A mostra conta com peças exclusivas, assinadas pelo artista plástico Miguel Angelo, que retrata de forma lúdica, inspiradora, criativa, por meio de suas obras, adereços e imagens, referências na religiosidade das nações africanas, todo seu vasto, exótico e rico fundamento.
Segundo o artista, as religiões de matriz africana foram incorporadas à cultura brasileira há muito, quando os primeiros escravizados desembarcaram no Brasil e encontraram em sua fé e religiosidade uma forma de preservar suas tradições, seus idiomas nativos, conhecimentos e valores trazidos da grande “mãe” África. “Assim, tais religiões – apesar de sua influência e importância na construção de nossa cultura nacional – também foram muito perseguidas e em determinados momentos da história, até proibidas. Já em nossa atualidade, os ataques mais expressivos às religiões de matriz africana vêm das chamadas religiões ‘neopentecostais’, que comumente as rotulam de ‘culto aos demônios’, ‘crendices’ e ‘feitiçarias’. Isso tudo, gera uma ignorância com relação a essas culturas e cria um ambiente de hostilidade, proporcionando sofrimento aos praticantes e a todos aqueles que fazem parte da população negra, que têm o seu direito de pertença e identidade racial muitas vezes negado em função do racismo (muitas vezes “maquiado”)”, diz.
Na visão de Miguel Angelo, a mostra indica que a criatividade pode ser plena; que o domínio de diversas técnicas pode transformar elementos simples em grandes obras, tendo o Candomblé / Umbanda como principais fontes de inspiração. (Carta Campinas com informações de divulgação)
Exposição: Orixás – Sincretismo do Nosso Brasil
Artista: Miguel Angelo
Local: Estação Cultura, Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo – Rua Mauá, 51 – Térreo – Luz – São Paulo – SP
Data: 30 de julho 2018 a 31 de agosto 2018