É a famosa política do ‘bandido bom, bandido morto’, mas que também mata policiais, associada aos cortes de gastos sociais.
Nesse sábado, 28, mais dois policiais militares foram mortos no estado do Rio. O sargento Carlos Eduardo Gomes Cardoso, de 36 anos, era lotado no Batalhão de Irajá (41º BPM) e foi morto ao ser baleado durante uma operação policial na comunidade do Bateau Mouche, em Jacarepaguá, na zona oeste da cidade do Rio.
O 41º BPM ficou conhecido nacionalmente após a morte da vereadora Marielle Franco. Nos últimos meses antes de seu assassinato, conhecia e denunciava de perto os abusos e a violência estatal através do 41º BPM, aterrorizando a comunidade de Acari.
Neste ano, o total de policiais mortos no estado chega a 40, uma média de 10 por mês, dos quais 38 eram policiais militares. No ano de 2017, o aparelhamento policial das classes dirigentes da sociedade mantida para manter a brutal desigualdade matou 134 policiais no Rio.
Entre a população pobre, os números da guerra são bem maiores. Mais de 1.000 pessoas foram mortas pela polícia do Rio de Janeiro em 2017, muitos sem passagem pela polícia. Estado de São Paulo, por exemplo, montou um exército do tamanho do Exército da Argentina para manter a desigualdade social e econômica intacta. Como diz Juninho Pernambucano, o Brasil é do avesso.
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