A obra que deu origem ao espetáculo é composta por ensaios filosóficos, poesia e historietas sobre temas relacionados à existência humana em sociedade. Na montagem, a atriz ainda acrescenta a essa mistura a música e a dança.
O autor cria uma série de reflexões sobre o que é estar vivo e como é difícil nascer. Segundo essa ideia, os recém-nascidos encontram um mundo cada vez mais técnico e hipernomeado, e, por isso, precisariam conhecer outras formas de nascimento (para além do biológico) para que pudessem viver plenamente. Em outras palavras, o homem precisaria reconhecer a vida como um espaço de instabilidade e aprender a conviver com esse tormento para ser feliz.
A encenação é resultado de um processo criativo colaborativo, com a participação das diretoras Daniela Visco, Georgette Fadel, Julia Bernat e Stella Rabello.“Fui atravessada violentamente pela escrita filosófica, poética e literária do Juliano, logo que Georgette Fadel me apresentou [o texto]. Hoje, sei que seu gesto foi desprovido de inocência, já que, por me conhecer profundamente, ela vislumbrou o futuro ‘apaixonamento’. Como era possível que alguém que eu nem conhecia nomeasse a minha existência e anseios muito além do que eu mesma pude fazer até agora?”, comenta Ravenle.
Pensado para ser apresentado tanto no palco convencional como em espaços alternativos, o espetáculo foi desenvolvido a partir de uma nova forma de produção artística, que dialoga com o conceito de “economia criativa”. Sem qualquer fomento ou patrocínio, o trabalho foi realizado por meio de permutas de serviços e oportunidades entre Soraya Ravenle, o coletivo Alquimia Cultural e outros artistas/grupos. Cada um se responsabilizou por uma função técnica, como captação de recursos, produção executiva, cenários, figurinos, etc.
Com carreira consolidada no teatro, na televisão e no cinema, a atriz e cantora carioca Soraya Ravenle é formada pelo curso técnico de teatro do Centro Cultural Calouste Gulbenkian. Nos palcos, já atuou em mais de 20 musicais, como “Todos os musicais de Chico Buarque em 90 minutos” (2014), “É com esse que eu vou” (2010), “Suburbanos Coração” (2002) e “Dolores” (1999).
Nas telinhas, participou de novelas como “I Love Paraisópolis” (2015), “Beleza Pura” (2008) e “Laços de Família” (2000). E, na sétima arte, atuou nos filmes “Mulheres do Brasil” (2006), “A Partilha” (2001) e “Sermões – A história de Antônio Vieira” (1989). Soraya ainda tem um disco lançado chamado “Arco do Tempo” (2011). (Carta Campinas com informações de divulgação)
Sinopse
O solo “Instabilidade perpétua” é baseado no livro homônimo do escritor Juliano Garcia Pessanha, composto por ensaios filosóficos, poéticos e historietas. O trabalho oferece ao espectador uma maneira de enxergar a vida a partir das próprias feridas, com delicadeza e contundência, em uma reflexão sobre vários aspectos filosóficos da existência humana em sociedade.
Ficha técnica
Concepção e atuação: Soraya Ravenle
Direção: Daniella Visco, Georgette Fadel, Julia Bernat e Stella Rabello
Dramaturgia: Diogo Liberano e Soraya Ravenle
“Instabilidade Perpétua”, de Soraya Ravenle
Temporada: 8/9 a 1º/10. Sextas, às 21h30; sábados, às 19h30; e domingos, às 18h30.
Ingressos:R$20 (inteira), R$10 (meia-entrada) e R$6 (credencial plena)
Vendas: online a partir de 29/8, 18h; nas bilheterias do Sesc em São Paulo, a partir de 30/8, 17h30. Limite de 4 ingressos por CPF.
Classificação: 14 anos
Duração: 60 minutos
Contato:email@ipiranga.sescsp.org.br
Telefone: (11) 3340-2000Sesc Ipiranga – Rua Bom Pastor, 822, Ipiranga. Local: Teatro (200 lugares)