‘Ecos’, de Vânia Mignone, ‘Fértil Baldio’, de Marcelo Salum e ‘As Almas de Barão’, de Rodrigo Marques, podem ser vistas no MACC

Três novas exposições entram em cartaz essa semana no Museu de Arte Contemporânea de Campinas (MACC): “Ecos”, de Vânia Mignone”; “Fértil Baldio: dança sobre a terra arrasada”, de Marcelo Salum; e “As Almas de Barão”, de Rodrigo Marques. As duas primeiras são resultado da parceria entre o MACC e o Museu de Artes Visuais da Unicamp. O vernissage, gratuito e aberto ao público, acontece nesta quarta-feira, 10 de abril, a partir das 19h.  

Obra de Vânia Mignone

Na mostra “Ecos”, de Vânia Mignone, o público poderá apreciar a obra recentemente doada ao MACC pela artista, que, assim como as demais produções, trazem o registro de seu traço forte e reflexivo. O conjunto dos seis trabalhos permite a percepção da habilidade da artista com o campo simbólico das cores. Nessas obras o sintoma da cor reforça a luminosidade vibrante de amarelos, azuis e verdes combinados aos usuais vermelhos e negros de que se utiliza com frequência, e evidenciam ânimo de renovação. Vânia trabalha numa sofisticada variação de dimensões que partem do tamanho médio da folha do caderno de desenho até a grandes telas combinadas na forma de pinturas murais. Este modo de enfrentar a dimensão tem estreita ligação com seu interesse por imagens cujas narrativas apresentam pessoas, objetos, paisagens, informações grafo visuais que estabelecem certo tipo de narrativa fílmica ou onírica a habitarem o mundo conhecido.    

Considerada uma das mais importantes artistas visuais da atualidade, Vânia Mignone, natural de Campinas,  participou da Bienal Internacional de Arte de São Paulo, em 2018, com um conjunto de pinturas.  

Instalação de Marcelo Salum com participação de alunos da Unicamp

A instalação “Fértil Baldio: dança sobre a terra arrasada”, de Marcelo Salum, contou com a participação de alunos da Unicamp na criação. Com uma produção bastante fluente em variadas linguagens artísticas, tempos e espaços, Salum elabora proposições artísticas que têm forte característica híbrida, com trabalhos de gravura, publicações de artista, até intervenções urbanas e instalações compostas por vídeo e objetos.  Sua atuação constitui-se basicamente pelo contato direto e colaboração de pessoas que aderem aos seus chamados e workshops nos quais constrói suas proposições para exposições, festivais e outras formas de participação e apresentação.   

Natural de Tambaú, Salum é graduado em Arquitetura e Urbanismo na FAU/USP, e realizou o mestrado em Artes Visuais na Faculdade Santa Marcelina. Em seu percurso destacam-se apresentações de obras em Portugal (FRAME Festival, na cidade do Porto), na Espanha (Festival de Libros Ilustrados, Barcelona), na Argentina (Festival Internacional de Videodanza, em Buenos Aires), na 29ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, além de exposições nas unidades da rede Sesc, edições da Virada Cultural, e em eventos no Memorial da América Latina, em São Paulo.  

Fotografia de Rodrigo Marques

O projeto fotográfico “As Almas de Barão”, do artista visual Rodrigo Marques, conta com uma série de 23 fotografias. A narrativa do ensaio traz como pano de fundo a Vila de Colonos, localizada na Fazenda Rio das Pedras, em Barão Geraldo. O projeto foi realizado com o apoio do Fundo de Investimentos Culturais de Campinas (FICC).  Na mostra, o artista resgata de forma poética os aspectos de sua vivência em um ambiente tão peculiar, quanto a Fazenda. Antigo seleiro de escravos e imigrantes, a Vila de Colonos revela-se um “espaço mediúnico”, segundo Rodrigo, onde o resultado do ensaio percorre pelas possibilidades de se fotografar não apenas o que se vê, mas o que se sente. “São espaços onde ao longo de séculos, pessoas deixaram sua marca, e hoje, habitados pelo vazio, deixam os enigmas preenchidos pela imaginação”, destaca.  (Carta Campinas com informações de divulgação)

Exposições “Ecos”, de Vânia Mignone, “Fértil Baldio: dança sobre a terra arrasada”, de Marcelo Salum, “As Almas de Barão”, de Rodrigo Marques

Vernissage: 10 de abril, às 19h.

Visitação: 11 de abril a 2 de junho. De terça a sábado, das 10h às 18h; quintas, das 10h às 21h.

Museu de Arte Contemporânea de Campinas (Av. Benjamin Constant, 1.633 – Centro – Campinas).

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