Nos últimos dois anos, a cidade de Campinas registrou uma média de 150 homicídios por ano. Em 2017 foram 143 e em 2018, 157. Os números cresceram um pouco em relação 2015 (126) e 2016 (119). Mas em 2014 a cidade registrou também a marca de 157. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo.
Além do feminicídio já bastante presente todos os anos, a diferença recentemente sãos os crimes em que perturbações ligadas à religião e gênero sexual estavam envolvidas. Um deles foi a chacina na Catedral Metropolitana de Campinas, ocorrido em dezembro do ano passado, quando o atirador Euler Fernando Grandolpho invadiu o local e atirou contra os fiéis matando 5 pessoas.
Outro crime que envolveu aspectos religiosos foi o da travesti Quelly da Silva, de 35 anos, esta semana. O assassino confesso Caio Santos de Oliveira, após matar a vítima, removeu o coração, enrolou o órgão em um pano e levou para sua casa. A vítima foi encontrada com uma lesão profunda no tórax e sobre seu corpo havia a imagem de um santo.
Para Renata Carvalho, criadora da comunidade Representatividade Trans, Quelly foi morta duas vezes. “Além do assassinato brutal, ela não teve direito a um nome, um rosto. Somos desrespeitadas até na morte.
Que dor saber da naturalização de nossas mortes neste país. É um projeto de governo e sociedade nosso genocídio, mas nós somos imorríveis”, anotou em rede social.
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