A água voltou, mas ainda não existe iluminação nos boxes dos banheiros para as duchas e nos últimos dias algumas pessoas têm ficado sem refeição. Só neste domingo, 15 de abril, segundo uma funcionária que não quis se identificar, cerca de 20 pessoas ficaram sem almoço, entre elas, crianças, idosos e pessoas em tratamento de saúde.
Fora isso persistem as péssimas condições de higiene do local que tem número reduzido de profissionais e está fora dos padrões recomendados pela Política Nacional de Assistência Social que recomenda alojamentos com no máximo quatro pessoas por quarto.
Só no pavilhão destinado aos homens são mais de 150 pessoas, além dos alojamentos para mulheres, idosos, pessoas com problemas de mobilidade e travestis. É muito mais gente que os 130 que a Prefeitura tem informado que são abrigadas no local. O local funciona em parte com funcionários públicos municipais, mas no momento só duas Assistentes Sociais atendem.
Um assistente social está de férias e não foi substituído e outras duas vagas não são preenchidas pois os profissionais aprovados em concurso, segundo dizem os trabalhadores, recusam-se trabalhar no Samim. Vale destacar também que parte dos funcionários é terceirizada (como o pessoal de higiene e segurança, que no caso é uma empresa Albatroz que atende os serviços de segurança, apesar de a Prefeitura ter guardas municipais).
Também é terceirizado o fornecimento de alimentos, apesar de a Prefeitura dispor da Ceasa. No entanto, a maior parte dos recursos fornecidos para o custeio do local é do governo federal, já que o albergue não atende apenas a munícipes.