O multiartista Mauro Braga continua em temporada com o solo “Das Alturas de Mim Mesmo” em fevereiro, sempre com entrada gratuita. O espetáculo, contemplado pelo Fundo de Investimentos Culturais de Campinas (FICC), será apresentado nos dias 2, sábado, às 20h; e 3, domingo, às 19h, na Sala dos Toninhos. O circuito continua no dia 8, sexta, às 20h, no Museu da Imagem e do Som (MIS) e no dia 24, domingo, às 19h, no Centro Cultural Maria Monteiro.
“Uma brincadeira autobiográfica baseada em vivências, experiências e acontecimentos, sem abrir mão da imaginação”, diz o artista sobre o espetáculo. O acorde inicial do solo, que mistura na mesma partitura música, teatro, dança, poesia e circo, foi proposto pelo exercício da Autonomia Criativa, método desenvolvido pela diretora Lu Lopes. Para chegar ao tom de autobiografia imaginária proposto pelo solo, Mauro Braga teve de revisitar cenas de um passado artístico e pessoal. E para alinhavar as cenas da memória revisitada, o artista lançou mão de sua habilidade como músico. Para tanto, compôs duas canções para o violoncelo batizadas de Das Alturas de Mim Mesmo e A Borboleta ou O Vômito Ancestral, que são executadas ao vivo pelo artista.
Na mesma linha criativa, a herança do universo circense na vida de Mauro, que há anos deu vida ao Palhaço Azevedo, aparece em dois momentos do espetáculo. Num primeiro, a partir de um jogo com a plateia com sabor bem-humorado e, no outro, pelo uso misterioso de uma bola. “A obra brinca com o riso e o risco, elementos fundamentais ao universo do circo. Utilizando uma bola de equilíbrio faço do simples ato de caminhar um desafio e me proponho ao risco de tocar um violoncelo sobre a bola. Jogando com energias sutis do palhaço, crio pontes afetivas com um olhar sutil e acolhedor. Apresento a técnica e a virtuose sem sobrepor a presença e a relação com o outro”, conclui.
Bacharel em Música Popular pela Unicamp, o violoncelista Mauro Braga se formou sob a orientação do professor e músico Dimos Goudaroulis (Grécia/Brasil). Entre 1999 e 2009, participou da Orquestra Oficina de Cordas, sob a direção de Tibô Delor. Integrou o quarteto de cordas Carcoarco. Entre 2002 e 2012, integrou a companhia cênico-circense ParaladosanjoS, de quem até hoje é parceiro e colaborador. Em 2015, criou a Cia Oruã, que passou a ser a “casa” de seus trabalhos artísticos, com destaque para Canção do Beco, intervenção urbana convidada a participar de diversos festivais no Brasil e México (Festival Internacional de Circo e Chow/Guadalajara); Azevedo Pão e Leite, uma canção inteligente, espetáculo de palhaço musical com direção do mestre Teófanes Silveira (Palhaço Biribinha); e Trio mas non Troppo, recital cênico para crianças de todas as idades, que teve estreia no projeto Concertinhos, no Sesc Vila Mariana (SP), em 2017. Por meio do contato com o teatro e o circo, tornou-se ator e palhaço, tendo como principais mestres Adelvane Néia (Humatriz Teatro), Leris Colombaioni (Itália), Ricardo Puccetti (Lume Teatro), Esio Magalhães (Barracão Teatro), Teófanes Silveira (Palhaço Biribinha), entre outros.
Somam-se à experiência na cena a criação e a execução de trilhas sonoras e canções originais para documentários e espetáculos teatrais e de dança assinados por grupos reconhecidos da cena como Lume Teatro, Grupo Matula e Boa Companhia. (Carta Campinas com informações de divulgação)
Ficha Técnica Criação e Atuação| Mauro BragaCriação (Autonomia Criativa) e Direção | Lu LopesOrientação em Dança | Doug Style e Niel BragaOrientação Acrobática | Alex Brede Cia do CircoCenário e Figurino | Lu Lopes e Mauro BragaCenotécnico | Gabriel MayumãCriação de Luz | Érico Damineli e Lu LopesTécnico de Som e Iluminação | Érico DamineliTrilha Sonora Original | Mauro BragaTrilha Sonora | “Manaíra” e “Carinhosa” (E. Gramani) com grupo Carcoarco
“Das Alturas de Mim Mesmo”, de Mauro Braga
Onde: Sala dos Toninhos (Estação Cultura – Rua Francisco Teodoro, Vila Industrial. Campinas).
Quando: 2/2, sábado, 20h; 3/2, domingo, 19h.
Entrada gratuita.
Classificação etária: 12 anos.
Onde: Museu da Imagem e do Som de Campinas (Rua Regente Feijó, 859. Centro. Campinas).
Quando: 8/2, sexta, 20h.
Entrada gratuita.
Classificação etária: 12 anos.
Onde: Centro Cultural Maria Monteiro (Rua Dom Gilberto Pereira Lopes, s/n. Vila Padre Anchieta. Campinas).
Quando: 24/2, domingo, 19h.
Entrada gratuita.
Classificação etária: 12 anos.