A Feira SUB de arte impressa e publicações independentes divulgou os quatro artistas que farão parte da Residência SUB, projeto de residência artística com foco em livros de artista, resultado da parceria entre a Feira SUB e o Coletivo Contracouchê, a ser realizada de março a setembro em Campinas (SP). São eles: Cau Silva, Kauê Garcia, Paula Chimanovitch e Victor Zanini.
A residência é parte do Projeto Cultural SUB, que tem como pilar principal a realização da Feira SUB de Arte Impressa e Publicações Independentes que acontece uma vez por ano na cidade de Campinas. O resultado do trabalho artístico dos participantes da residência será apresentado na 3ª. edição da Feira que vai acontecer em setembro de 2018. As artistas visuais Ludmila Porto, do Coletivo Contracouchê e Lilian Walker, ambas idealizadoras e coordenadoras do projeto, irão acompanhar e direcionar as propostas junto aos residentes.
A Casa Mista, ateliê que abriga o Contracouchê e outros projetos artísticos, será o principal espaço de desenvolvimento da residência.
“A Residência Sub é a segunda residência que o Coletivo Contracouchê faz em livro de artista. Esse ano, em parceria com a Feira SUB, esperamos que seja o primeiro projeto de muitos aqui em Campinas. O projeto é de orientação coletiva e tem o nosso acompanhamento. Os artistas foram selecionados através de chamada pública onde selecionamos os portfólios e realizamos entrevistas, levando em conta a potencialidade do trabalho e o posicionamento artístico de cada um. Esse tipo de iniciativa de residência artística, orientação coletiva, intercâmbio e fomento da produção de arte é o que a Casa Mista pretende realizar na cidade.”, explica Ludmila Porto, uma das coordenadoras da Residência SUB e idealizadora da Casa Mista que abriga o Coletivo Contracouchê.
A Residência SUB conta também com o apoio do Laboratório de Gravura do Instituto de Artes (IA) da Unicamp. Com isso, os encontros de discussão e produção dos trabalhos acontecerão tanto na Casa Mista quanto no Laboratório de Gravura da Unicamp. Os encontros consistirão em discussão de textos, referências de outros artistas, trabalho prático, realização de testes, crítica coletiva dos trabalhos e produção final.
“A ideia é que os artistas participantes da residência possam usar a infraestrutura do Laboratório de Gravura ao mesmo tempo que habitam o espaço da universidade com sua produção artística. A presença desses artistas, que já têm uma produção mais amadurecida e uma prática de ateliê estabelecida, acaba se se tornando uma referência para alunos do Instituto de Artes, trazendo uma nova dinâmica que, inevitavelmente, irá reverberar na rotina dos alunos’, comenta a Professora Dra. Luise Weiss, Coordenadora do Laboratório de Gravura do Departamento de Artes Plásticas (DAP) do Instituto de Artes (IA) da Unicamp.
“Essa aproximação entre espaços independentes de arte e cultura e a universidade, cria pontes, gera trocas interessantes e vínculos culturais saudáveis, além de fortalecer o circuito artístico local. As parcerias têm sido fundamentais para o crescimento da SUB aqui em Campinas”, completa Marcela Pacola, uma das idealizadoras da Feira SUB. (Carta Campinas com informações de divulgação)
Veja mais informações sobre os artistas selecionados:
Formada em Ciências Sociais pela Unesp (2014) com pós-graduação em Artes Visuais pela Unicamp (2016). Trabalha com performance, videoarte, fotografia e pintura. É membro e gestora do Coletivo 2e1. Participa de acompanhamento artístico sob orientação de Carolina Paz. Em seu trabalho, o território surge como um campo possível para a criação, ampliando a possibilidade de desprogramar a ideia de que uma criação poética tem como fundamento necessário um suporte e um produto final. Em suas produções, a artista repensa a plasticidade dos próprios suportes. Participou de exposições coletivas como a ‘Expo ZN’ (2016) no espaço independente Acolá (São Paulo), fez residência artística no Elefante Centro Cultural, no Distrito Federal, realizou trabalhos de curadoria do evento Descompasso (Instituto de Artes da Unicamp, 2016), elaborou a identidade visual da Revista Magma (USP, 2015), produziu e participou da performance do projeto Dança Acontecimento (Oficinas Culturais do Estado de São Paulo, 2013).
Graduado em Artes Visuais pela PUC-Campinas, vive e trabalha em Campinas. Sua pesquisa se concentra em investigar sons, imagens, estruturas, objetos, relações, hábitos e memórias, nos quais posteriormente propõe possíveis subversões conceituais. A ressignificação busca gerar novas leituras ao que já é de conhecimento popular e assim impor outro status, por intermédio de inserções políticas, poéticas e críticas. Seu trabalho circulou por diversas instituições culturais, espaços independentes e galerias de arte como Sesc Pompéia, Trienal Frestas no Sesc Sorocaba, exposição coletiva na 31ª. Bienal de São Paulo, Galeria Eduardo Fernandes em São Paulo, entre outros.
Formada em Artes Visuais pela Unicamp. Em 2014, durante seu estágio no Sesc Campinas, teve contato com artistas da dança e performance, o que desencadeou sua principal linha de pesquisa: retratar por meio de desenho, pintura e gravura a relação que se estabelece entre corpos em seus espaços de intimidade. No ano seguinte participou da primeira Bienal Sesc de Dança de Campinas.
Atualmente seu trabalho agrega livros e cadernos de artista, tendo em 2016 produzido sua primeira série de livros-objeto chamada ‘SOMA’. Participou no mesmo ano do Projeto Estante, promovido pelo Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes (IA) da Unicamp, em que expôs sua série ‘Caderninhos’, produzida entre 2012 e 2015. Em 2017 ilustrou para as publicações ‘Aos Amores que Matei’, em parceria com a escritora Marina B. Laurentiis, e ‘Legenda Erótica’, novela da escritora e jornalista Luiza Pastor. Foi também, no mesmo ano, selecionada para o Salão de Artes Visuais de Vinhedo, recebendo o prêmio aquisitivo por uma das três obras expostas.
Artista multidisciplinar radicado em São Paulo com formação em Programação Visual.
Sua produção que muitas vezes acontece em sequências, utiliza da colagem, desenho e pintura como meios de expressão. Em formato de animação, arte ambiente, pinturas e materiais impressos o artista exercita sua pesquisa influenciada por estudos do inconsciente, processos intuitivos e o realismo fantástico. Sobre esta procura o artista declara: “a criação artística é uma forma de unir sentimento e matéria, pesquisar o interior e descobrir o elemento. Ativando emoções e mostrando caminhos”. Iniciou formalmente seu trabalho artístico em 2007 por meio da animação e colagem, realizou mostras audiovisuais, exposições coletivas e site-specific.