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‘I Mostra Elas em Cena’ terá shows inéditos e oficinas com mulheres da atual música brasileira

Em São Paulo – Lugar de mulher é onde ela quiser! E na I Mostra Elas em Cena esse lugar é o palco, a sala de aula e toda a produção do projeto. A iniciativa, com realização 100% feminina, levará ao Sesc Pompeia cinco shows inéditos com algumas das cantoras e compositoras da atual música brasileira. De 10 a 15 de outubro, se apresentarão juntas Alessandra Leão & Lena Bahule, Mbeji & Mariama Camara, Josyara & Nina Oliveira, Laeticia & Isaar; e o trio Cátia de França & Déa Trancoso & Consuelo de Paula. Além dos shows, a programação conta com cinco oficinas e rodas de conversa sobre os diferentes processos de produção artísticas de cada uma das artistas.

Protagonizadas em sua maioria por mulheres negras, as apresentações da I Mostra Elas Em Cena são diálogos criativos entre as diversas trajetórias e referências musicais de cada uma das artistas. Trajetórias e referências com raízes no sudeste e no nordeste do Brasil e também no Continente Africano, em Moçambique e na República da Guiné. Os shows da Mostra trazem trocas entre sonoridades e processos criativos de diferentes universos musicais e sociais.

Cante e dance como uma mulher – A I Mostra Elas em Cena leva também as artistas e o público para a sala de aula em oficinas e roda de conversa. Em “cadê o cantador? “, a pernambucana Alessandra Leão conduz a busca pela singularidade da interpretação do canto, a partir da música popular do Nordeste do Brasil.

Já em “Cantos e danças da Guiné”, Mariama Camara integra os movimentos da dança étnica tradicional à linguagem contemporânea dos balés guineanos, incorporando cantos e toques de ritmos que permitem a releitura de significados ancestrais.

Déa Trancoso traz a oficina “Corpo e Voz – a Lembrança de si Mesmo”, onde o participante acessa a “lembrança de si mesmo” por meio da expressão corporal e vocal.

Em “Música vocal moçambicana”, Lenna Bahule navega – de corpo e som – na música tonal influenciada pelo gospel e também na música tribal.

Fechando a programação, Cátia de França, mulher, negra e nordestina, conversa sobre sua trajetória e peleja no mundo masculino da composição musical durante o bate papo “A mulher negra na música”. As oficinas e bate papo são gratuitos e também ocorrerão no Sesc Pompeia.

Alessandra & Lena Bahule – Dia 14/10

Alessandra Leão é compositora, cantora e percussionista, nascida em Pernambuco. Foi uma das integrantes/fundadoras da banda Comadre Fulorzinha. Desde o início dos anos 2000, faz apresentações na Europa, America Latina, América do Norte. Atualmente, circula com os shows: “Língua”, com repertório baseado no seu último trabalho.

Lenna Bahule iniciou sua formação em música aos cinco anos tendo ingressado na Escola Nacional de Música (ENM) em Maputo- Moçambique, onde nasceu. Desde 2012, radicada em São Paulo, fundamentou sua pesquisa sobre a música vocal e diferentes caminhos para o uso da voz e do corpo como instrumento musical e de expressão artística.

Nesse encontro inédito, prometem um show com um repertório com músicas autorais e temas do cancioneiro popular moçambicano e brasileiro. Tendo a pianista Thais Nicodemos como convidada, as artistas abrem espaço para a improvisação como parte do processo criativo.

MARIAMA CAMARA e MBEJI – Dia 10/10

O trabalho de Mariama Camara representa a difusão da diversidade cultural africana e a imersão no conhecimento da história da Diáspora da África do Oeste. Realiza-se de forma pedagógica e performática, com o tripé dos movimentos corporais, cantos e toques de ritmos que nos permitem a releitura de significados ancestrais que são transmitidos de geração em geração nas aldeias e nos balés de Guiné.

Mbeji, do Kimbundo, língua Bantu, significa Lua, ciclo e ancestralidade feminina. É uma banda intercultural de mulheres pesquisadoras de música e dança de origem brasileira afroameríndia e afrolatina. Inspirado no Sagrado e Profano feminino e suas essências, o grupo apresenta músicas de culturas tradicionais encontradas nas religiões de matriz afro brasileiras, músicas de Encantarias e cantigas de ritos que em sua maioria são conduzidas por mulheres.

No show, tambores brasileiros e africanos se encontram para propor a troca de cultura e conexão dos ritmos mandengue e afro-brasileiros. Ariane Molina e Victória dos Santos apresentam a pesquisa de Mbeji, com cantigas de música ritual e toques sagrados, que em sua maioria são conduzidos por mulheres. Mariamma Camara (Guiné Conacri) é cantora, percussionista e professora de dança africana.

