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‘Intervenção Dalloway’ se inspira em Virgínia Wolf e propõe percurso pelas ruas de São Paulo

Em São Paulo – Até dia 14 de dezembro, com sessões de segunda a quinta-feira, sempre às 16h, o grupo XIX de Teatro apresenta a “Intervenção Dalloway: Rio dos Malefícios do Diabo”. Trata-se de um espetáculo-performance itinerante no qual o público é convidado a caminhar pelas ruas do centro de São Paulo, contemplar espaços públicos e habitar uma estufa promovendo outras formas de ocupar e conviver no cotidiano urbano.

A peça começa no edifício da SEL (Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo), um prédio histórico na Praça Antônio Prado, no Centro. Depois, o público é convidado para um trajeto até chegar ao local onde será construída uma estufa.

O romance Mrs Dalloway de Virgínia Wolf (1882-1941) norteia a construção da performance. O grupo se inspirou na fábula de uma mulher de classe alta que sai pela cidade e ao fim do dia dá uma festa em sua casa. “O livro é também sobre olhar e ser olhado. Sobre o que vemos, como vemos e como somos vistos no emaranhando de corpos que desfilam pelos centros urbanos diariamente”, conta o diretor do grupo, Luiz Fernando Marques.

A obra se passa num dia na vida dessa mulher que decide ir comprar as flores para a festa que dará à noite. Ela caminha pela Londres do século 19 imersa em seus pensamentos, cruzando com outras pessoas também em seus próprios pensamentos, todos ligados por uma rede invisível, submersa, que os une. Estudantes, comerciantes, donas de casa, um homem que irá se matar, talvez a rainha, que passa num carro oficial, todas essas trajetórias individuais unidas na sincronicidade das horas. “Propomos assim, uma experiência de possíveis caminhos pela cidade de São Paulo do século 21, com suas contradições, sua frenética movimentação e todas as vidas individuais que se cruzam nesse espaço coletivo. Lembrando que é muito perigoso viver, por um só dia que seja”, explica a atriz Juliana Sanches.

A ideia de uma estufa, artificial e temporária, invasiva ao mesmo tempo que orgânica, aponta para o desejo de um diálogo físico e metafórico entre os artistas e o público, entre todos e a cidade. “Pretendemos sobretudo transformar o espaço do cotidiano em testemunho, em uma experiência vivida e compartilhada. Proporcionar um estado latente de presença diante de um ato, injetado artificialmente no hábito do cotidiano urbano”, fala Marques.

Esse Projeto foi Contemplado pela 29ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. (Carta Campinas com informações de divulgação)

Ficha técnica: 
Concepção, direção e performance: Janaina Leite, Juliana Sanches, Luiz Fernando Marques, Rodolfo Amorim e Ronaldo Serruya.
Produção Executiva: Maria Carolina Dressler.
Produção: Gabi Costa.
Assistente de produção: Tatiana Ribeiro.
Cenografia: Ana Luisa Secco, Luiz Fernando Marques e Rodolfo Amorim.
Figurinos: Juliana Sanches
Confecção de roupas: Otávio Matias
Adereços: Silas Caria, Tetê Ribeiro e Yumi Sakate.
Assistência Técnica: Luciano Morgado e Roberto Oliveira.
Provocadores do processo: Ricardo Siqueira, Rodrigo Munhoz, Francis Wilker.
Preparação Corporal: Diogo Granato.
Fotos, vídeos, mídias sociais e produção visual: Jonatas Marques.
Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli.

INTERVENÇÃO DALLOWAY: RIO DOS MALEFÍCIOS DO DIABO
Ponto de encontro: Edifício-sede da SELJ – Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude do Estado de São Paulo (antigo Banco de São Paulo) – Praça Antônio Prado, nº 9, Centro, São Paulo. Temporada: Segunda a quinta-feira, às 16h – Até 14 de dezembro.
Duração: 90 minutos.
Classificação etária: 12 anos.
Capacidade: 30 lugares.
Ingressos: Grátis.
Retirar ingresso 15 min antes no local – por ordem de chegada

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