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O diálogo necessário com o islamismo a partir dos direitos humanos

.Por Regis Mesquita.

 

Cada bomba que os EUA e seus aliados jogam sobre o Oriente Médio e Ásia desperta mais ódio contra os cristãos.

 

O resultado?

 

A discriminação contra os cristãos que moram nestas regiões, que sempre foi grande, torna-se cada vez maior.

 

O Vaticano estima que 100 mil cristãos são mortos todos os anos por causa de sua fé. Um milhão de cristãos mortos a cada década e outros milhões privados de liberdade, de suas casas, estuprados, etc. (1)

 

É um massacre!

 

Infelizmente, a imensa maioria deste massacre é realizada por muçulmanos. O que gera o surgimento de radicais islamofóbicos.

 

O que há em comum entre islamofóbicos (que despejam ódio), os muçulmanos tradicionalistas (que despejam leis e regras preconceituosas) e senhores da guerra que se acham no direito de despejar bombas sobre a vida de outras pessoas?

 

Em comum eles possuem o DESPREZO pelos Direitos Humanos.

 

Os Direitos Humanos deve ser o farol que guia as avaliações das pessoas com relação ao certo e ao errado.

 

Também deve ser a base do diálogo e do confronto de ideias.

 

Através do diálogo e do confronto de ideias pode-se surgir o aprendizado e o aumento do respeito em uma sociedade.

 

Por exemplo:

 

No começo da Revolução Cubana (década de 1950), os homossexuais eram discriminados. Como, aliás, eram em outros países, como o Brasil.

 

Através dos questionamentos e do confronto de ideias, houve uma grande mudança. Hoje Cuba é um lugar seguro para os homossexuais.

 

Os benefícios do aprendizado:

 

Por causa destas mudanças muito sofrimento foi evitado. Onde impera o respeito existe menos sofrimento.

 

Conclusão:

 

A promoção dos Direitos Humanos deve ser feita sempre; buscando a verdade e apresentando-a com sinceridade e paciência.

 

Leia a história abaixo, depois eu comento (2):

 

“Maha Mamo gostaria de poder responder à pergunta “De onde você é?”. Mas não pode. Ela é apátrida.

 

Filha de pais sírios – o pai cristão, a mãe, muçulmana -, nunca teve nacionalidade concedida. A Síria não reconhece filhos de pais com casamento não oficial. “Eram vizinhos e se apaixonaram. Todos os chamavam de Romeu e Julieta”, conta à BBC Brasil.

 

Os pais fugiram para o Líbano. Os três filhos também não foram reconhecidos lá. Maha, hoje com 29 anos, se lembra da primeira vez em que se deu conta que era apátrida: “Queria jogar no time de basquete oficial do Líbano, mas não podia”.

 

São as pequenas coisas que fazem a diferença, diz ela. Aspectos do dia a dia, como alugar livros em bibliotecas, torcer para que chegue o aniversário de 18 anos para tirar a carteira de motorista – “nunca nem pude sonhar com isso” -, ir para festas.”

 

Comentário:

 

Yasser Arafat, falecido líder palestino, era casado com uma mulher cristã. Isto é permitido! Um homem cristão casar com uma mulher muçulmana é proibido.

 

É a Lei Islâmica! E está errada.

 

O amor entre duas pessoas e o desejo de constituir família deve ser sempre respeitado. Não importa religião, raça ou classe social.

 

Quando há o desrespeito aos Direitos Humanos, problemas simples tornam-se muito complexos.

 

Este é um exemplo: estas pessoas deveriam viver felizes na Síria. Mas, viviam com medo e sob risco de serem punidas.

 

As punições possíveis são a perda da guarda dos filhos, prisão, entre outras.

 

Uma das maiores tragédias dos casamentos de homens cristãos com mulheres muçulmanas é o fato de que em muitos casos a mãe e o pai nunca mais podem ver os próprios filhos.

 

É muito sofrimento! É muita maldade!

 

Maldade esta apoiada pelos muçulmanos tradicionalistas.

 

Quando você ver os refugiados sírios (que devemos respeitar) lembrem-se que eles provavelmente apoiavam leis como esta.

 

A família, que se constituiu baseada no amor, teve que fugir. Primeiro para o Líbano, depois para o Brasil. O sonho é ter uma vida normal. Poder pegar um livro em uma biblioteca, por exemplo. Mas, a Lei Islâmica impõem o sofrimento para estas pessoas (se ficassem em países aonde a influência deles é grande).

 

Sabemos que existem pessoas com bom coração em todas as religiões. Sabemos que existem problemas em todas as religiões.

 

Por isto, se quisermos criar uma vida em harmonia devemos confrontar estas crenças.

 

É errado! Quem é islâmico tem que saber que é errado. Deve aceitar que esta parte da lei religiosa (como algumas outras) gera sofrimento, gera maldade, crueldade e abusos.

 

É errado! É errado maltratar crianças, negar-lhes os direitos básicos. É errado perseguir e gerar insegurança em casais que se unem por amor. É errado causar tanto sofrimento porque a esposa é muçulmana e casou com um homem cristão.

 

A Lei está errada e cabe a cada islâmico do planeta aceitar a mudança deste ponto de sua crença.

 

Todas as religiões devem viver em paz e em harmonia. Para isto pequenas mudanças devem ser realizadas. A harmonia exige sempre sacrifício, boa vontade e aprendizado. O diálogo deve ser aberto e claro, porque somente assim a transformação se faz mais rápida e profunda.

 

Vivemos uma época em que os Direitos Humanos tem sido combatido com mais veemência. Eles, porém, continuam sendo a direção e a “luz” mais importante que deve dirigir as ações de quem quer construir um mundo mais harmônico, mais paz e mais equilíbrio.

 

Falar de paz é fácil. Mais difícil é fazer o sacrifício necessário para criar a paz e a harmonia entre as pessoas. O reconhecimento de erros é uma necessidade para que a pessoa não se autoengane. É através do autoengano e das desculpas que os preconceitos se mantêm ativos e fortes.

 

(1) Um milhão de cristãos assassinados na última década – direitos humanos violados

(2) A gratidão ao Brasil da refugiada sem pátria que acabou perdendo irmão em assalto

 

Regis Mesquita é o autor do Blog Psicologia Racional e da coluna “Comportamento Humano” aqui no site Carta Campinas

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