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5ª Mostra Latino-americana de Dança Contemporânea terá 20 espetáculos e intervenções

Entre Tu y Yo, Tecer Espacio

Em São Paulo – Dança à Deriva – Mostra Latino-americana de Dança Contemporânea – chega a São Paulo em sua 5ª edição trazendo, entre 23 e 31 de julho, 13 companhias e coletivos independentes do Brasil, Colômbia, Chile, Paraguai e México, somando aproximadamente 80 artistas em ações acolhidas por dois espaços culturais: Centro de Referência da Dança de São Paulo e Oficina Cultural Oswald de Andrade.

A programação, pensada e estruturada com o intuito de contemplar obras autorais em diferentes formatos cênicos, traz, além de 20 espetáculos e intervenções artísticas, laboratórios de criação, vídeoarte, ‘conversatórios’ e ainda o 6º Fórum Dança e Sustentabilidade.

Segundo Solange Borelli, articuladora cultural, também idealizadora e coordenadora da Mostra, “Dança à Deriva vem se configurando como um dos festivais mais inovadores na cena cultural paulistana e latino-americana, por primar pela captura das potencialidades de cada local, criando possibilidades de imersão coletiva e partilha de experiências dramatúrgicas e de modos de ser e fazer dança neste continente tão diverso e adverso”. Para ela, é urgente e necessária a aproximação de artistas de países vizinhos para “implodirmos as fronteiras dessa nossa latinidade e estabelecermos cumplicidades e vínculos políticos, éticos e poéticos”, complementa.

Além da abertura, no dia 23 de julho, às 19h30, com a apresentação de “Mulher sem Fim”, criação solo de Andréia Nhur & Katharsis Teatro, que transita entre teatro, dança, música e performance, para mostrar um corpo trespassado continuamente por ecos de mulheres marcantes, acontecem no CRDSP, até o dia 26, outros seis espetáculos – dois brasileiros: a intervenção urbana “Solos de Rua”, do …Avoa Núcleo Artístico (São Paulo), inspirada no texto manifesto ‘As Embalagens’, de Tadeusz Kantor, na Praça Ramos de Azevedo (dia 24, às 17h), e “Satisfação do Cliente” (25/7, 19h), com o Quarta Parede Processos Contemporâneos (Caxias do Sul), duo que olha para a expectativa do público ao assistir um espetáculo; três da Colômbia: “Com La Boca Bien Abierta”, da Andante Danza Contemporánea (Bogotá), trabalho que reflete sobre a violência consentida (24/7, 20h), “Indicios Despierta”, da InCorpo Compañia (Ibagué), que fala das pistas e sinais que marcam o corpo em suas experiências (dia 25/7, 20h), e “Sardónico” (26/7, 19h), do Terser Cuerpo (Bogotá), que se ancora no riso para encontrar um estado corporal; e um do Chile: “Cumulonimbus”, da Plataforma Mono (26, às 20h), que explora coreograficamente a relação entre ordem e caos.

Mulher sem fim, Andreia Nhur

A continuidade dos espetáculos, na Oficina Cultural Oswald de Andrade, reservando três apresentações por dia, sempre às 18h, 19h e 20h, se dá a partir de sexta, 27/7, com “Entre Tu y Yo”, da Tercer Espacio Colectivo Artistico, de Assunción, Paraguai, que fala do tempo e das memórias que guardamos; “Sílfide Transmutada”, trabalho que discute gênero e a aceitação da construção da identidade através da sexualidade, da InCorpo Danza Contemporánea, coletivo de Ibagué, Colômbia; e “Transferência”, da também colombiana Andante Danza Contemporánea, que mostra as consequências da dinâmica cotidiana individualista e consumista.

O sábado, 28, começa com “Andar_Ilha”, solo da paulistana Luciana Bortoletto, diretora do …Avoa Núcleo Artístico, que conta com a colaboração artística de Doroty Lenner (MG) e Erika Moura (SP); em seguida, a Tercer Cuerpo (Bogotá-CO), dança “Matéria Prima”, que aborda o processo de produção e reprodução em massa gerado pela industrialização e urbanização; e Marcos Abranches, de São Paulo, apresenta “Corpo sobre Tela”, solo inspirado na vida e obra do pintor irlandês Francis Bacon.

Com “Chulos”, peça que encontra inspiração nas Folias de Reis para revelar fragilidades sociais escondidas sob o esplendor das festas populares brasileiras, a Dual Cena Contemporânea, também de São Paulo, faz a única apresentação de domingo (29), às 15h, na Área de Convivência, durante o intervalo do 6º Fórum Dança e Sustentabilidade, que traz o tema ‘Modos de Produção em Dança: subsistência e resistência’.

