Pois no Estadão de hoje, o presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, já decretou, como bem observou Fernando Brito, no Tijolaço, que a sentença de Moro “é tecnicamente irrepreensível, fez exame minucioso e irretocável da prova dos autos e vai entrar para a história do Brasil”.
Carlos Eduardo é neto de Carlos Thompson Flores, nomeado para o Supremo Tribunal Federal (STF), em 16 de fevereiro de 1968, pelo general Costa e Silva, o segundo militar a ocupar a presidência da República na época da ditadura.
No currículo de Carlos Eduardo publicado no site do Conselho Federal de Justiça (CFJ), chamam a atenção títulos, condecorações, medalhas por um ponto em comum: todos outorgados por militares.
Em 25.08.99, foi agraciado pelo Comandante do Exército com a “Medalha do Pacificador” pelos serviços prestados ao Exército Brasileiro;
Agraciado, em 19.04.2000, pelo Senhor Presidente da República com a “Ordem do Mérito Militar”, Grau Oficial;
Agraciado, em 19.04.2007, pelo Senhor Presidente da República com a “Ordem do Mérito Militar”, Grau Comendador;
Agraciado, em 14.10.2009, pela Procuradora-Geral da Justiça Militar com a “Ordem do Mérito do Ministério Público Militar da União – Alta Distinção”;
Agraciado, em 21.10.2016, pelo Senhor Presidente da República com a “Ordem do Mérito Aeronáutico”, Grau Comendador;
Agraciado, em 23.11.2016, pelo Comandante da Marinha com a Medalha Amigo da Marinha. (Por Conceição Lemes, do Vi O Mundo)
PS: no interior da entrevista, o juiz pondera e tenta preservar a presunção de inocência, mas a capa do Estadão é uma sentença midiática.