Em São Paulo – Circulação – Residência é uma iniciativa do grupo O Buraco d’Oráculo que promove a circulação de teatro de rua, a partir de seu próprio repertório, em territórios de companhias parceiras. Juntos, os dois grupos comandam um mês de programação local.
O Grupo Rosas Periféricas é o primeiro a receber a programação da Circulação – Residência, em outubro, cuja região de atuação é o Parque São Rafael, no bairro São Mateus, que fica na zona leste paulistana. O ‘palco’ escolhido para as apresentações de ambas as companhias é a Praça Oswaldo Luis da Silveira.
A programação de outubro é formada por três espetáculos do O Buraco d’Oráculo – O Cuscuz Fedegoso (6/10), O Encantamento da Rabeca (7/10) e Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro (21/10) – e uma montagem do Rosas Periféricas – Radio Popular da Criança (2º/10).
Esta Circulação – Residência é parte do projeto Buraco 20 Anos: da (R)existência na Rua à Poesia em Cena, contemplado pela 32ª Edição do Programa de Fomento ao Teatro Para a Cidade de São Paulo.
Programação / Outubro
6 de outubro. Sábado, às 16h
Espetáculo: O Cuscuz Fedegoso
Com: O Buraco d’Oráculo
Entre os quitutes vendidos por Dona Maria está o cuscuz feito com fedegoso, um matinho cheiroso, que não faz lá muito sucesso. Um belo dia, ela oferece a iguaria a um pedinte que, para não pagar, finge passar mal.
Ficha técnica – Direção: Elizete Gomes. Texto: Edson Paulo. Elenco: Lu Coelho, Mizael Alves, Nataly Oliveira e Edson Paulo. Duração: 50 min. Classificação: 14 anos.
7 de outubro. Domingo, às 19h
Espetáculo: O Encantamento da Rabeca
Com: O Buraco d’Oráculo
O Encantamento da rabeca conta histórias de transformações vividas por mulheres brincantes – que cantam, tocam, dançam, “botam” bonecos e mascaras, com intuito de revelar o protagonismo, a fragilidade, a força e a resistência dessas mulheres em terreno originalmente masculino.
Ficha técnica – Direção: Lu Coelho. Texto: Lu Coelho com colaboração de Pablo Dantas e Cleydson Catarina. Elenco: Lu Coelho e Nataly Oliveira. Duração: 50 min. Classificação: Livre.
20 de outubro. Sábado, às 16h
Espetáculo: Rádio Popular da Criança
Com: Grupo Rosas Periféricas
Quatro palhaços apresentadores fazem provocações ao público por meio das cenas e, juntos, dialogam abertamente sobre nossa responsabilidade quanto ao lugar em que vivemos. Vidrilho, Metálicio e as repórteres Papelúcia e Plastiqueta comandam um programa recheado de diversão e conhecimento. Quadros sobre ecologia, reciclagem e consumo consciente desfilam pela programação da rádio, que inclui ainda música ao vivo, radionovela, previsão do tempo e entrevistas.
Ficha técnica – Texto: Gabriela Cerqueira. Com: Grupo Rosas Periféricas. Elenco: Gabriela Cerqueira, Michele Araujo, Paulo Reis e Rogerio Nascimento. Duração: 40 min. Classificação: Livre.
21 de outubro. Domingo, às 16h
Espetáculo: Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro!
Com: O Buraco d’Oráculo
Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro! é uma intervenção teatral que utiliza a poesia como forma dramatúrgica. Baseando nos princípios da “cenopoesia”, em que imagens, gestos, canções e palavras se misturam para completar um todo. O Buraco d’Oráculo leva à cena um recorte de poemas por meio de cenas fragmentadas que transitam entre o cômico e o dramático com leveza poética, mas também de forma contundente, tocando em temas do nosso cotidiano e de nossa sociedade.
Ficha técnica – Texto: Ray Lima. Direção: Elizete Gomes. Elenco: Luiza Galavotti, Lu Coelho, Mizael Alves, Nataly Oliveira e Edson Paulo. Duração: 50 min. Classificação: 14 anos.
Teatro de rua: Circulação – Residência
6 e 7 de outubro. Sábado (16h) e domingo (18h)20 e 21 de outubro. Sábado e domingo (16h)
Local: Praça Oswaldo Luis da Silveira
Parque São Rafael – São Mateus. SP/SP
Informações: (11) 98152-4483
Grátis. Livre.
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O Buraco d’Oráculo – O grupo nasceu, em 1998, resultado do trabalho do Núcleo de Teatro de Rua, da Oficina Cultural Amacio Mazzaropi, que, hoje, se encontra com as portas fechadas, deixando uma lacuna nas ações de fomento à cultura por parte do poder público. O trabalho do grupo é calcado em três pontos estético/políticos: a rua, local fundamental para promover o encontro direto com o publico; a cultura popular, fonte inspiradora; e o cômico, destacando-se a farsa e as relações com o denominado “realismo grotesco”. O Buraco d’Oráculo optou pelo popular e pela rua como determinação e alvo de crítica. Com seus trabalhos o grupo encontrou um público diferente daquele que frequenta as tradicionais salas de espetáculos, e começou a desenvolver projetos de forma descentralizada, buscando democratizar o acesso ao fazer teatral, e promover uma reflexão sobre o mesmo. Por isso, desde 2002, atua na zona leste da cidade de São Paulo, sobretudo na região de São Miguel Paulista, sendo a Praça do Casarão seu principal ponto de atuação, desde 2004. O Buraco d’Oráculo já produziu 11 espetáculos que são protagonizados por pessoas comuns e que estão à margem da sociedade. Dessa forma busca discutir o homem urbano e seus problemas.
Grupo Rosas Periféricas – Rosas Periféricas é um grupo de teatro de artistas e educadores que desenvolve suas pesquisas em São Paulo, desde 2008, investigando linguagens cênicas em processos de criação coletiva. Sua sede é no Parque São Rafael e os temas trabalhados em seus espetáculos vêm da realidade das periferias: Vênus de Aluguel (2009), A Mais Forte (2010), Fêmea (ato performativo, 2012), Rádio Popular da Criança (2013), este sendo seu primeiro espetáculo infantil, que foi apresentado, inclusive em 10 estações de trem com apoio do ProAC-ICMS Em 2014, realizou o cortejo Narrativas Submersas – primeira parte da trilogia Parque São Rafael, projeto fomentado pelo Programa VAI da Prefeitura de São Paulo, que teve seu segundo capítulo realizado no ano seguinte: Lembranças do Quase Agora. Em 2016, pelo ProAC Primeiras Obras, apresentou Narrativas Submersas no bairro e em Mogi das Cruzes e Rubineia. A trilogia se completou com Labirinto Selvático (Programa VAI II), apresentado em unidades do Sesc,na I Mostra da Casa (Casa de Cultura de São Rafael, apoio do ProAC e organização do Rosas Periféricas). O grupo participou da Ocupação Decolonialidade: Poéticas da Resistência, no Teatro de Arena Eugênio Kusnet.
(Carta Campinas com informações de divulgação)