Na segunda (30), às 18h, tem lugar a Mostra de Resultados Cênicos dos trabalhos desenvolvidos pelos participantes dos Laboratórios de Criação, que acontecem em sete dias durante o Dança à Deriva. Na sequência, o coletivo InCorpo Danza Contemporánea, retorna com outra obra,”Fragmento de dos cuerpos”, sobre a dor e a melancolia sofridas pelas vítimas do conflito armado na Colômbia; e o coletivo enNingúnlugar (México/Colômbia) experencia situações concretas que levam à improvisação e ao estabelecimento de conflitos a serem resolvidos, em “Las Ultimas Cosas”.

Corpo sobre tela, Marcos Abranches

Finalmente, no dia 31, terça, depois de mais uma Mostra de Resultados Cênicos dos Laboratórios, ocupa o palco “Accidental Acidental”, trabalho concebido por Pita Torres (Valparaiso/Chile), para quatro intérpretes-criadores que conectam as intensidades de seus corpos para restaurar e reconciliar outro corpo. A Mostra Latino-americana de Dança Contemporânea se encerra com “A Balada da Virgem – Em Nome De Deus”, solo baseado na saga de Joana D’Arc, religiosa condenada à fogueira por heresia e depois celebrada como Santa e padroeira da França, que traz Sandro Borelli de volta aos palcos, depois de quase 10 anos dedicados somente à direção da Cia Carne Agonizante, que celebra 20 anos em 2018.

Outras ações

Para além da intenção de dar visibilidade aos trabalhos cênicos de companhias brasileiras e latino-americanas, o Dança à Deriva tem um caráter de imersão, com a participação integral de todos nas atividades, de forma a incentivar processos colaborativos de criação e espaços de compartilhamento, favorecendo a circulação e a troca de experiências em ações interativas, colaborativas e reflexivas.

Durante a Mostra, serão realizados sete ‘Laboratórios Criativos’ desenvolvidos pelos diretores das Companhias participantes, todos pensados de forma a estabelecer uma investigação mais profunda do corpo e oferecer estímulos criativos que propiciem aumentar o repertório de movimentos e o amadurecimento das habilidades do criador cênico.

Outra atividade que vai na direção de estabelecer relações de troca de percepções técnicas e estéticas, é o ‘Conversatório’, um encontro que acontece todos os dias reunindo artistas e público para uma apreciação das obras apresentadas na noite anterior.

Andar ilha, Luciana Bortoletto

O destaque das atividades paralelas fica por conta do ‘6º Fórum Dança e Sustentabilidade’ no domingo (29), que traz o tema ‘Modos de Produção em Dança: subsistência e resistência’, para alavancar a discussão. Entre as 10h30 e 18h do domingo (29), diretores e integrantes de cada companhia colocam em pauta as políticas públicas de seus países e a forma como interagem em seus contextos, para reflexão sobre os modos de ser, acreditar e produzir a dança na América Latina.

A 5ª edição do Dança à Deriva é uma realização da Radar Cultural Gestão e Projetos e conta como apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Cultura e Prefeitura de São Paulo, numa co-realização Poiesis, Oficina Cultural Oswald de Andrade, Associação Cultural Corpo Rastreado e Centro de Referência da Dança, além das parcerias com o Kasulo – Espaço de Cultura e Arte e Espaço Viver.

Todas as atividades são gratuitas.

Abaixo a programação completa, também disponível no site e na página do evento.

Dança à Deriva – 5ª Mostra Latino-Americana de Dança Contemporânea
De 23 a 31 de julho
Centro de Referência da Dança
(Baixos do Viaduto do Chá, s/n – ao lado do Theatro Municipal – prox. Estações Anhangabaú, São Bento e República do Metro – tel: 11 Tel: 32143249 | 953013769)

23/7 (2ª feira), 19h – Abertura, com ‘Mulher se Fim”, de Andréia Nhur & Katharsis Teatro (BR).

24/7 (3ª feira), 17h – “Solos de Rua”, com …Avoa Núcleo Artístico (BR); 20h – “Con La boca bien abierta”, com Andante Danza Contemporánea (CO).

25/7 (4ª feira), 19h – “Satisfação do Cliente”, com Quarta Parede Processos Contemporâneos (BR); 20h – “Indícios Despierta”, com InCorpo Compañia (CO).

26/7 (5ª feira), 19h – “Sardónico”, com Terser Cuerpo (CO); 20h – “Cumulunimbus”, com Plataforma Mono (CH).

