A necessidade de uma nova pesquisa ocorre por conta do resultado insuficiente da pesquisa realizada entre agosto de setembro de 2016 com educadores da rede municipal.
Segundo o vereador Carlos Roberto de Oliveira (o Carlão do PT), presidente da Comissão Especial de Estudos da Lei 10.639, o resultado da pesquisa de 2016 demonstra a existência de leis não garante o seu cumprimento, face à cultura do silêncio. “Com esta nova iniciativa, estamos buscando garantir do poder público maior investimento na formação e estrutura adequada ao trabalho com as africanidades”. afirmou.
Este ano, a pesquisa ampliará seu alcance, incluindo as Redes Estadual e Particular de Ensino no município. Primeiramente, a pesquisa será aplicada na Rede Municipal, por cerca de 30 dias e, gradativamente, atingirá as demais redes.
Pesquisa de 2016 – Dos 7080 educadores entre professores, Agentes de Educação Infantil, Gestores e Gestores de Nível Central, apenas 218 responderam à pesquisa que foi disponibilizada no sistema Educação Conectada. Este fato já revela o silêncio da rede de ensino em relação à temática racial.
O estudo também procurou identificar a composição dos trabalhadores da rede municipal de ensino; 22,5% são negros ou pardos; 73,4% brancos, 1,4% amarelos; o,9% não declararam e 1,8% se autodeclararam como outros.
Sobre o contato com a questão étnico-racial na formação inicial, 47% dos profissionais evidenciaram não ter tido contato com a temática. Já 42,4% destacam que tiveram contato de forma transversal em diversas disciplinas. Apenas 10% em disciplinas específicas. Os dados demonstram a lacuna da formação inicial docente acerca da temática. (Carta Campinas com informações de divulgação)