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Obras de Jana Richardi exploram o corpo feminino, suas camadas e significados

Feminino Sedimentado é a temática da exposição que a artista Jana Richardi traz para a Livraria Pontes com abertura no próximo dia 3 de março, às 10h30. A exposição consiste na exploração visual do corpo feminino através de poses e focos diversos dessa materialidade, sempre evitando o rosto, dando enfoque ao sentir, ao que está na pele, no sensorial.

Conforme o expectador observa com mais profundidade e retidão, percebe que são várias camadas sobrepostas, possibilitando o olhar tanto em totalidade, quanto focado nas manchas e detalhes. São diversos efeitos e combinações de cores, luzes, manchas, formatos, pois como a técnica é aguada, o involuntário e imprevisível tem um espaço importante, principalmente no momento da produção, em que a artista se coloca como interagente da obra, coprodutora de algo que se tornará finalizado ao secar, só assim conhecendo o produto final.

Estabelece-se um relacionamento e a consciência de que nesses corpos estão refletidas as diversas camadas e complexidades de si mesma como mulher, como de tantas outras.

“Constante exploração do corpo, de suas camadas e significados, aprofundando de tal forma que chega ao subconsciente e espiritual. Manchas e camadas que escondem ou mostram? O que existe por trás e dentro do corpo, o que essas figuras, sólidas a um primeiro momento, querem dizer com suas camadas transparentes e diáfanas? Transparências e delicadezas que evidenciam o contraste entre forma e não forma, dito e não dito, material e espiritual, buscando o diálogo do corpo com o incorpóreo. A busca da espiritualidade é algo que sempre me fascinou. Contato que faço também através da natureza, da mudança de olhar que faço com o mundo e comigo mesma. Mariposa vem me mostrar como alçar vôos com suavidade e conectada com o brilho da lua e das estrelas, do feminino e do grande mistério”, diz a artista. (Carta Campinas com informações de divulgação)

Ignoro a proporção, a medida, o andamento do mundo comum. Recuso-me a viver em um mundo comum como uma mulher comum. (…)
Quero alcançar o êxtase.
(…)
Não vou me ajustar ao mundo. Estou ajustada comigo mesma.
Anaïs Nin

Corpo território.
Corpo em pedaços que se move no escuro.
Corpo em pedaços porque o olhar tão próximo que só lhe é permitido perceber partes. E quanto se pode descobrir no mínimo tocado com o olhar! Tensões, marcas, contrações, respiro… o corpo é atravessado por forças e sempre reage – gestos que também formam esse território ainda cru – corpo nu. Corpo sem função, sem identidade, mas pleno em sua imanência e movimento.
Corpo presença de qual transcendência?
Eni Ilis

Abertura 03/03, às 10h30
Período 03/03 a 27/04
Livraria Pontes
Endereço Rua Doutor Quirino, 1223 Centro – Campinas – SP

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