.Por Eduardo de Paula Barreto.
Ouço o velho andarilho
Que já fez muitas jornadas
Dizendo-me: ‘Filho
Evite aquela estrada’
E assim sigo minha sina
Levando a fé Divina
E tudo o que aprendi
Com as lições empíricas
Que tive na vida
E com as lições que ouvi.
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Quando recuso as diretrizes
De quem o saber experimenta
Corto as profundas raízes
Da árvore que me alimenta
E assim vou definhando
Encostado na árvore enquanto
Vejo cair como pingentes
As secas e mortas folhas
E percebo que por minha escolha
Nenhum de nós terá semente.
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Aprendo com os meus enganos
Mas dos enganos dos outros
Tiro lições sem o pranto
Que escorreria em meu rosto
Porque as lágrimas ofuscam
Os olhos que buscam
O sentido de tudo
E ao não ver direito
Tiro pouco proveito
Das lições deste mundo.
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