Ícone do site CartaCampinas

‘O Segredo aqui Compartilhado …’ reúne obras de artistas do Coletivo dos Encontros na Arte do Cândido Ferreira

No próximo dia 28 de agosto, às 19h, acontece a abertura da exposição “O Segredo aqui Compartilhado …” na Estação Cultura de Campinas.

Obra de Silvana Borges

Com a curadoria do artista plástico João Bosco, a exposição foi organizada a partir da parceria entre a Usina Geradora de Cultura e o Ateliê de Livre Expressão do Centro de Convivência Casa dos Sonhos. Os artistas são do Coletivo dos Encontros na Arte do Cândido Ferreira e as produções de desenhos, pinturas e poesias foram feitas ao longo de vários anos na Instituição. Algumas obras faz parte do acervo de arte do Cândido Ferreira e foram confeccionadas no antigo Espaço 8 Ateliê.

Os artistas são Marcos Pio, Norival Cobeiro, Gildete Pereira, Luiza Finatti, Tereza L’Estaque, Silvana Borges, Mario da Silva.

Obra de Luiza Finatti

Poesias de Tereza L’Estaque e Silvana Borges, Mario da Silva, lidas pela artista Adrielli Melges do Grupo de Teatro Fora do Trilho.

O Coletivo dos Encontros na Arte e o Ateliê de Livre Expressão da Casa dos Sonhos faz parte do Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira, Instituição Filantrópica de Saúde Mental da rede do SUS Campinas e que desde 2018 é considerada Ponto de Cultura Museu Vivo Cândido Ferreira.

A Usina Geradora de Cultura é uma rede formada por 11 coletivos artísticos, que atua na cidade de Campinas e região. A rede já foi premiada pelo Ministério da Cultura por seu trabalho desenvolvido desde 2014 na gestão compartilhada da Sala dos Toninhos, do Vagão dos Bonecos e Ateliê da Estação.

Obra de Tereza Nascimento

“As peças são outros jogos:/construiremos outro segredo./ Os cacos são outros reais/ antes ocultos pela forma/ e o jogo estraçalhado/ se multiplica ao infinito/ e é mais real que a integridade: mais lúcido”.* Talvez assim possamos ver a mostra. Um conjunto de cacos em que se perde a visão d’antes, do familiar e revela uma realidade que é “mais real” porque deixa emergir todo o latente que sempre se abafa e adéqua – em nome de quê? Para quê? O segredo aqui compartilhado traz massa de cor que, nítida, faz ordenação do mundo, tudo no lugar, porque tudo tem seu lugar – umas duas vezes e tantas mais que se olhem, as cores fortes, gritam ORDEM. A mesma que arquiteta cidades e seus espaços e seus habitantes. E até aqui se podemos perceber o nosso familiar, lampeja o que se oculta, dai a união do cotidiano e o sagrado na praça que é o centro, ponto zero. Ponto zero que É o vazio de uma árvore! Sim, árvore tão rica em frutos e tão oca – espaço puro, livre, despossuído! Respira-se, pode-se mover porque pode se multiplicar ao infinito nos seres de terra e céu com a linha do carvão que comunga essa unicidade ancestral. Eis que as novas moradas não nivelam, antes se encostam e seguem no relevo, seguem junto nas ondulações que fazem as curvas com declives e elevações. A massa de cor se dilui e expande, porque a vida se expande e respira. Está tudo aí, as peças estão aí. Saibamos que nos tornamos peças porque também somos cacos comungantes – mosaico”. (Eni Ilis)

*Orides Fontela, Ludismo, pg. 18, in: Poesia Reunida SP: CosacNaify, 2006

(Carta Campinas com informações de divulgação)

O Segredo aqui Compartilhado …”

Curadoria de João Bosco

Abertura: 28 de Agosto de 2019

Horario: 19h

Periodo: 28 de Agosto a 27 de Outubro

Marcos Pio, Norival Cobeiro, Gildete Pereira, Luiza Finatti, Tereza L’Estaque, Silvana Borges, Mario da Silva

De segunda a sábado das 9h às 21h, Domingos e feriados das 10h às 20h

Local: Salas de Exposição na Estação Cultura, localizadas na plataforma da Estação

Endereço Praça Marechal Floriano Peixoto, S/N

Entrada e estacionamento gratuito com entrada pela Vila Industrial – Rua Francisco Teodoro, 1050

Sair da versão mobile