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Ciclo ‘Finitudes’ busca desmistificar a morte com diferentes linguagens artísticas

Hanami – Cerejeiras em flor

Em São Paulo – Até o dia 19/12, o Sesc Ipiranga recebe o Ciclo Finitudes, projeto que visa desmistificar a morte e discutir a existência humana. O ciclo abarca uma série de atividades em diferentes linguagens, abordando o tema da vida enquanto findável e as possibilidades que essa (in)certeza sugere.

Artistas como Maria Alice Vergueiro, José Roberto Torero e Maria Eugênia, em suas diferentes áreas de atuação, discutem o assunto de forma ora indireta, ora incisiva.

O Ciclo Finitudes é parte de uma série de reflexões sobre temas sensíveis ao envelhecer e discorre sobre a existência do ser humano a partir do sentimento do finito. Ao convidar o público a refletir sobre este objeto, o projeto promove abertura do diálogo e retira a morte do lugar silencioso e excludente que a sociedade inflige aos temas delicados.

Entre as próximas atividades do ciclo, estão duas mesas que debatem a finitude humana. No dia 8/11, em “A morte em diferentes culturas”, o professor Edgard de Assis Carvalho media e participa da conversa entre o líder indígena Ailton Krenak e os professores Christine Greiner e Acácio Almeida. Neste debate os convidados relacionam a questão mortuária em diversas sociedades como a africana, oriental e indígena.

O direito à morte nas esferas médica, jurídica e pessoal, é o tema da mesa “O direito à morte: agenciamentos sobre o corpo”, que acontece no dia 30/11 com mediação da jornalista Camila Appel e participação da advogada Luciana Dadalto, a economista Elca Rubinstein e médica Maria Goretti.

O bate-papo “A morte em diferentes culturas” com professor Edgard de Assis Carvalho faz parte do lançamento do livro “Sobre a Morte – Invariantes culturais e práticas sociais”, do qual é responsável pela tradução juntamente com Mariza Perassi Bosco. No dia haverá exemplares da obra à venda para o público.

No livro das Edições Sesc, organizado pelo antropólogo francês Maurice Godelier, a morte é decupada em diversos textos. A coletânea expressa a relação da humanidade com a morte, seus funerais, o entendimento da vida que se extenua, e como ela impacta naqueles que ficam.

Os diversos povos e seus parâmetros para este ciclo vital são abordados segundo suas tradições. A vontade de conjurar a morte e preparar a vida do defunto em outro mundo é confirmada por meio do estudo de sociedades tão diversas quanto as da Grécia e Roma antigas, do mundo judeu, do Islã, da Idade Média Cristã, China e Índia contemporâneas, dos budistas, das amazônicas ou dos aborígenes australianos.

A atriz Maria Alice Vergueiro apresenta de 29/10 a 7/11 o processo de criação do espetáculo “A Vênus de Youkali”, em que, ao lado do ator e diretor Luciano Chirolli, questiona as relações de desejo e contemplação do corpo envelhecido. Nesta mostra de processo, é possível verificar a hibridização do espetáculo que vagueia no campo do teatro, performance e instalação a partir dos corpos nus de Maria Alice e Luciano.

Carta a D.- Leitura cênica de um amor

Em “Carta a D.”, a leitura cênica surge a partir dos relatos íntimos verificados em uma oficina com idosos condensados aos escritos presentes na carta de despedida do filósofo André Gorz, que em 2007 se suicidou juntamente com Dorine Keir, sua esposa. Na oficina “Teatro das Horas Vagas” a Cia. Hiato irá preparar um grupo de não-atores da terceira idade para reviver os últimos momentos do casal da carta, apresentando o resultado nos dias 13 e 14/12.

Em “Diálogos Alados: colóquios sobre a morte”, os coreógrafos Luis Ferron e Luis Arrieta apresentam o díptico “Libélulas de Vidro” e “Os Corvos”, em que, sozinhos no palco ou na presença de bailarinos convidados, movimentam questionamentos como os de lidar com a morte do outro, a vivência do tempo que nos resta e o que a proximidade da morte nos fala da vida que construímos culturalmente.

