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Modelo da Reforma Trabalhista de Michel Temer não gerou empregos em outros países

O professor do Instituto de Economia (IE) da Unicamp, José Dari Krein (foto), afirmou durante debate sobre a Reforma Trabalhista realizado no seminário “Greve Geral de 1917 – O Centenário da Greve Geral e o Arquivo Edgard Leuenroth [AEL]”, que experiências semelhantes levadas a cabo em outros países demonstraram claramente que houve um desmonte dos mecanismos de proteção social do trabalho e não geraram empregos, como querem fazer crer os defensores da reforma do governo.

Krein afirma que, ao propor a flexibilização da legislação trabalhista, a reforma defendida pelo governo de Michel Temer representa um retrocesso e contribuirá para o aprofundamento da crise social brasileira. “A geração de emprego depende de outros fatores, fundamentalmente daqueles relacionados à dinâmica da economia”, disse o economista.

A desembargadora aposentada Magda Biavaschi, que também participou do evento, não tem dúvida de que o projeto de reforma trabalhista do governo, caso aprovado, representará a destruição dos mecanismos de proteção social conquistados pelos trabalhadores ao longo do tempo. “A CLT está imbricada na tessitura da sociedade brasileira. O que as elites brasileiras, que são bastante predatórias, estão tentando fazer é destruir os direitos dos trabalhadores e, consequentemente, as instituições fiscalizadoras, como a Justiça do Trabalho”, afirmou.

O evento, promovido pelo Arquivo Edgard Leuenroth [AEL] no último dia 28, contou também com a participação do sociólogo Ricardo Antunes. (Carta Campinas com informações de divulgação)

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