A organização também já registrou mais de 28 mil incidentes com armas fogo nos últimos 6 meses deste ano de 2018.
Diferente do Brasil, em que basicamente as armas de fogo matam mais os pobres nas periferias, seja pela ação da polícia ou conflito entre milícias e traficantes, nos EUA a liberação das armas de fogo atingem a classe média de forma mais intensa. No Brasil, o controle da venda é bem mais avançado do que nos EUA.
Esta semana, um atirador matou cinco pessoas dentro de um jornal em Annapolis, no estado de Maryland. Já no Brasil, na semana passada Marcus Vinícius, menino das comunidades cariocas foi assassinado durante uma ação policial no Rio de Janeiro. Os perfis sócio-econômico de mortes com arma de fogo entre Brasil e EUA precisam de um estudo científico, mas é evidente a diferença entre os alvos da violência.
Um dos maiores massacres com arma de fogo nos Estados Unidos foi durante um show ao ar livre em Las Vegas, outro foi em uma boate na Flórida, vários em universidades e escolas. Somente este ano de 2018, 1.680 crianças e adolescente até 17 anos foram mortos ou feridos por armas de fogo nos EUA. Não há restrição porque o lobby de arma de fogo é intenso nos EUA e no Brasil. A indústria de armas de fogo elegeu uma bancada da bala no Brasil.
Nos EUA, os filhos da classe médias são mortos ou estão mais sob maior risco com a liberação de armas. Além disso, os números dos atentados são muito inferiores aos de suicídio. É gigantesco a quantidade de pessoas que se suicidam com armas de fogo nos Estados Unidos. Das 11 mil pessoas mortas em 2016 com armas de fogo, 5.500 (metade do total) cometeram suicídio. Apesar de abranger todas as classes, a facilidade de acesso a armas de fogo e a desesperança na sociedade capitalista contemporânea está aumentando o número de suicidas nos EUA a cada ano que passa. Atualmente, segundo a Gun Violence Archive são 22 mil suicídios por ano, incluindo de crianças e adolescentes. (Susiana Drapeau)