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Os meninos prateados dos faróis e metrô, usuários de crack e moradores de rua inspiram ‘Epidemia Prata’

Na próxima sexta-feira, 29, às 20h, será apresentado no Teatro do Sesc Campinas o espetáculo “Epidemia Prata”, com a Cia Mugunzá de Teatro – sucesso de público e crítica – com direção de Georgette Fadel que comemora 10 anos do coletivo.

(Foto: Leticia Godoy)

A montagem é inspirada nos meninos prateados que se pintam para fazerem malabares nos faróis e pedirem esmolas nos metrôs dos centros metropolitanos, e também nos usuários de crack e moradores de rua com os quais os artistas da Cia. se relacionam em sua atual residência no Teatro de Contêiner Mungunzá, localizado próximo à Cracolândia (Centro de São Paulo).

O espetáculo traz uma costura entre duas linhas narrativas: a visão pessoal dos atores sobre os personagens reais que conheceram em sua atual residência, e o mito da medusa, que transforma pessoas em estátuas. Trata-se de uma pequena gira teatral. Dura. Sólida. Nessa gira, a poesia é como um rato, deve se espremer pelos cantos para superar um céu de metal. Repleto de imagens e predominantemente performático e sinestésico, o universo PRATA, no espetáculo, assume uma infinidade de conotações que vão desconstruindo personagens estigmatizados pela sociedade e compartilhando a sensação de petrificação diante de tudo.

“Acabamos por apresentar novas vias de atuação. Novos formatos de políticas públicas. O nosso espaço se relaciona diretamente com a cidade e com os moradores do centro, seja por meio da arquitetura ou da dinâmica que criamos sem divisões hierárquicas”, explica o ator Marcos Felipe. A peça tem texto autoral e supervisão dramatúrgica de Verônica Gentilin, que está em cena ao lado de Gustavo Sarzi, Leonardo Akio, Lucas Beda, Marcos Felipe, Pedro Augusto e Virginia Iglesias.

Os ingressos variam entre R$ 5 e R$ 17 e podem ser adquiridos nas Unidades ou pelo Portal do Sesc. (Carta Campinas com informações de divulgação)

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