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Bolsonaro já gera conflito com Egito, um dos maiores importadores de carne brasileira

As declarações do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), que defendeu o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, e não da Palestina, além de querer mudar a embaixada brasileira de Tel-Aviv para Jerusalém, já provocou o primeiro atrito internacional antes mesmo do governo começar.

(foto: tania rego – ag. brasil)

O governo egípcio cancelou um compromisso oficial com o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, após as declarações.

O ministro brasileiro tinha agenda na próxima quarta-feira (7), e incluiria uma série de compromissos diplomáticos entre os o dias 8 e 11 deste mês. Mas nesta segunda-feira, o governo brasileiro foi informado por autoridades egípcias que uma mudança na agenda resultaria no cancelamento do encontro.

Os países árabes representam a quinta maior parceria comercial brasileira. No ano passado, o Egito chegou a figurar como o segundo país que mais comprou carne bovina brasileira, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Em setembro do ano passado, por exemplo, o crescimento das compras egípcias em volume foi de 5,3% em comparação com o resultado de agosto.

O crescimento das exportações aos a países árabes foi um trabalho intenso de diplomático durante o governo Lula. Para se ter uma ideia, durante o segundo governo Lula as exportações para os paíes árabes cresceram 27,7% em apenas um ano (2008).

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