No próximo sábado, 25, o espaço Torta, finalizando a sua programação de aniversário que teve início no dia 12 deste mês, realizará a mesa de debate “O que podemos com a arte?” que propõe contato com outros projetos culturais para trocas e reflexões que construam uma proximidade maior entre a arte e seus contextos e comunidades.
Para a ocasião, o espaço contará com a presença da artista Mônica Nador uma das fundadoras do Jardim Míriam Arte Clube de São Paulo e a presença do professor de geografia Mauro de Castro, colaborador do mesmo projeto. A mediação será feita pela curadora, artista visual e militante feminista negra Andrea Mendes.
A convidada Mônica Nador é artista plástica graduada pela Fundação Armando Álvares Penteado em 1983; reconhecida internacionalmente, participou de bienais como a Bienal Internacional de São Paulo [1993], a Bienal de Havanna [2000], a Bienal de Sidney [2004] e a Bienal de Lubumbashi [2015], entre outras exposições coletivas, além de diversas exposições individuais. Trabalhou a pintura, o desenho e a gravura até cunhar o termo “Paredes Pinturas” (nome de sua dissertação de mestrado) ao iniciar seus trabalhos de pinturas murais nas fachadas das casas junto com os moradores das comunidades, técnica que segue desenvolvendo desde então. A partir de seu projeto Paredes Pinturas fundou, em 2004, o Jardim Míriam Arte Clube (JAMAC) na periferia da zona sul de São Paulo onde conheceu Mauro de Castro professor da rede pública estadual, morador do Jardim Miriam, líder comunitário que atua no bairro, além do Jamac, com intervenções na praça do bairro e o projeto “radio poste”.
O convite dialoga com as atividades que foram desenvolvidas ao longo de um ano ininterrupto de funcionamento do espaço Torta, lugar de cultura e arte contemporânea, na região central de Campinas. A ideia de reunir pessoas e reflexões com uma programação dinâmica a partir das artes visuais, estabelecendo diálogos com outras áreas artísticas como a música, literatura, cinema, cultura digital, além de questões pertinentes ao contexto local e político, foi o horizonte de atuação compartilhado por três jovens artistas visuais para idealizar e inaugurar a casa TORTA – Paula Monterrey (atual coordenadora do projeto), Allan Yzumizawa e Tiago Bassani, ainda em períodos finais da graduação em Artes Visuais pela Unicamp – e o que atraiu ao longo do ano a vinculação de colaboradores das artes visuais, produção cultural e performance para fortalecimento do espaço, como Raquel M. Galvão, Caio Gusmão e Fausto Gracia.
Desde de sua inauguração, a Torta buscou acolher a produção de jovens artistas locais e da região com as exposições individuais regulares do programa “Posada” de 1.0.1000 (São Paulo), Vinícius Ferreira (Sorocaba), Lucas Costa (Hortolândia) e Brenda Nicole (Campinas); promover o diálogo a partir da articulação de agentes culturais atuantes no cenário cultural local, marcados pela presença do ateliê Oráculo, da casa de cultura e memória Ibaô, do ATAL 609 – Espaço de investigação artística e casa de Eva; e abrir possibilidade de contato com artistas emergentes e relevantes de outros territórios: cidades, regiões e países, como Argélia Bravo (Venezuale), Fernanda Grigolin (São Paulo), Fausto Gracia (México).
Outras ações do projeto aconteceram de parcerias com eventos e coletivos que também constroem o cenário artístico independente da cidade como coletivos de mulheres artistas Elas e Nós , a segunda edição da feira Sub de arte impressa e publicações independentes e a articulação de ateliês e espaços independentes do centro da cidade, Trânsito Livre.
A entrada é gratuita. Mais informações no SITE do espaço. (Carta Campinas com informações de divulgação)
Mesa ‘O que podemos com a arte?’
25 de novembro (sábado)- 17h30
Classificação indicativa – Livre
Rua Duque de Caxias, 537 – Centro. Campinas-SP
Informações: atorta.org ou torta.contato@gmail.com
Entrada gratuita