O programa reúne, ainda, a famosa abertura do Festival Acadêmico, de Johannes Brahms (1833-1897), e obras emblemáticas do maior compositor finlandês da história, Jean Sibelius (1865-1957), com quatro poemas sinfônicos que remetem à história e à mitologia daquele país.
Spalla da Orquestra Estável do Teatro Colón de Buenos Aires, o violinista Freddy Varela Montero iniciou seus estudos aos sete anos em sua cidade natal, Concepcion, no Chile. Aos 12 recebeu uma bolsa de estudos da fundação de amigos do Teatro Municipal de Santiago do Chile para ter aulas com o professor Ruben Sierra na Universidade Católica do Chile. Recebeu premiações ainda quando jovem além de bolsa de estudos para continuar seus estudos com Danel Heifetz, em Pittsburg, nos Estados Unidos.
Como solista, apresentou-se com orquestras no Chile, Brasil, Argentina, Uruguai, Peru e Estados Unidos. Desde de 2011 é diretor da Camerata Bariloche que se apresenta em todo o continente americano, além de receber prêmios do Grammy Latino de seus discos gravados. É membro do Opus Trio, grupo de música de câmara com apresentações em toda a Argentina.
Veja mais detalhes sobre as obras que serão apresentadas a partir das considerações do pesquisador Leonardo de Oliveira:
Johannes Brahms (1833-1897)
Abertura Festival Acadêmico
No auge de sua carreira, Brahms passou a ser reconhecido não apenas pelo público, mas também por instituições ocidentais. Entre elas, a Universidade da Breslávia, que hoje encontra-se em território Polonês que o homenageia conferindo-lhe o título de doutor honorário em música. Em agradecimento, o compositor escreve a abertura hoje apresentada. Como é exposto pelo título da obra, seu caráter é festivo, enérgico em que o mote são temas populares das canções dos estudantes.
Aram Khachaturian (1903-1978)
Concerto para Violino em Ré menor
Dentre os concertos para violino do século 20, esse certamente é um dos mais conhecidos do repertório e sua fama também sobrevive em nosso século. Em 1941, a obra recebeu o prêmio Stalin para artes e foi reconhecida também em outros países nas décadas seguintes. Sua música é repleta de representações imagéticas e cheia de movimento, energia e expressividade dramática. Notamos uma grande variedade e riqueza de melodias, ritmos que o proporcionou grande reconhecimento.
Jean Sibelius (1865-1957)
Karelia, Abertura, Op. 10
Valse Triste, Op. 44, nº 1
O Cisne de Tuonela
Finlândia, Op. 26
A Finlândia, não diferente de outros países nórdicos, possui índices de medições de desenvolvimento elevados. Assim como a sua economia forte, o país tem um espaço em nosso imaginário coletivo como sendo um dos melhores lugares do mundo para se morar: escolas de qualidade, acesso à saúde para todos, transporte de qualidade. O país foi construído a partir da luta e buscou a independência do império russo que o submetia ao seu domínio. Declarou, assim, sua independência em 6 de dezembro de 1917 e foi reconhecida pelo Tratado de Brest-Litovski, assinado em 3 de março de 1918. Para comemoração dos 100 anos de independência do país, a OSMC dedica a segunda parte do programa exclusivamente a Jean Sibelius, significativo compositor e ícone musical do país.
Sibelius foi um compositor conhecido não apenas em seu país natal, mas também pelo mundo. Suas composições são diretamente influenciadas pelos contextos históricos e culturais no país em que foi criado, mesmo não se identificando completamente com os movimentos musicais da época. Por isso, saber que o território que hoje é a Finlândia já foi um dia parte da Suécia e, por conta das guerras napoleônicas, passou a ser um grão-ducado do império russo, é significativo ter uma escuta atenta.
(Carta Campinas com informações de divulgação)
Programa
Johannes Brahms (1833-1897)
Abertura Festival Acadêmico – 10’
Aram Khachaturian (1903-1978)
Concerto para Violino em Ré menor – 35’
Allegro con fermezza
Andante sostenuto
Allegro vivace
Jean Sibelius (1865-1957)
Karelia, Abertura, Op. 10 – 9’
Valse Triste, Op. 44, N.º 1 – 6’
O Cisne de Tuonela – 10’
Finlândia, Op. 26 – 8’
Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas
Regência: Victor Hugo Toro
Solista: Freddy Varela Montero, violino
Quando: sábado, 30 de junho, às 20h; domingo,1º de julho, às 11h
Onde: Teatro Castro Mendes (Praça Corrêa de Lemos,s/n. Vila Industrial. Campinas). Telefone (19) 3272.9359.
Ingressos: sábado – R$30,00 (inteira), R$ 15,00 (estudantes, aposentados), R$ 10,00 (professores das escolas públicas e privadas de Campinas e das cidades da Região Metropolitana, pessoas com mobilidade reduzida e portadores de deficiências), R$ 5,00 (estudantes das redes municipal e estadual)
Valor promocional aos domingos: R$ 6,00 (inteira), R$ 3,00 (meia entrada); R$ 2,00 (professores das escolas públicas e privadas de Campinas e das cidades da Região Metropolitana, pessoas com mobilidade reduzida e portadores de deficiências); R$ 1,00 (estudantes das redes municipal e estadual)
Os ingressos serão vendidos de quinta a sábado, das 16h às 21h, e no domingo, a partir das 10h