JOSYARA e NINA OLIVEIRA – Dia 11/10

Josyara é cantora, compositora, instrumentista e arranjadora natural de Juazeiro – BA. Iniciou sua carreira apresentando-se em bares da sua cidade natal, da capital baiana e em diversos festivais. Em 2012, gravou seu primeiro disco autoral, intitulado “Uni Versos”, com patrocínio da Petrobrás, com o qual ganhou o prêmio Sesc de Música – Ano II. Em 2018 prepara o lançamento do seu 2º disco com apoio do edital Natura Musical.

Nina Oliveira é cantora, compositora e multi-instrumentista de Guarulhos, São Paulo. Sua música é popular, rica em ritmo e melodia, com a mistura elementos brasileiros e poesia que enaltece a força e o papel da mulher negra. Com primeiro trabalho para ser lançado no início de 2018, a artista já é considerada um fenômeno na internet, ultrapassando 2 milhões de visualizações do seu conteúdo online.

Para o show as artistas selecionam um repertório dançante, que traz letras e abordagens sobre ser mulher, negritude e ancestralidade que são elementos presentes nos trabalhos de ambas. O repertório transita no campo da música afro-brasileira e nordestina. A percussividade é um dos pontos determinantes deste show.

LAETICIA e ISAAR – Dia 12/10

Laetícia, é uma artista autodidata, que desenvolve seu canto no palco com maestria ao misturar dança e sonoridades com um toque teatral. Lançou seu primeiro CD Avesso em 2007, indicado como melhor álbum no Prêmio da Música Brasileira. É integrante do Grupo A Barca desde 2015, com o qual realiza diversos shows e circulações pelo Brasil.

Isaar é peça importante para entender como a música pop no Recife conseguiu se apropriar da cultura popular sem perder seu lado cosmopolita. Foi integrate do grupo Cumadre Florzinha atuando ao lado de artistas como Karina Buhr, Alesandra Leão e da Orquestra Santa Massa. A cantora se prepara para lançar seu terceiro disco solo que fala da relação dela com a cidade.

Com sotaques distintos, Isaar e Laetícia trazem a sua forma peculiar de cantar. Na construção deste show, abriram as portas da musicalidade e visitaram seus universos. O repertório musical é formado por músicas que podem ser encontradas nos seus trabalhos individuais ou nos seus trabalhos nos grupos Comadre Fulozinha (Isaar) e A Barca (Laetícia); além de canções inéditas e uma parceria composta para entrar em cena pela primeira vez.

CÁTIA DE FRANÇA e DÉA TRANCOSO e CONSUELO DE PAULA – Dia 13/10

Cátia de França é cantora, compositora, instrumentista e escritora. Gravou seu primeiro disco, intitulado 20 palavras ao redor do sol, em 1979 com produção de Zé Ramalho. No auge da carreira, Cátia teve suas canções gravadas por Elba Ramalho e travou parcerias com nomes como Clementina de Jesus e Jackson do Pandeiro. Em 2015, contemplada pelo Natura Musical, gravou seu sétimo disco Hospede da Natureza.

Déa Trancoso cantora, compositora, escritora e atriz. Em 2001, fundou o selo TUM TUM TUM DISCOS, responsável por sua discografia. Em 2008, fez sua segunda turnê: Itália, França e Portugal. Em 2009, viajou por São Luis, Curitiba, Belém, Florianópolis, Joinville e Natal, pelo projeto CCBB TINERANTE cantando e ministrando sua oficina “A Lembrança de Si Mesmo”. Seu quinto álbum: Cartas do Sagrado Evangelho Feminino tem lançamento previsto para 2019.

Consuelo de Paula é cantora, compositora, poeta, diretora artística e produtora de seis próprios trabalhos. Em 2011 Consuelo lançou seu primeiro livro, A Poesia dos Descuidos (Consuelo de Paula e Lúcia Arrais Morales), premiado pela Secretaria de Cultura do Estado de SP. Interpretou a canção Lua Branca (de Chiquinha Gonzaga) em Divas do Brasil, disco de prata em Portugal, que reúne as melhores cantoras brasileiras: Elis Regina, Maria Bethânia, Céline Imbert, entre outras.

O show “Mamelucas” é um encontro musical inédito entre Cátia de França, Consuelo de Paula e Déa Trancoso. Nele as três cantoras e compositoras revelam as suas sinergias, organicidades e cumplicidades, envoltas em muitas texturas cheias de profundos diálogos e espiritualidades. (Carta Campinas com informações de divulgação)

PROGRAMAÇÃO COMPLETA

10/10: Mbeji e Mariama Camara
11/10: Nina Oliveira e Josyara
12/10: Laetícia e Isaar
13/10: Cátia de França, Déa Trancoso e Consuelo de Paula
14/10: Alessandra Leão e Lenna Bahule
Local: Espaço Cênico do Sesc Pompeia
Ingressos: R$30 (inteira); R$15 (meia); R$9 (comerciário)
Horários: quarta, quinta e sábado às 21h30
Sexta e domingo às 18h30

OFICINAS

Música Vocal Moçambicana com Lenna Bahule
A música vocal de Moçambique é extremamente rica e complexa em seu conteúdo rítmico, melódico e corporal. Neste encontro faremos uma breve vivência de alguns dos diversos elementos que compõem esta prática musical: navegaremos sobre a música tonal influenciada pelo gospel que imigrou junto com os homens e mulheres das missões europeias para o sul do continente; e também sobre a música tribal considerada de perfil modal e dotada de uma polirritmia bastante complexa e adornada. A dança e o movimento não deixam de ser parte complementar pois entende-se que corpo e som são uma unidade. Makwayela, Makway, Muthimba, Nyanga, Guitonga são alguns exemplos de estilos que são possíveis de vivenciar nesta oficina.
Dia 13 de outubro
Horário 10H ÀS 14H
Duração: 4h

Cantos e danças da Guiné com Mariama Camara
A oficina integra os movimentos da dança étnica tradicional à linguagem contemporânea dos balés guineanos, com isso a coreografia ao ser vivenciada promove a releitura dos movimentos tradicionais em contextos diferentes de sua origem, isto é, a dança nos permite acessar e compartilhar os repertórios corporais das danças de Guiné orientando os processos criativos dos participantes diante da experiência vivida.
Dia 11 de outubro
Horário 11H ÀS 13H
Duração: 2h

“A Lembrança de si Mesmo” com Déa Trancoso
Déa Trancoso, em seus 30 anos de carreira, recolheu vivências e pesquisas sobre a cultura popular e outros temas, como filosofia e espiritualidade, que fazem parte de sua produção artística e de sua jornada em busca de autoconhecimento.
Nesta oficina, a voz física e material passeia pela voz metafísica fundamental motivando uma viagem minuciosa para dentro, a partir de qualidades holísticas da música. Acessa a “lembrança de si mesmo” por meio da expressão corporal e vocal, através de exercícios, audições, jogos, brincadeiras e memórias que combinam o uso do corpo e da voz de maneira alternada e simultânea.
Dia 12 de outubro
Horário 10H ÀS 13H
Duração: 3h

Cadê o cantador? com Alessandra Leão
Canto e Interpretação a partir da música tradicional do Nordeste
O foco desta oficina é a busca pela singularidade da interpretação do canto, a partir da música popular do Nordeste do Brasil. Tendo como ponto de partida a escuta e reflexão de exemplos musicais, serão propostas diversas práticas de exercícios de respiração, alongamentos e aquecimento (corporal e vocal), percepção sonora (tímbre, volume, textura) e a relação da melodia com a palavra.
Dia 10 de outubro
Horário 10H ÀS 13H
Duração: 3h

Bate papo A mulher negra na música com Cátia de França
Mulher, negra e nordestina, e não só, Cátia de França é exemplo da força criativa e explosão poética em suas composições musicais. Seus mais de 45 anos de carreira são motivo de orgulho quando fala no fato de representar tantas minorias e de, ao mesmo tempo, ter tido a música como antídoto em tantos momentos árduos de sua vida.
Filha da primeira professora negra da Paraíba, Adélia de França Carneiro, desde sempre teve seu apoio para buscar na música e na literatura uma forma de expressão e de maturidade. Por essa força Cátia de França abriu asas e buscou o mundo, lutando contra estigmas e traçando acordes nos desacordos sociais.
O bate-papo servirá para conversar um pouco sobre como foi sua trajetória e peleja no mundo masculino da composição musical e uma fonte de diálogo entre novas gerações e novas compositoras brasileiras, com o intuito de estimular sua participação na cena musical atual.
Dia 14 de outubro
Horário 11H ÀS 12H30
Duração: 90min

Local da oficinas: Sala do 10º andar do Conjunto Esportivo
Retirada de senha a partir de 1h antes da atividade na Bilheteria.
Duração: 4 horas.
Entrada gratuita

Ficha técnica:
Produção Executiva: Aline Fernandes (Igarapé Cultura e Arte) e Pamela Gopi
(Jequitibá Cultural)
Direção Técnica (áudio): Lila Stipp
Iluminação: Miló Martins
Cenografia: Cléo Sampaio e Cristiane Lima
Ilustração: Carolina Teixeira Itzá
Designer Gráfico: Julia Salamé
Assessoria de Imprensa: Úrsula Ferro (La Aranã Comunicaciones)
Conteúdo Web: Amanda Borges
Assistente de Produção: Ana Lima

Elas em Cena
De 10 de outubro a 14 de outubro de 2018. Quarta, quinta e sábdo às 21h30, sexta e domingo, às 18h30
Vendas limitadas a 2 ingressos por pessoa.
Local: Espaço Cênico*
*A abertura do Espaço Cênico é realizada 30 minutos antes do horário do show.
Capacidade: 70 pessoas
Duração: 60 min
Ingressos: R$9 (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes), R$15 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$30 (inteira).
Venda online a partir de 31 de outubro, terça-feira, às 17h30.
Venda presencial nas unidades do Sesc SP a partir de 1º de outubro, quarta-feira, às 17h30.
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 14 anos.
Sesc Pompeia – Rua Clélia, 93.
Não temos estacionamento. Para informações sobre outras programações, acesse o portal sescsp.org.br/pompeia

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