Oficina Cultural Oswald de Andrade

(Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro, São Paulo – próx. Estação Tiradentes do Metro – Tel: (11) 3222-2662)

27/7 (6ª feira), 18h – “Entre Tu y Yo”, com Tercer Espacio Colectivo Artistico (PA); 19h – “Sílfide Transmutada”, com InCorpo Danza Contemporánea (CO); 20h – “Transferencia” – Andante Danza Contemporánea (CO).

28/7 (sábado), 18h – “Andar_Ilha”, …Avoa Núcleo Artístico(BR); 19h – “Matéria Prima”, com Terser Cuerpo (CO); 20h – “Corpo sobre Tela” – Marcos Abranches & Cia (BR).

29/7 (domingo), 15h – “Chulos”, com Dual Cena Contemporânea (BR)

30/7 (2ª feira), 18h – “Mostra Resultados Cênicos Laboratórios”; 19h – “Fragmento de Dos Cuerpos”, com InCorpo Danza Contemporánea (CO); 20h – “Las últimas cosas” – enNingunlugar (MX-CO).

31/7 (3ª feira), 18h – “Mostra Resultados Cênicos Laboratórios”; 19h – “Accidental”, de Pita Torres (CH); 20h – “A Balada da Virgem – em nome de Deus” – Cia Carne Agonizante (BR).

*Para todos os espetáculos nos dois espaços:
Lotação: 60 lugares
Classificação indicativa: livre
Grátis – retirar ingresso com uma hora de antecedência

PROGRAMAÇÃO

Espetáculos

Centro de Referência da Dança

23/7 (segunda), 19h30
Abertura

Mulher sem Fim – Andréia Nhur & Katharsis Teatro (Sorocaba, São Paulo)

Mulher sem fim transita entre teatro, dança, música e performance. No solo, o gênero-mulher é apresentado a partir de um corpo constantemente trespassado por ecos de mulheres presentes nas memórias da cultura, que vão desde Madame Bovary, Lady Macbeth, Carmen Miranda até Dadá, a cangaceira.

Texto, criação e performance: Andréia Nhur | Colaboradores: Janice Vieira, Paola Bertolini e Roberto Gill Camargo | Iluminação: Roberto Gill Camargo | Produção, Fotos e Operação de luz: Paola Bertolini

Duração: 50 minutos | Classificação indicativa: Livre

24/7 (terça)
17h

Solos de Rua – …Avoa Núcleo Artístico (São Paulo/SP)

O trabalho inspira-se no texto manifesto “As Embalagens”, de Tadeusz Kantor. Trata-se de um jogo coreográfico no qual os bailarinos e a lona se afetam mutuamente em espaços públicos de grande circulação, misturando-se à paisagem local. Não é possível saber ao certo o que emerge de dentro da multidão.

Concepção: …AVOA! Núcleo Artístico | Direção: Luciana Bortoletto | Intérpretes-criadores: Edi Cardoso, Izabel Martinelli, Mônica Caldeira e Rodrigo Rodrigues | Provocadores convidados: Érika Moura, Fabrice Ramalingom, Luis Louis, Rogério Tarifa, Robson Lourenço e Valéria Cano Bravi | Figurinos: …AVOA! Núcleo Artístico e Telumi Hellen | Músicos convidados: Daniel Arruda Van Ham e Santhiago Nery (Percussão e sonoplastia), Fernando Ruggiero (Trompete), João Batista Brito Cruz (Sax tenor), Luciana Bortoletto (direção musical, sonoplastia e sanfona de oito baixos) | Fotografia: Silvia Machado.

Duração: 45 minutos | Classificação indicativa: Livre

20h

Com La Boca Bien Abierta – Andante Danza Conteporánea (Bogotá/Colômbia)

O trabalho baseia-se nas reflexões sobre a violência que faz parte da nossa história passada, presente e muito seguramente futura; a violência que consentimos e aceitamos inconscientemente, culturalmente; a violência que parece natural, enraizada nos corpos e que se justifica, a violência de nosso silêncio.

Direção geral: Andrea Carolina Rodríguez | Assistente de direção: Fredy Orlando Bernal | Intérpretes: Diana Tovar González, Ximena Cuervo Vela, Andrea Carolina Rodríguez | Música original: Beto Ojeda | Video: Jhon Salazar | Luz e Som: Marcela Mora | Figurino: Andrea Carolina Rodríguez | Produção e Cenografia: Andante danza contemporánea | Fotografia: Ankasi Camilo Salazar

Duração: 35 minutos | Classificação indicativa: Livre

25/7 (quarta)
19h

Satisfação do Cliente – Quarta Parede Processos Contemporâneos (Caxias do Sul – RS)

Espero que tenha público. Espero que me surpreenda. Espero que ninguém me explique. Espero que tenha dança. Espero que não seja chato. Não tenho expectativa. Eu espero que tenha peitos. Espero acrobacias. Eu espero que seja bom. Espero que tenha nu frontal. Eu espero que me ensine algo. Espero que tenha unicórnios. Eu espero que não chova. Espero que cantem e dancem. Eu só vim porque me convidaram. Espero por aplausos. Eu espero acabar para aplaudir? Eu espero que minha mãe prepare frango para o jantar hoje. Espero…

Direção cênica: Gislaine Sachet | Concepção: Gislaine Sachet, Ander Belotto e Paula Giusto | Intérpretes-criadores: Ander Belotto e Paula Giusto | Trilha musical: Gutto Basso | Luz: Matheus Brusa.

Duração: 40 minutos | Classificação indicativa: Acima de 16 anos (*cenas de nudez)

20h

Indicios Despierta – InCorpo Compañia (Ibagué – Colômbia)

Entre confrontos, vícios, alter-egos, memórias, perseguições, amores e desgostos, sinais se tornam silêncio, numa caminhada de eventos, momentos e pistas que às vezes nos deixa o corpo. Quantos corpos temos? Indicações removem memórias que uma vez salvamos; outras vezes, silêncios que tanto nos perseguiram e certamente contemplamos.

Direção: Jhonny Caicedo | Intérpretes: Laura Aramendiz, Romney Gonzalez, Alexandra Mora Montes, Jhonny Caicedo, Rider Gutiérrez, Carolina Penagos e Lina María Montoya | Apoio técnico: Felipe Becerra

Duração: 60 Minutos | Classificação indicativa: Livre

26/7 (quinta)

19h

Sardónico – Terser Cuerpo (Bogotá/Colômbia)

Uma tentativa convulsiva de recuperar uma voz interna e distorcer certas fachadas que projetam uma imagem diferente da nossa. “Sardónico” explora o riso como principal ferramenta para encontrar um estado corporal, no qual dois princípios antagônicos coexistem; um interno, autoconsciente, e o outro externo, dominante.

Direção e Interpretação: David Suárez | Música original: Pablo Guchuvo | Faixas usadas: Far L’Amore/Bob Sinclar y Raffaella Carra, Lesson of Patience/Chet Faker | Desenho de luz e Figurino: Terser Cuerpo.

Duração: 25 minutos | Classificação indicativa: Livre

20h

Cumulonimbus – Plataforma Mono (Chile)

Cumulonimbus são nuvens de grande desenvolvimento vertical, que produzem chuvas intensas e tempestades elétricas. Podem ser formados isoladamente, em grupos ou ao longo de uma frente fria. O trabalho explora a relação entre Ordem e Caos, e como esses dois estados nos dão sentimentos de vitalidade, criatividade, liberdade, ansiedade, estresse, claustrofobia ou estranhamento.

Direção criativa: Thomas Bentin | Intérpretes: José Urrea, Daniella Santibañez, Javiera González, Javier Muñoz, Ninoska Soto, Jorge Olivera, Daniela Yáñez, Adrián Otárola e Benjamin Marchant | Direção sonora: Santiago Farah | Colaboração técnica: Catalina Rojo | Figurinos: Jose Urrea Silva

Duração: 55 minutos | Classificação indicativa: Livre

Oficina Cultural Oswald de Andrade

27/7 (sexta)
18h

Entre Tu y Yo – Tercer Espacio Colectivo Artistico (Asunción, Paraguay)

A peça tem ignição em situações cotidianas, levantando costumes e particularidades de uma relação de intimidade, levando em conta as necessidades de cada um e resgatando o valor de um – em e com – o outro.

Ideia, intérpretes e criadores: Laura Cuevas e José María Villanueva | Trilha: Ismael Ledesma, Quemil Yambay, Ainda Dúo, Nestorló e Los Caminantes | Colaboração criativa: Wal Mayans | Assistência coreográfica: Gloria M. Morel.

Duração: 30 minutos | Classificação indicativa: Livre

19h

Sílfide Transmutada – InCorpo Compañia (Ibagué/Colômbia)

A homossexualidade, o corpo feminino, androginia e a ruptura com a convencionalidade patriarcal. A transmutação. A linha tênue entre feminino e masculino. Reconstrução de outro corpo. Um corpo sem sinal. Um corpo real. Um corpo que toma a forma de água. Um corpo para a vida e mobilidade, não para regra e ordem.

