira (12) a cremação do corpo do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, levanta suspeita de que a operação da polícia da Bahia pode não ter resultado na morte de Adriano Magalhães, mas de outra pessoa. As redes sociais estão repletas de comentários levantando a hipótese de que Adriano não foi morto. A cremação impediria de se confirmar a verdadeira identidade da pessoa morta na Bahia.
O miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega é muito querido da família Bolsonaro. Ele já recebeu homenagens de um dos filhos de Bolsonaro quando ainda estava preso. Além disso, Bolsonaro fez defesa de Adriano durante seu julgamento. O miliciano é suspeito, segundo a polícia, de saber exatamente quem mandou matar a vereadora Marielle Franco, do PSOL. A mãe e a irmã de Adriano também trabalharam para a família de Bolsonaro.
O pedido de cremação havia sido feito pela família do ex-policial e a cremação estava prevista para as 10h desta quarta-feira, 12, no Crematório do Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, Zona Portuária do Rio.
Segundo reportaem do G1, em sua decisão, a juíza do plantão judiciário, Maria Izabel Pena Pieranti, diz que “que não se encontram preenchidos os requisitos previstos na Lei de Registros Públicos (lei 6.075/1973)”. Segundo a juíza, não constam no pedido documentos imprescindíveis para a cremação, como a cópia da Guia de Remoção de Cadáver e o Registro de Ocorrência.
A juíza reitera, ainda, que Adriano não morreu de causas naturais e que, segundo consta em sua certidão de óbito, ele sofreu anemia aguda e politraumatismo causados por instrumento perfuro-cortante.
Veja vídeo das relações da família Bolsonaro com Adriano: