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Será que valem a pena os programas de pontos, milhas, fidelidade ou cartão de crédito?

Programas de pontos, milhas e cartões de loja: o que vale a pena?

.Por Victor Barboza.

Você já foi há uma loja e se deparou com o vendedor oferecendo o cartão de crédito da loja ou sugerindo para você se cadastrar no programa de fidelidade?
Estabelecimentos comerciais e bandeiras de cartões de crédito estão sempre pensando em quais estratégias utilizarem para incentivar os consumidores a comprarem mais.

Foram nessas formulações de estratégias que surgiram os programas de milhagem, clubes de fidelidade e até os cartões de crédito de loja. Nesses programas, existem boas promoções e vantagens para os clientes, mas também existem verdadeiras “pegadinhas” que acabam incentivando o consumidor a gastar mais do que gostaria.

De acordo com uma pesquisa da Global Nielsen, a maioria dos membros de programas de fidelidade afirmam que o desconto é o benefício mais valorizado, em seguida da devolução do dinheiro. Mais do que isso, a grande importância em identificar o perfil do consumidor e oferecer serviços personalizados tem fundamental importância, já que o mesmo estudo mostrou que ofertas genéricas são pouco efetivas.

No Brasil, os números também mostram o peso desses programas: 76% dos brasileiros tendem a fazer compras num estabelecimento que possua um programa de fidelidade (Portal R7).

Os Programas de Fidelidade acabam sendo uma estratégia muito interessante para fidelizar seus clientes, recompensando-os e encorajando-os a repetir negócios. No meio a tantas opções, a fidelização acaba sendo um ativo muito importante para cada empresa.

Basicamente, para integrar um programa de fidelidade, o cliente faz um cadastro, informando dados básicos, como contatos e interesses de consumo, em troca, de receber em primeira mão ofertas especiais e recompensas. Os programas acabam gerenciando cada cliente de uma forma estruturada e a longo prazo, podendo assim, identificar as preferências e comportamentos de cada cliente. O tipo de recompensa é que acaba variando de programa para programa, conforme veremos a seguir:

1) Programa de Milhagem
Esse tipo de programa foi criado como uma forma de empresas de cartão de crédito, lojas e companhias aéreas compensar a fidelidade de seus clientes. Basicamente, o acumulo de milhas se dá a partir do dinheiro gasto pelo cliente. Quanto mais dinheiro gasta, mais milhas são acumuladas, podendo estas serem convertidas em passagens aéreas. Porém, os pontos não se transformam automaticamente em passagens, o cliente deve realizar um cadastro em um programa de fidelidade, que ai sim possibilita a troca.
Da mesma maneira que temos um sistema financeiro com as moedas nacionais, como dólar, euro e real, as milhas também acabam torando-se um sistema, com regras específicas para cada um dos programas de fidelidade.

2) Clube de Ofertas e prêmios
Os Programas de Milhagem foram os pioneiros nessa entrega da recompensa aos clientes mais fidelizados, sendo muito usado até hoje pelas companhias aéreas. Inspiradas nesses modelos, outras marcas resolveram fazer seus próprios programas, sendo as regras e condições variáveis entre eles. Porém, de maneira geral, a partir do momento que o cliente se cadastra no programa, ele passa a ser um cliente “especial”, tendo preços diferenciados dos clientes “normais” e ainda podendo acumular pontos e trocar por brindes e até descontos. Esse tipo de programa tornou-se muito popular nas grandes redes de supermercados e varejo.
Estes Clubes são caracterizados, na maioria dos casos, por serem gratuitos. Além disso, a maior parte deles está desenvolvendo aplicativos para celular.

3) Programa de Benefícios
Os Programas de Benefícios acabam sendo programas que fazem parcerias com diversas redes e lojas, possibilitando ao cliente juntar pontos toda vez que comprar em uma dessas empresas parceiras, e, a partir dai, trocar seus pontos por prêmios e serviços.

4) Cashback
Os programas de Cashback (do ingês “Dinheiro de Volta”) acabaram tornando-se um pouco diferentes dos programas citados anteriormente. Basicamente, em todos os anteriores, o consumidor após gastar uma quantia numa determinada loja acaba ganhando pontos e estes podem ser trocados por prêmios (viagens, serviços, produtos). No esquema do cashback, após fazer a compra, o cliente tem direito a reaver parte do dinheiro gasto.

5) Cartão de Crédito da Loja
O Cartão de Crédito está, a cada ano, sendo um os instrumentos de pagamento mais utilizados pelos consumidores. Para as lojas, aceitarem esse tipo de pagamento é importante, porém, por ser um crédito, ou seja, um dinheiro que não entrará na hora da compra, o valor pode demorar a entrar e, mais do que isso, as taxas dessa condição de pagamento são as mais altas, cobradas pelas bandeiras e máquinas de cartões. Uma solução que as redes e grandes lojas acabaram criando foi a criação do cartão de crédito da própria loja.

Esse tipo de cartão passa a valer como um cartão de crédito qualquer, porém, ao invés de ser administrado por bancos, são administrados por financeiras. Isso significa que por trás deles, existirão serviços financeiros oferecidos, como por exemplo financiamentos e empréstimos, que, consequentemente, acarretam em juros.
As lojas, para incentivarem os clientes a terem esse tipo de cartão, oferecem condições especiais aos portadores, como parcelamento em mais vezes, limites maiores e até descontos. Algumas lojas também já estão isentando a tarifa de anuidade.

Apresentados todos esses tipos de programas, percebesse que há diversas opções e formas de funcionamento. Por isso, siga as seguintes dicas para não fazer uma má escolha para o seu bolso:

– Entenda como o programa funciona. Tire suas dúvidas como os atendentes, leia os termos e condições, pois muitas vezes, serão apresentados de forma clara apenas os pontos positivos do programa, sendo “mascarados” as taxas e demais entrelinhas;

– Cuidado com cartão de crédito de loja! Assim como qualquer outro cartão de crédito, os cartões de loja são um crédito, ou seja, um dinheiro emprestado que será gasto e só depois será pago, e, se você não tomar cuidado, você acabará gastando mais do que pode, e, consequentemente, terá que arcar com juros mais altos.

– Compare e pesquise opiniões! Existem sites e plataformas que permitem comparar os diversos programas e também pesquisar sobre a satisfação e os principais problemas enfrentados pelos usuários. Antes de assinar qualquer coisa, faça esse levantamento para não cair numa cilada!

– Planejamento é tudo! Conforme vimos, os programas citados acima são estratégias para fidelização dos clientes, e, consequentemente, estarão sempre incentivando o cliente a gastar mais. Para não cair nessas “tentações”, faça bons orçamento e planejamento das suas finanças, para não comprometer a sua saúde financeira.

– Não vai usar as milhas? Venda-as! Existem sites específicos para compra e venda de milhas. Sempre vale a pena dar uma olhada no caso em que suas milhas estiverem para vencer.

Artigo publicado no blog da GFC – Gestão Financeira Criativa

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