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Ex-governador do Paraná que promoveu o massacre dos professores em 2015 é preso pela Polícia Federal

Em mais uma ação da Lava Jato, a Polícia Federal deflagrou hoje (11) a Operação Piloto na Bahia, em São Paulo e no Paraná.

O objetivo é investigar o envolvimento de funcionários públicos e empresários com a empreiteira Odebrecht no favorecimento de licitação para obras na rodovia estadual PR-323.

Cerca de 180 policiais federais cumprem 36 ordens judiciais de busca e apreensão, de prisão preventiva e também prisão temporária em Salvador, São Paulo, Lupianópolis, Colombo e Curitiba – estas três últimas cidades no Paraná. Eles apuram denúncias de corrupção ativa e passiva, fraude à licitação e lavagem de dinheiro. Um dos alvos da operação é o ex-governador do Paraná e candidato ao Senado Beto Richa (PSDB).

Beto Richa foi o governador responsável pelo evento conhecido como o “Massacres dos Professores”, que aconteceu no dia 29 de abril de 2015, há 3 anos. Nessa data, o Centro Cívico de Curitiba fervilhava. Mais de 50 mil servidores públicos estaduais, a maioria professores, lutavam contra o confisco da poupança previdenciária pelo governador Beto Richa (PSDB).

O governador tucano autorizou o uso de força policial em uma operação de guerra que deixou 200 professores feridos durante protesto em Curitiba. Cerca de 1.600 soldados da Polícia Militar do Estado dispararam 2.323 balas de borracha e 1.413 bombas de efeito moral contra professores e servidores públicos do Paraná.

Richa não sofreu qualquer punição pelo massacre dos professores, mas por envovimento em corrupção. As irregularidades teriam ocorrido em 2014 e envolvem o chamado Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht para beneficiar agentes públicos e privados no Paraná.

Em contrapartida, a construtora seria favorecida no processo de licitação para duplicação, manutenção e operação da rodovia estadual PR-323 na modalidade parceria público-privada.

O nome de Operação Piloto remete ao codinome atribuído pelo Grupo Odebrecht em seus controles de repasses de pagamentos indevidos a investigados nesta ação policial. Os detidos serão conduzidos à Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerão à disposição da Justiça.

Operação da Gaeco

Em outra operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), também deflagrada na manhã de hoje, os policiais cumpriram mandados de prisão em uma investigação sobre o programa Patrulha Rural. Entre os presos está Beto Richa e a mulher Fernanda. (Agência Brasil/ Carta Campinas)

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