Ícone do site Wordpress Site

Encontro de Cultura Indígena e Mercado Mundo Mix acontecem juntos na Estação Cultura

O I Encontro de Cultura Indígena de Campinas e Região, que acontece entre os dias 31 de agosto a 3 de setembro na Estação Cultura, terá a participarão de 25 etnias e uma programação com danças tradicionais, palestras, oficinas, shows e desfile com artistas indígenas.

Haverá também uma feira de artesanato em conjunto com o Mercado Mundo Mix nos dias 2 e 3 de setembro (sábado e domingo).

As 25 etnias vivem em Campinas, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Belém do Pará, Minas Gerais e litoral de São Paulo.

O evento será dividido em duas etapas, sendo a primeira direcionada à formação de professores das redes municipal e estadual de ensino. A segunda compreende as manifestações culturais e inclui a realização da II Feira de Cultura Indígena de Campinas.

Nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, haverá uma programação direcionada à formação de educadores, com debates acerca da demarcação das terras indígenas. Também será abordada a organização dos indígenas que vivem em contexto urbano.

Os comunicadores e militantes Anapuaka Muniz Tupinambá (RJ) e Daiara Tukano (DF), da Rádio Yandê, irão ministrar uma oficina de Etnomídia, direcionada ao empoderamento dos povos indígenas e tradicionais a partir de ações comunicacionais. Já a, artesã Patrícia Aymara (SP) conduz oficina sobre os saberes tradicionais indígenas aplicados nas brincadeiras infantis. A atividade é voltada para educadores e pais.

As inscrições para as duas oficinas são gratuitas e as vagas limitadas. Também durante a formação, o indígena Djair Terena fala sobre o uso das ervas medicinais na medicina tradicional indígena e ensina algumas formas de uso.

 

Programação

Palestras
Público Alvo: Professores da rede municipal (40 vagas), rede estadual de Campinas (40 vagas), público geral (25 vagas)
Local: Sala do Auditório – Estação Cultura

31/8, 9h30 – A experiência da Rede de ApoioDurante todo o final de semana, 25 etnias que vivem em Campinas, São Paulo e em outras localidades, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Belém do Pará, Minas Gerais, litoral de São Paulo, entre outros, irão expor artesanatos e oferecer pintura corporal.
Anderson Kariri-Xocó e Dida Kariri-Xocó, participantes da Rede de Apoio Kariri-Xocó de Campinas)

O Povo Kariri-Xocó da aldeia de Porto Real do Colégio (AL) realiza diversas ações voltadas para a demarcação de suas terras e a integridade física e moral dos indígenas contra a invasão de suas terras por fazendeiros e posseiros. Na perspectiva de apoiar e fortalecer a garantia dos direitos legais, políticos e sociais, a Rede de Apoio Kariri-Xocó busca divulgar e articular forças para suas reivindicações e colaborar na organização e no esclarecimento de sua luta.

31/8, 16h – A experiência educacional junto ao povo Pankararu
Leno Ricardo Vidal (criador do Memorial Pankararu e professor da Escola Emef José de Alcântara Machado Flho)
O tema será a experiência do professor Leno Vidal de trazer para dentro da escola a Emef José de Alcântara Machado Filho (bairro Real Parque-SP) a comunidade indígena que vive no entorno da escola, criando o Memorial Pankararu. Projeto ganhador do XVII Prêmio Arte na Escola Cidadã-2016.

31/08, 17h30 – A experiência do Programa Índios na Cidade e do Grupo EtnoCidade
Marcos Aguiar (Coordenador do Programa Índios na Cidade da ONG – Opção Brasil – São Caetano do Sul-SP)
Nikita Lopes (Indígena Guarani Nhadeva do Grupo EtnoCidade – Campinas-Valinhos)
Tema: a formação e a produção do “Programa Índios na Cidade”, da ONG Opção Brasil (São Caetano do Sul-SP) e a formação do Grupo EtnoCidade (Campinas-SP)

1/9, 14h – A experiência dos indígenas em situação urbana e a rede de economia
Benilda Vergilio (Indígena Kadiwéu ligada às políticas públicas para população indígena da cidade Campo Grande -Mato Grosso do Sul) A experiência de formação de Aldeias Urbanas e políticas públicas e a produção e circulação do artesanato indígena e economia solidária

01/09, 16h – Vivências Educacionais sobre cultura indígena na cidade de Campinas
Alik Wunder (professora do Instituto de Educação – Unicamp)
A formação de profissionais da educação junto à temática indígena