A Mostra de Cinema Finitudes convoca títulos, diretores e grandes nomes da sétima arte para trazer visualidade ao tema da morte, projetando a importância do debate na sociedade.

De 26/11 a 17/12, as crianças também têm lugar garantido na experimentação e vivência do tema. Para abordar de forma leve, bem humorada e delicada, a Cia. As Graças criou o espetáculo “Tem, mas acabou!”, que miscigena memórias das próprias atrizes com histórias do imaginário popular que estão no livro “Contos de enganar a morte”, de Ricardo Azevedo. (Carta Campinas com informações de divulgação)

CICLO FINITUDES
A proposta do Ciclo Finitudes é apresentar diferentes discussões acerca desse tema e provocar o público a se aprofundar na reflexão, abraçando a impermanência que nos acompanha para que possamos nos apoderar, justamente, da vida.
Onde: Sesc Ipiranga
Quando: de 24/10 a 19/12.

Performance coreografada por Rubens Oliveira
A morte em diferentes culturas
Com Edgard de Assis Carvalho, Ailton Krenak, Christine Greiner e Acácio Almeida
Quando: 08/11 às 19h
Local: Teatro (200 lugares) – Grátis, retirada de ingresso com uma hora de antecedência.

O direito à morte: agenciamentos sobre o corpo
Com Camila Appel, Luciana Dadalto, Elca Rubinstein e Maria Goretti
Onde: 30/11 às 16h
Local: Teatro (200 lugares) – Grátis, retirada de ingresso com uma hora de antecedência.

Lançamento do livro
Sobre a Morte – Invariantes culturais e práticas sociais – Edições Sesc São Paulo
O lançamento ocorre logo após o bate-papo “A morte em diferentes culturas”.
Organização: Maurice Godelier
Tradução: Edgard de Assis Carvalho e Mariza Perassi Bosco
A morte constitui um dos principais fundamentos das sociedades. Como essas concepções explicam o caráter finito da humanidade? Como representam o ato da morte em si mesmo ou se apresentam diante daqueles que agonizam? Quaisquer que sejam as formas que assumem, os funerais atestam sempre a vontade de conjurar a morte e preparar a vida do defunto em outro mundo. Isto é o que nos confirma esta coletânea por meio do estudo de sociedades tão diversas quanto as da Grécia e Roma antigas, do mundo judeu, do Islã, da Idade Média Cristã, China e Índia contemporâneas, dos budistas, das amazônicas ou dos aborígenes australianos.
Quando: 8/11 – quarta 21h.
Onde: Área de Convivência ou Hall de entrada
Quanto: Grátis, não é necessário retirar ingressos.

Libélulas de vidro

Dança

Libélulas de Vidro
Com Andreia Yonashiro, Daniela Dini, Daniel Fagundes e Luis Ferron.
Quando: de 1 a 3/12 – sexta às 20h, sábado às 20h e domingo às 18h30.
Onde: Praça Vermelha
Quanto: Grátis, não é necessário retirar ingressos.

Processo de Criação – Teatro

A Vênus de Youkali
Com Maria Alice Vergueiro e Luciano Chirolli
Conversa sobre o processo de criação do espetáculo que une teatro, instalação e performance, a partir da contemplação dos corpos nus dos atores Maria Alice Vergueiro e Luciano Chirolli.
Quando: de 29/11 a 7/12 – quartas e quintas às 20h.
Onde: Teatro (200 lugares)
Quanto: Grátis, retirada de ingresso com uma hora de antecedência.

Experiência Narrativa

Carta a D.
Com Cia. Hiato
Resultado da oficina “Teatro das Horas Vagas” que acontece de 24/10 a 12/12 e trabalha com não-atores da terceira idade sobre o texto do filósofo André Gorz, em que se despede antes de cometer suicídio com sua parceira Dorine Keir.
Quando: 13 e 14/12 – quarta às 17h e quinta às 21h.
Onde: Teatro (200 lugares)
Quanto: Grátis, retirada de ingresso com uma hora de antecedência.

Mostra de Cinema
Terças, às 17h, no teatro.
Grátis, retirada de ingresso com uma hora de antecedência.