Direção geral: Jhonny Alexander Caicedo | Direção artística: Alexandra Mora montes | Intérpretes: Laura Aramendiz, Romney Gonzales, Alexandra Mora Montes | Apoio técnico: Felipe Becerra.

Duração: 35 minutos | Classificação indicativa: Livre

20h

Transferência – Andante Danza Contemporánea (Bogotá/Colômbia)

A peça apresenta uma cidade que administra uma dinâmica individualista e consumista em seu cotidiano, destruindo espaços para o livre desenvolvimento do ser humano, gerando seres isolados, estressados pelo dinheiro, violentos, egoístas, esgotados pelo tempo, intolerantes e sem consciência de um para o outro.

Direção Geral: Andrea Carolina Rodrigues | Intérpretes-criadores: Diana Tovar, Fredy Bernal, Andrea Carolina Rodríguez | Música original: Beto Ojeda | Video cenográfico: Soraya Vargas e Dixon Quintian | Luz e Som: Marcela Mora | Masterização: Kike Martínez | Registro fotográfico: Brayan Castillo, Nicolás Maldonado e Damián Salamanca | Registro Audiovisual: Andrés Rodríguez | Produção, Cenografia e Figurino: Andante Danza Contemporánea

Duração: 60 minutos | Classificação indicativa: Livre

28/7 (sábado)
18h

Andar_Ilha Avoa! Núcleo Artístico (São Paulo – Brasil)

O coração viajante não se enraíza, antes quer ser braseira ambulante Matsuo Bashô. Um corpo no mundo tateia, com os pés, o caminho das pedras. Vive o intervalo entre suspensão e queda, o equilíbrio precário. Uma mulher oferta o seu próprio caminhar a um ritual: uma dança. Desvela trajetórias de vida inscritas no corpo, na arquitetura óssea, na cidade. É uma ilha, espaço lírico, rodeada de História por todos os lados.

Concepção, criação, interpretação: Luciana Bortoletto | Colaboração artística: Dorothy Lenner (MG) e Erika Moura (SP) | Edição de trilha sonora e acordeon: Luciana Bortoletto | Desenho de luz: Jean Marcel | Contrarregra: Monica Caldeira | Apoio: Aqui, Ali Salas de Dança (Palacete Tereza Toledo Lara) | Realização e Produção: …AVOA! Núcleo Artístico.

Duração: 40 minutos | Classificação indicativa: LIvre

19h

Matéria Prima – Terser Cuerpo (Bogotá – Colômbia)

A peça aborda, através do exercício cênico, o fenômeno da produção e reprodução em massa gerado pelos processos de industrialização e urbanização, que vêm da segunda metade do século XIX. Neste caso, o corpo é a matéria-prima para a produção indefinida de um modelo humano caracterizado pela alienação de seu ser.

Direção: Coletiva | Intérpretes-criadores: David Suaréz, Yury Varela, Daniela Cantillo, Sebastian Zarate, Vanesa Garcia e Laura Silva | Música original: Pablo Guchuvo | Desenho de luz: Terser Cuerpo | Figurino: Terser Cuerpo.

Duração: 40 minutos; Classificação indicativa: Livre

20h

Corpo Sobre Tela – Marcos Abranches Companhia de Dança (São Paulo – Brasil)

Inspirado na vida e obra do pintor irlandês Francis Bacon, “Corpo sobre Tela” é um solo criado pelo bailarino Marcos Abranches, em parceria com Rogério Ortiz, que assina a direção artística. “Sou livre para o silêncio das formas, das cores na riqueza de pintar uma obra… Podemos colorir a maneira de pensar e ser mais felizes, pois somos a própria arte. Nossa sociedade trata o deficiente como um coitado. Se eu fosse me basear nesse pensamento, não colocaria meus pés para fora de casa. No meu espaço, não há sofrimento.”

Direção geral e artística: Marcos Abranches e Rogério Ortiz | Assistente de direção: Jefferson Duarte | Intérprete-criador: Marcos Abranches | Trilha: Marcos Abranches e Pedro Simples | Iluminação e cenário: Rogério Ortiz | Fotografia: Rogério Ortiz e Gal Oppido; Direção de produção: Solange Borelli – Radar Cultural Gestão e Projetos.

