Por Luís Fernando Praga
É injusta a justiça que condena!
E a morte é conviver com tal engano.
Gente imperfeita infligindo a pena
A quem é, tão somente, ser humano.
Hipócritas escolhem os pecados
E os juízes, pra punir o mal,
Mas a lei dos presídios apinhados,
Não vale pro juiz, que peca igual.
A lei é dura, fria e vingativa
Pra quem nasce sem ter como viver,
E é mãe, protetora e permissiva,
Para quem financia o seu poder.
Quando trocamos vidas pelo cobre,
A ilusão corrói a nossa mente.
Quando a maior proeza é não ser pobre,
Enterra-se a nobreza de ser gente.
Cada injustiça gera um fardo a mais,
Cada vingança esconde um alto custo,
É cego quem não pode ver a paz.
O ódio cega, e nunca será justo.
A Liberdade há de nos guiar!
Será o nosso lar, na nova era!
E quando abrirmos mão de condenar,
A Justiça do amor nos recupera.