E SE VIVESSEMOS TODOS JUNTOS. Dir. Stéphane Robelin. 2011. Alemanha, França. 96 min.
Annie (Geraldine Chaplin), Jean (Guy Bedos), Claude (Claude Rich), Albert (Pierre Richard) e Jeanne (Jane Fonda) estão ligados por uma forte amizade que já dura há mais de 40 anos. Assim, quando a memória falha, a velhice mostra sua força e o fantasma da casa de repouso vem assombrá-los, eles decidem viver juntos. O projeto parece loucura, mas a convivência traz velhas lembranças, novas perspectivas e um novo desafio: viver em república com mais de 75 anos.
Classificação Indicativa: não recomendado para menores de 14 anos.
Data: 7/11

AMOR. Dir. Michael Haneke – Oscar melhor filme estrangeiro. 2012. Áustria. 127 min.
Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva) são um casal de aposentados apaixonados por música. Eles têm uma filha musicista que vive em outro país. Certo dia Anne sofre um derrame e fica com um lado do corpo paralisado. O casal de idosos passa por graves obstáculos que colocarão o seu amor em teste.
Classificação Indicativa: não recomendado para menores de 14 anos.
Data: 14/11

A FESTA DE DESPEDIDA. Dir. Tal Granit e Shayron Maymon. 2014, Alemanha. 95 min.
Um grupo de amigos em uma casa de repouso em Jerusalém constroem uma máquina de auto eutanásia, a fim de ajudar um amigo em estado terminal. Quando os rumores sobre a máquina começam a se espalhar, mais e mais pessoas começam a se interessar pela ideia de partir dessa para uma melhor, e o grupo de amigos se questionam se o que estão fazendo é a coisa certa.
Classificação Indicativa: não recomendado para menores de 14 anos.
Data: 28/11

HANAMI CEREJEIRAS EM FLOR. Dir. Doris Domie. 2009, Alemanha. 127 min.
Quando Trudi (Hannelore Elsner) descobre que seu marido Rudi (Elma Wepper) tem uma doença grave, ela sugere que ambos visitem os filhos em Berlim, sem contar a eles sobre o estado de saúde do pai. Como Franzi (Nadja Uhl) e Karl (Maximilian Brückner) não dão muita atenção aos pais, eles resolvem partir para o mar Báltico. É quando, subitamente, Trudi morre.
Classificação Indicativa: não recomendado para menores de 14 anos.
Data: 05/12

A DESPEDIDA. Dir. Marcelo Galvão. 2014, Brasil. 90 min.
Baseado em fatos reais, o filme conta a história de Almirante, senhor de 92 anos, casado, que vive sua última noite com a amante de apenas 37 anos de idade. Ele não pode mais viver sozinho e tem consciência de sua extrema fragilidade física. Sabe que seus dias chegaram ao fim. Sente um estranhamento de se ver no limite ínfimo da vida, impossibilitado de fazer planos e viver esse amor que ignora regras, tradições e a diferença extrema de idade. Em apenas um dia, Almirante vai tentar atar todos os nós que deixou soltos pela vida.
Classificação Indicativa: não recomendado para menores de 14 anos.
Data: 12/12

Tem, mas acabou

INVASÕES BÁRBARAS. Dir. Denys Arcand. Comédia Dramática. 2004. França/Canadá. 100 min.
À beira da morte e com dificuldades em aceitar seu passado, Rémy (Rémy Girard) busca encontrar a paz. Para tanto recebe a ajuda de Sébastien (Stéphane Rousseau), seu filho ausente, sua ex-mulher e velhos amigos.
Classificação Indicativa: não recomendado para menores de 14 anos.
Data: 19/12

Teatro Infantil

Tem, mas acabou!
Com Cia. As Graças
Espetáculo baseado nas memórias das atrizes em conjunção às histórias do imaginário popular que estão no livro Contos de enganar a morte, de Ricardo Azevedo.
Quando: de 26/11 a 17/12 – domingos às 11h.
Onde: Teatro (200 lugares)
Quanto: R$17, R$8,50 e R$5 (credencial plena) – crianças até 12 anos não pagam.

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