Duração: 35 minutos; Classificação indicativa: 14 anos

29/7 (domingo)

das 10h às 14h / das 15h às 18h

6º Fórum ‘Dança & Sustentabilidade’

Fórum de discussão entre artistas e articuladores culturais dos países envolvidos na Mostra, que se propõem a aprofundar questões fundamentais da cadeia produtiva da dança, sobretudo no que se refere aos seus modos de atuação e configuração na cena cultural, e, consequentemente, sua sobrevivência. Neste encontro, diretores e intérpretes de cada companhia colocam em pauta as políticas que regem seu fazer artístico, as políticas públicas de seus países e a forma como interagem com esses contextos adversos.

Mediação: Solange Borelli.

Público Alvo: Artistas da Cena, Pesquisadores, Programadores, Curadores e demais interessados na dinâmica cultural da América Latina

15h

Chulos – Dual Cena Contemporânea (São Paulo – Brasil)

Três Reis Magos peregrinam pelo mundo e profetizam o nascimento de um novo rei. Em meio à indiferença e a desesperança, testemunham o inusitado: o nascimento de palhaços que celebram e protegem o nascimento do novo que renova o mundo. “Chulos” encontra inspiração nas Folias de Reis para revelar fragilidades sociais escondidas sob o esplendor das festas populares brasileiras.

Concepção e Direção: Ivan Bernardelli | Elenco: Diogo de Carvalho, Flávia Teixeira, Hélio Feitosa, Ivan Bernardelli, Kleber Cândido, Mônica Augusto | Orientação dramatúrgica: Luís Alberto do Abreu | Assistência de direção: Mônica Augusto | Direção e preparação musical: Lincoln Antonio | Figurino e Adereços: Marichilene Artisevskis | Máscaras: Raone Ligeirinho VR | Fotografia: Alícia Peres e Natália Pilati | Registro em vídeo: Bela Baderna | Produção: Solange Borelli – Radar Cultural

Duração: 60 minutos | Classificação indicativa: livre

30/7 (segunda)
18h

Mostra de Resultados Cênicos

Apresentação dos trabalhos desenvolvidos durante a Mostra, pelos participantes dos Laboratórios De Criação, sob a direção dos artistas que coordenaram as ações.

19h

Fragmento de Dos Cuerpos – InCorpo Danza Contemporânea (Ibagué – CO)

“Fragmento de dos cuerpos” fala da dor e a melancolia sofridas pelas vítimas do conflito armado na Colômbia. Por meio de uma linguagem poética, o solo procura encontrar as expressões mais sinceras do desespero e do barulho, cruzando sensações entre um corpo físico e um corpo interno que violou seus direitos sociais e humanos. 1

Criação, Direção e Interpretação: Jhonny Alexander Caicedo | Direção cênica e Manejo técnico: Alexandra Mora Montes

Duração: 30 minutos; Classificação indicativa: livre

20h

Las Ultimas Cosas – enNingúnlugar (México/Colômbia)

A obra investiga as necessidades predominantes, incoerentes e caprichosas, que o ser humano apresenta diante da ideia do fim de sua consciência. O público está próximo das ações, desenvolvidas a partir de situações concretas que levam à improvisação e ao estabelecimento de conflitos a serem resolvidos coletiva ou individualmente, a partir dos objetivos que cada intérprete levanta.

Direção Geral: Luis Rubio | Criação e Interpretação: Humberto Vega, Luis Rubio, Eliana Jiménez e Sofía Quiroz.

Duração: 80 minutos; Classificação indicativa: livre

31/7 (terça)

18h

Mostra de Resultados Cênicos

Apresentação dos trabalhos desenvolvidos durante a Mostra, pelos participantes dos Laboratórios De Criação, sob a direção dos artistas que coordenaram as ações.

19h

Accidental Acidental – Pita Torres (Valparaiso/Chile)

O gatilho para a criação de “Accidental Acidental” é uma situação real não estabelecida ou planejada que permaneceu no arquivo de memória. Os corpos produzem um encontro para restaurar e reconciliar outro corpo. Conectam suas intensidades para estar com o outro, se tornarem essenciais, e gerar uma estrutura firme onde não há possibilidade de abandono; Se nos distanciamos, há um corpo que morre.

