O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), atacado por Bolsonaro(PSL) durante a campanha eleitoral, foi o único órgão que alertou a sociedade e as instituições sobre a possibilidade de rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais. O alerta do representante do Ibama foi feito em uma reunião recente, em 11 de dezembro de 2018, no próprio Ibama. A reunião debatia a ampliação das atividades do complexo de mineração na região.
Durante a campanha, Bolsonaro praticamente anunciou o fim do Ibama: “Não vou mais admitir o Ibama sair multando a torto e a direito por aí, bem como o ICMbio. Essa festa vai acabar”afirmou. O presidente eleito também anunciou que acabaria com o Ministério do Meio Ambiente, mas depois recuou.
O representante do Ibama na reunião, Julio Cesar Dutra Grillo, alegou que era possível que a barragem se rompesse e citou exemplos de Mariana, com a barragem de Fundão. “Casa Branca tem algumas barragens acima de sua cabeça. Muita gente aqui citou o problema de Mariana, de Fundão, e vocês têm um problema similar. Ali é o seguinte: essas barragens não oferecem risco zero. Em uma negligência qualquer de quem está à frente de um sistema de gestão de risco, aquilo rompe. Se essa barragem ficar abandonada alguns anos, não for descomissionada, ela rompe”, disse Grillo, à época, de acordo com a ata da reunião.
Segundo informações, houve discussão e representantes da comunidade local apontaram possíveis abalos hídricos com a ampliação do complexo. Mesmo assim, o projeto foi aprovado por 8 votos a 1, com uma abstenção de Júlio Grillo. (Com informações do Portal Terra)