Contra os preceitos básicos dos estados democráticos, que exigem a separação entre o Legislativo, o Judiciário e o Executivo, São Paulo é uma espécie de Tirania Tucana.
A tese de doutorado da advogada Luciana Zaffalon provou que os poderes do estado agem em conluio se protegendo e prejudicando a população. Talvez por isso, é um estado que perde poder econômico em relação aos outros estados, não avançam investigações contra políticos corruptos e a polícia mata indiscriminadamente.
Em uma reportagem da The Intecept Brasil, o jornalista João Filho se debruça sobre a tese de doutorado da advogada Luciana Zaffalon. “A pesquisa analisou centenas de projetos de lei e documentos das instituições judiciárias de São Paulo (Tribunal de Justiça, Defensoria Pública e Ministério Público) entre 2012 e 2015 e concluiu haver uma relação de compadrio com governo do Estado e Assembleia Legislativa (Alesp). A força política do PSDB, hegemônica no estado de São Paulo, opera dentro do sistema de justiça, numa dinâmica em que os poderes se blindam e defendem seus interesses corporativos”, diz a reportagem.
E mais: “Luciana fez um levantamento dos pedidos de suspensão de decisões judiciais solicitados pelo governador paulista ao Tribunal de Justiça.Todos os recursos contra o Estado vão para lá, a segunda instância, um lugar em que Alckmin raramente sai com uma decisão desfavorável. Há uma única situação em que o governo perde todas as vezes: quando questiona o teto salarial das carreiras jurídicas, as mais bem pagas do Estado”.
Enquanto o estado governado pelo tucano Alckmin impede implantação de chuveiro quente em presídios para evitar doenças, a farra da monarquia do Ministério Público faz a festa: “Em 2015, 96,8% dos membros de carreira do Ministério Público paulista tiveram rendimento mensal de R$46 mil, muito acima do teto constitucional, que era de R$33.763. Tudo isso sem contar férias e 13º salário. Parece que o termo “constitucional” não vale para essa casta abastada”, anota. (Veja Reportagem Completa)