Em comunicado do partido, Arlei afirma que se afasta da presidência do partido por motivos profissionais e por entender que já cumpriu sua jornada. “Continuarei como militante na construção de uma sociedade justa, sustentável e para todas e todos”, afirmou. Marcela Moreira ficará no cargo até fevereiro de 2018, quando haverá Encontro Municipal e novas eleições internas.
Veja abaixo o comunicado de Arlei Medeiros:
Nota do PSOL-Campinas
Me dirijo aos Camaradas do Psol para informar que a partir desta data estou me licenciando da Presidência do Psol, por motivos profissionais e por entender que cumpri minha jornada e contribuição na presidência do Psol. Continuarei como militante na construção de uma sociedade justa, sustentável e para todas e todos.
A nova presidenta, Marcela Moreira, que assume interinamente até nosso próximo Encontro Municipal em fevereiro de 2018, vai dar continuidade as ações de fortalecimento, do partido, para que possamos nos tornar amplo, de massas, popular através do aprofundamento do trabalho de base. Além disso, o PSOL Campinas, ao indicar para sua presidência uma mulher capacitada, aguerrida e de luta, reforça seu compromisso com a luta das Mulheres, Negras, Negros e da população LGBTQI.
Lembro que temos muito desafios em nossa cidade que encontra-se abandonada e nos já tínhamos alertado para a maquiagem eleitoral feita pelo então candidato a reeleição: caos na saúde, crianças continuam sem vagas nas creches, sistema de transporte caro e ineficiente, aumento do desemprego e consequentemente aumento de moradores em situação de rua, parcelamento de salários dos servidores públicos municipais.
Ao mesmo tempo, a mesma cidade que supostamente esta em crise mantém a farra dos apadrinhados políticos, a insensibilidade de um prefeito que prefere garantir mais dinheiro para empresários de ônibus a garantir médicos, remédios nos centros de saúde, que pretende entregar nossas áreas rurais para o avanço da especulação imobiliária, com sua proposta de Plano Diretor, ou que persegue educadores que promovem a discussão de respeito aos direitos de mulheres e da população LGBTQI, antes mesmo de ser protocolado na Câmara Municipal o Projeto de Lei Escola “Sem Partido”, que pretende atacar mais ainda os já desvalorizados profissionais da educação.
Fui candidato a vereador, deputado, prefeito, ajudei na construção e a reorganização do partido, ajudei a sanar multas eleitorais e acima de tudo trabalhei para fortalecer o PSOL como um partido, para além das suas correntes internas. Mantivemos as estruturas do partido de forma regular, com Executivas e Diretórios funcionando. Estivemos à frente das denúncias e protagonizamos a pressão para a cassação do prefeito corrupto e posteriormente cassado, Hélio de Oliveira Santos.
Fizemos inúmeros atos e sempre, como partido, estivemos presentes nas principais lutas da cidade. Fizemos formação e estruturação de nossas chapas de vereadoras e vereadores e durante minha gestão, conseguimos reconquistar um mandato de vereador na cidade, com o companheiro Paulo Bufalo. Na última eleição, por muito pouco não ampliamos nossa bancada para 2 parlamentares, mas conseguimos eleger a única vereadora para a Câmara com a companheira Mariana Conti.
Por fim, reforço que este trabalho foi fruto de uma ação coletiva, visto que sem o apoio de outras militantes e militantes, a tarefa teria sido muito mais difícil e agradeço a oportunidade, além do apoio de diversas amigas e amigos do Psol, que mesmo sem serem filiadas e filiados, sempre contribuíram para a construção de uma cidade e região melhor. Continuamos na luta na construção de uma cidade e de Brasil justo, sustentável e que respeite os direitos humanos. (Arlei Medeiros – Militante do Psol e das Causas Populares)