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Organizações de mulheres de Campinas marcam protesto no Dia Internacional da Mulher

Organizações sociais, coletivos e grupos organizados de mulheres marcaram para esta quinta-feira, 08 de março, Dia Internacional da Mulher, um protesto na região central de Campinas. A concentração está marcada para às 17h no Largo do Rosário.

Segundo as organizadoras, é preciso lutar “pela vida das mulheres” e contra a violência machista. “Infelizmente a cidade de Campinas concentra números altíssimos de violência contra as mulheres e uma estrutura muito insuficiente para enfrentar esta situação, mesmo os mecanismos garantidos pela Lei Maria da Penha nos são negados”, anotam.

Elas também afirmam que “em todas as esferas os direitos das mulheres estão sendo negados, seja com as reformas da previdência e trabalhista ou com a negação das creches, falta de atendimento básico na saúde, sempre que o Estado não se responsabiliza as mulheres são sobrecarregadas”.

Veja manifesto abaixo:

Mulheres de Campinas,
Dia 08 de março é um dia de luta e resistência “Pela vida das mulheres”! Estaremos novamente ocupando as ruas de Campinas para avançarmos no combate contra toda a violência machista que sofremos, na busca de nossa autonomia, para que sejamos livres e respeitadas.

Você já sofreu algum tipo de violência pelo fato de ser mulher? Você já foi colocada como incapaz em alguma situação por ser mulher? Você já foi silenciada em alguma situação só porque era mulher? Se sua resposta é afirmativa para alguma dessas questões, chamamos você para compor com a gente nosso ato no 08 de março e juntas lutarmos contra todas as situações que tentam nos intimidar.

Essa luta é de todas nós, mulheres de diferentes regiões da cidade, índias, negras, jovens, idosas, brancas, gordas, magras, deficientes, lésbicas, trans, santas, putas… somos diversas, e juntas somos mais fortes!

Infelizmente a cidade de Campinas concentra números altíssimos de violência contra as mulheres e uma estrutura muito insuficiente para enfrentar esta situação, mesmo os mecanismos garantidos pela Lei Maria da Penha nos são negados.
Em todas as esferas os direitos das mulheres estão sendo negados, seja com as reformas da previdência e trabalhista ou com a negação das creches, falta de atendimento básico na saúde, sempre que o Estado não se responsabiliza as mulheres são sobrecarregadas.
Nada disso acontece sem resistência e 2017 foi um grande exemplo, ocupamos as ruas contra o feminicídio, na greve geral contra o Temer, contra a censura nas escolas é o projeto “Escola sem Partido” e em todas as lutas que aconteceram na cidade.
Queremos convidar todas as mulheres que se indignam diante dessa situação para vir construir conosco este 8 de março de 2018.

Em tempos de Temer e intervenção militar é fundamental que nós mulheres ocupemos as ruas para mostrarmos as nossas indignações, e ecoarmos nosso grito de resistência.

Vem mulher! Acredite na sua força e venha marchar com a gente nesse 08 de março! Traga a sua reivindicação! Vamos dar um basta a todas as formas de opressão que nos indignam!

Dia: 08 de março
Local: Concentração às 17h no Largo do Rosário
Saída para marcha às 18:30h
O trajeto será divulgação no dia.
Às 16h estaremos juntas no largo do Rosário para confecção de cartazes

Veja as reivindicações:

– Pela vida das Mulheres
– Contra o racismo
– Pela democracia
– Contra a intervenção militar
– Contra a violência machista e todas as formas de violência contra as mulheres
– Pelo fim do machismo, do sexismo, da lesbofobia, bifobia e transfobia
– Por vagas nas creches públicas
– Pela tipificação correta do crime de feminicídio
– Pela instalação efetiva da vara do juizado especializado em violência doméstica e familiar contra a mulher no município
– Contra a Reforma da Previdência
– Por uma escola sem censura
– Por Delegacias da Mulher 24 horas
– Pela legalização do aborto
– Contra o genocídio
– Pelo empoderamento político das mulheres
– Pela ocupação nas mulheres nos espaços de poder
– Pelo fim do preconceito e da discriminação de qualquer natureza
– Pelo respeito e preservação das mulheres de religiões de matrizes africanas
– Contra a retirada de direitos, precarização do trabalho e conquistas históricas das trabalhadoras
– Por mais emprego, melhores salários e igualdade salarial para as mulheres
– Pela valorização do trabalho das trabalhadoras domésticas
– Contra a exploração sexual de mulheres, crianças e adolescentes
– Na defesa da moradia digna, do direito à cidade e à urbanidade das mulheres
– Em defesa do Sistema Único de Saúde
– Em defesa dos direitos sexuais e reprodutivos (aborto legalizado e seguro): pelo fim da violência obstétrica e das mortes das mulheres por aborto, e pela redução da mortalidade materna

Organizam o ato:
Promotoras Legais Populares Cida da Terra (PLPs)
Feminismo Negro Interseccional Campinas – Coletivo Lélia Gonzalez
Coletivo Feminista Rosa Lilás
Marcha das Vadias Campinas
Grupo de Mulheres Flores do DIC Campinas
– Coletivo Juntas
COMISSÃO MULHER ADVOGADA OAB CAMPINAS
– MAIS Mulheres
– Instituto Voz Ativa
Casa Sem Preconceitos – Reduzindo danos e promovendo cidadania
– FECONEZU
– Centro Acadêmico de Psicologia da PUC
– Sindicato dos Químicos Unificados -Regional Campinas
– Intersindical
– Mulheres do PSOL
– PSTU
– Rede
– Mandato Vereadora Mariana Conti
– Coletivo Rosas de Março
Grupo Identidade
MUDA – Coletivo de Mulheres Medicina Unicamp
– Coletivo Feminista Maria Maria
– Mulheres independentes

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