“Quem não sabe contra quem luta não pode vencer. Contra o fascismo do nosso tempo, somos todos camaradas.”
Valério Arcary foi fundador e membro do PT durante 12 anos. De acordo com ele, desde 92, está foi a primeira vez em que subiu num mesmo palco em que estava o Lula. “São 26 anos. Fiz questão de vir hoje aqui. Estive durante muitos anos na direção do PSTU e, agora, a corrente no qual eu me integro no PSOL é a MAIS (Movimento por uma Alternativa Independente Socialista). É possível que daqui a uma semana haja uma ordem de prisão contra Lula. Assim como lutaremos contra o neofascismo, lutaremos ao lado do PT contra a condenação e a prisão do Lula. As diferenças do passado, as diferenças com as alianças que o PT decidiu fazer, não nos impedem de dizer: não haverá um só ato neste país contra a prisão do Lula onde a bandeira do PSOL não será levantada e com orgulho”, disse.
O professor fez ainda um alerta: “surgiu no Brasil uma corrente neofascista que tem audiência de massas e isto é novo. E esta corrente têm relações com milícias armadas que operam no subterrâneo da vida social brasileira. Não é acidental a execução de Marielle no Rio. Esta corrente ainda é minoria, mas se não for detida poderá crescer. O neofascismo do nosso tempo não é somente uma corrente exaltada, não é somente autoritária. É a barbárie, é o braço armado do capital.”
O discurso de Arcary pela unidade inflamou o local e se espalhou rapidamente pelas redes: “Aqui estamos começando a erguer os tijolos de uma muralha na luta contra o fascismo. Somos todos camaradas, aprendemos duramente que construir a Frente Única não significa ter adesão de um partido sobre outro. Não podemos mais ter medo das nossas diferenças.” (Da Revista Fórum)