Ideia e direção: Pita Torres | Intérpretes-criadores: Vanesa Torres, Jairo Urtubia, Felipe Allende, Claudio Diaz | Desenho sonoro e Iluminação: Marco Zambrano | Registro fotográfico: Eduardo Inojosa | Realização artística e Produção: Pita Torres

Duração: 40 minutos | Classificação inducativa: Livre https://www.youtube.com/watch?v=Vr6IZybY5cE&t=22s

20h

‘A Balada da Virgem – Em nome de Deus’ – Cia Carne Agonizante (São Paulo – Brasil) – Espetáculo de Encerramento

“A Balada da Virgem – Em nome de Deus” se apóia na potente energia simbólica que representa Joana D’Arc – religiosa condenada à fogueira por heresia e depois celebrada como Santa e padroeira da França -, para falar de loucura, transgressão e opressão. O solo que traz noções de tempo e espaço alteradas, onde o real e o não real se confundem, serviu de ignição para Sandro Borelli se auto desafiar em sua constante busca por novas possibilidades coreográficas e trazê-lo de volta aos palcos, depois de quase 10 anos dedicados somente à direção de sua Cia Carne Agonizante, que celebra 20 anos em 2018.

Concepção, Coreografia, Direção e Atuação: Sandro Borelli | Trilha Sonora: Gustavo Domingues | Luz: Sandro Borelli | Figurino e Cenário: Grupo | Arte gráfica: Gustavo Domingues | Fotografia: Alex Merino | Preparação corporal: Vanessa Macedo e Sandro Borelli | Direção de produção: Júnior Cecon

Duração: 45 minutos; Classificação indicativa: livre

Outras ações

Laboratórios de Criação
*Para todos os laboratórios:
Inscrições: de 1 a 20/7 – Currículo, Carta de Intenção e link de algum trabalho corporal relevante e recente.
Vagas: 15
Enviar para: dancaaderiva2018@radarcultural.com.br

24 e 26/7 (terça e quinta), das 9h30 às 13h30 – Centro de Referência da Dança

28/7 (sábado), das 9h30 às 13h30 – Oficina Cultural Oswald De Andrade

Laboratório 1: ‘Esperando os Bárbaros/ Laboratório Para Investigações Cênicas’
Condução: Luis Rúbio/ enNingunlugar – México / Colômbia
O laboratório propicia o amadurecimento das habilidades do criador cênico por meio da reflexão, da fisicalidade, e interpretações individuais e coletivas de temas/territórios.
Luis Rubio – Criador cênico e coordenador do coletivo enNingúnlugar, trabalha na Nortown desde 2014.
Público alvo: bailarinos, atores e artistas da cena profissionais e com experiência prática de trabalho corporal avançado.

25/7 (quarta), das 9h30 às 13h30 – Centro de Referência da Dança

27 e 30/7 (sexta e segunda), 9h30 às 13h30 – Oficina Cultural Oswald de Andrade

Laboratório 2: ‘O s c i l a n t e / Espaço de Treinamento Físico e Criativo’
Condução: David Suárez Bejarano/ Proyecto TerSer Cuerpo (Colômbia)
O laboratório propõe vislumbrar a possibilidade de viajar como pêndulo, entre o que somos e o outro que podemos recriar através do movimento..
David Suárez Bejarano – jovem coreógrafo e dançarino é fundador do Projeto Terser Cuerpo e co-fundador do Coletivo Abstranza.
Público alvo: Dançarinos(as) ou pessoas relacionadas ao movimento, com experiência profissional de pelo menos três anos.

24, 26 e 28/7 (terça, quinta e sábado), das 9h30 às 13h30 – Oficina Cultural Oswald de Andrade

Laboratório 3: Dança Contemporânea e Teatro Físico
Condução: Johnny Caicedo/ InCorpo Danza Contemporánea (Ibagué/Colômbia)
O laboratório propõe uma investigação mais profunda do corpo, onde o objetivo principal é gerar emoções reais ao compor para a encenação.
Jhonny Caicedo: Dancer Criador e intérprete é diretor e coreógrafo da Companhia InCorpo Danza Contemporánea.
Público alvo: Dançarinos (as) ou pessoas relacionadas ao movimento com trabalho profissional atuante de pelo menos 3 anos de experiência
27 e 30 de Julho, das 9h30 as 13h30, na Oficina Cultural Oswald De Andrade

Laboratório 4: Gravidade e Tônus dos Corpos na Cidade
Condução: Luciana Bortoletto / …Avoa! Núcleo Artístico (São Paulo/Brasil)
Entre movimentos cotidianos e extracotidianos, iremos experimentar nosso Peso-Presença; exercitar o refinamento da propriocepção, em busca de construir uma relação fluida e, ao mesmo tempo, aterrada com o entorno (pessoas e coisas) ao dançar com/nos/para os espaços públicos.

Luciana Bortoletto – Artista da dança e poeta, é pesquisadora, educadora do movimento, cofundadora e diretora do …AVOA! Núcleo Artístico (SP).

Público alvo: Dançarinos(as) ou pessoas relacionadas ao movimento com trabalho profissional ou estudantes de dança, teatro e artes performáticas.