Oficinas

01/9, 9h30 – Etnomídia Rádio Yandê
Anapuaka Tupinamba (Erick Muniz, idealizador da Rádio Yandê-RJ) Daiara Sampaio – povo Tukano (rádio Yandê-Brasília)
Josenilda Sarafim (Rádio Yandê- São José dos Campos-SP)
A experiência de difusão da cultura indígena através da ótica tradicional e o uso da mídia para valorização e manutenção da cultura indígena.
A oficina ocorrerá nos dias 31 de agosto, 1, 2 e 3 de setembro (manhã e tarde)
Público alvo: profissionais de comunicação e educadores (20 vagas)
Local: Sala 7 da Estação Cultura

1/9, 9h30 – As Ervas e o Sagrado
Djair Terena (Indígena Etnia Terena profissional da área da saúde em Goiânia)
Moacir de Xangô (Babalorixã da Casa Ilè Asé Obá Adákédájó Omí Aladò –Campinas-SP)
A oficina consiste numa discussão a respeito dos pontos de intersecção sobre o uso das ervas sagradas e medicinais do universo indígena e afro-brasileiro
Público alvo: educadores e público geral (45 vagas)
Local: Sala do Relógio da Estação Cultura

1/9, 14h – O Lúdico e o Brincar
Patricia Patquilla (Contadora de História com pesquisa sobre o povo Aymará)
Oficina que discute a confecção de brinquedos e as brincadeiras dos povos indígenas ligados à tradição Aymará
Local: Sala da Fanfarra – Estação Cultura

Danças

2/9, 9h30 – Dança do Toré (dança tradicional indígena)
O Toré é uma dança ritualística em comemorações e encontros por diversas etnias indígenas. Neste encontro, as diferentes etnias se conectam como uma grande nação indígena, celebram a amizade e o passado histórico comum.
Calçadão da rua 13 de Maio (em torno das 9h30)

2/9, 14h – Praiá: Dança Sagrada do povo Pankararu
Nesta apresentação ritualística, o povo Pankararu realiza uma dança com máscaras e vestes sagradas de malha de oricuri. A dança tem caráter religioso e de orientação para guardar a tradição através de cuidados com sementes que são transmitidas de geração à geração. Os dançadores são conhecidos como encantados e guardam os segredos ritualísticos. A dança envolve um conjunto de regras relacionados à purificação física e espiritual.

Demais atrações

31/8, 19h – Exibição de filme com discussão
Filme sobre a resistência indígena às obras hidrelétricas em MT. Filme: O Complexo, de Thiago Forest realizado por Thiago Forest Comunicação em parceria com o Fórum Teles Pires e o Instituto Centro de Vida. O filme retrata o dia a dia incerto dos indígenas e pequenos produtores que, em breve, serão removidos de suas terras.

2/9, 9h30 – Venda de artesanato
O respeito à memória e à identidade indígena passa pelo fortalecimento de seu patrimônio material ligado à natureza e aos rituais. A produção de artesanato integra a arte indígena, os rituais e a conexão com a natureza.

O artesanato é fruto de trabalho e sua comercialização colabora com o desenvolvimento da comunidade, a manutenção de sua cultura, e é uma oportunidade de conhecer e revitalizar seus conhecimentos. Ao comprar uma peça de artesanato, o visitante leva para casa o conhecimento e a memória indígena e cria oportunidade econômica de manutenção de seu legado. Estarão presente 22 etnias diferentes.

2/9, 17h30 – Desfile de Moda
A designer de moda Benilda Vergilio apresentará sua criação em roupas, acessórios e pintura corporal ligada à tradição do povo Kadiwéu. Ligando a tradição ao mundo contemporâneo, o trabalho desta designer quebra os preconceitos e estereótipos e traduz a cultura de seu povo para o contexto urbano sem deixar de lado as relações com o cotidiano da aldeia e seus significados sociais, culturais e espirituais.

2/9, 21h – Show de Rap do Oz Guarani
Rimas rápidas que misturam o idioma guarani e o português fazem do rap do grupo Oz Guarani uma expressiva integração entre a vida comunitária indígena e a cidade de São Paulo. Ao chamar a atenção para a desigualdade social e a luta dos povos indígenas, os Guerreiros da Aldeia Jaraguá (SP) realizam uma hibridação que permite enaltecer sua experiência de resistência sem deixar de tratar das dificuldades que seu povo enfrenta enquanto aldeia urbana.

3/9, 14h – Show Lino Humman
A tradição musical do Povo QuéChua também será garantida pelas flautas mágicas e o som de encantamento do músico Lino Humman

Sair da versão mobile