24 e 26 de julho, 9h30 às 13h30, na Oficina Cultural Oswald De Andrade

Laboratório 5: Composição Coreográfica
Condução: Ivan Bernardelli / Dual Cena Contemporânea (SP –BR)
Tem como proposta oferecer estímulos criativos que propiciem aumentar o repertório de movimentos objetivando o desenvolvimento autoral de criações coreográficas.
Ivan Bernardelli – Diretor e intérprete da Dual Cena Contemporânea, é também bailarino da Cia. Siameses, dirigida por Mauricio de Oliveira.
Público alvo: Artistas das Artes do Corpo e da Cena com experiência e treino de movimento, não necessariamente em dança.

25, 27 e 30 de Julho, das 9h30 às 13h30, na Oficina Cultural Oswald de Andrade

Laboratório 6: ‘Práticas Coletivas’
Condução: Pita Torres (CH)
O laboratório cria um espaço de investigação do coletivo como poder, como movimento político de massa, como eixo central e de como tornar-se um só corpo.
Pita Torres – é artista da dança e da performance comprometido com um projeto de autoria, mergulhando em processos que abordam a improvisação como uma prática cênica.
Público alvo: Bailarinxs, actorxs, performers, estudiantes e interesadxs na ação cênica.

25 e 28 de Julho, das 9h30 às 13h30, na OFICINA CULTURAL OSWALD DE ANDRADE

Laboratório 7: ‘Cuerpos urgentes’
Condução: Gloria M. Morel / Tercer Espacio Colectivo Artístico (PY)
Workshop de treinamento em movimento, com foco na busca de uma fisicalidade por meio do surgimento de estados energéticos e dinâmicos, utilizando ferramentas de improvisação e métodos corporais baseados em artes marciais (capoeira, jiujitsu, taichi).
Gloria M. Morel – Bailarina, criadora, docente e produtora, junto com a bailarina Jazmin Gonzalez, fundou a Tercer Espacio Colectivo Artistico.
Público alvo: Dançarinos, atores, artistas de circo, artistas e qualquer pessoa com treinamento físico e interesse na exploração do movimento

Conversatório

25 e 26/7 (quarta e quinta), 15h – Centro de Referência da Dança

27, 28, 30 e 31/7 (sexta, sábado, segunda e terça), 15h – Oficina Cultural Oswald de Andrade

Encontros dirigidos aos artistas que participam da programação de Dança à Deriva 2018 e a todos os interessados para apreciação artístico-estética das obras apresentadas na noite anterior.
Mediação: Solange Borelli
Capacidade: 80 pessoas
Duração: 2 horas

Mostra de VídeoArte
27, 28, 30 e 31/7 (sexta, sábado, segunda e terça), 15h às 21h – Oficina Cultural Oswald de Andrade

O Grito – Marcos Abranches e Gal Oppido
Gal Oppido dirige o vídeo baseado na criação coreográfica ‘O Grito’, de Marcos Abranches, inspirada na obra homônima do artista norueguês Edvard Munch. considerada uma das mais importantes do movimento expressionista. O vídeo explora a dramaturgia corporal singular do intérprete que, frente ao seu observador, narra a mais pura expressão de angústia e desespero.

Direção: Gal Oppido | Co-direção: Rafael Avancini | Direção de Fotografia: Gal Oppido e Rafael Avancini | Performance: Marcos Abranches e Alessandra Grimaldi | Poema: Adriano Nunes | Narração: Rubens Caribé | Trilha Sonora Original: Elisa Monteiro | Montagem e Desenho de Som: Luden Viana | Colorização: Rafael Avancini.

Zenit – Andante Danza Contemporânea
Dirigido por Andrea Carolina Rodríguez e Laura Gómez, “Zenit” foi selecionado no 6º Festival de Videomovimento da Colombia, para a difusão em festivais de videodança a nivel nacional e internacional, tendo participado do Concurso de Vídeo de Buenos Aires e do Dreizig Festival, realizado e m Berlim.

“1500º” – RiZa
Curta metragem experimental, ‘1500º’ tem a Costa de Assunción como cenário de um naufrágio, onde uma mulher, presa em uma duna de areia cheia de lixo, luta para sobreviver.
Direção: Riza | Produção: Crear em Libertad | Intérprete e criação de movimiento: Gloria M. Morel (Tercer Espacio Colectivo Artístico) | Direção de Fotograiía e Montagem: Ricardo Zelada | Título original: 1500° | Género: Cortometraje, experimental, Videodanza.

Duração: 6 min. |Ano: 2017 | Clasificação: Livre

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